Isadora sempre foi uma mulher reservada e focada em sua carreira. Determinada, inteligente e dona de uma beleza misteriosa, nunca permitiu que distrações atrapalhassem seus objetivos. Mas tudo muda em uma noite no luxuoso salão de um hotel, onde um desconhecido de olhar intenso e charme irresistível desperta nela um desejo incontrolável. Dominic Montgomery é o tipo de homem que consegue tudo o que quer. Poderoso, sedutor e acostumado a estar no comando, ele vê em Isadora um desafio irresistível. O encontro deles é explosivo, uma noite de prazer avassalador sem nomes, sem compromissos. Apenas desejo puro e insaciável. Mas o que deveria ter sido apenas uma lembrança ardente do passado se torna um dilema inesperado quando Isadora começa em seu novo cargo estratégico — e descobre que Dominic é um dos executivos mais influentes da empresa. Ele a reconhece imediatamente, e desde esse momento, está decidido a tê-la novamente. Isadora tenta resistir, sabe que se envolver com ele pode colocar tudo a perder. Mas como ignorar o desejo que a consome sempre que ele está por perto? Como fugir de um homem que parece conhecer cada um de seus pontos fracos? O que ela não sabe é que Dominic guarda um segredo. Um noivado arranjado, uma obrigação imposta pela família. Mas estar com Isadora faz com que ele queira quebrar todas as regras e colocar tudo em risco. Entre encontros proibidos, um jogo perigoso de poder e uma paixão que ameaça engolir ambos, Isadora e Dominic precisarão decidir até onde estão dispostos a ir para ficarem juntos. Em um universo onde desejo e controle se misturam, quem realmente domina quem?
Leer másO salão do hotel cinco estrelas estava tomado por uma atmosfera sofisticada. Lustres de cristal pendiam do teto, refletindo a luz dourada sobre taças de champanhe e risos abafados. O som suave do jazz preenchia o ambiente, enquanto os convidados transitavam entre conversas e olhares discretos.
Isadora nunca foi do tipo que se deixava envolver por ambientes luxuosos, mas ali estava ela, sentada no bar do salão principal, observando as pessoas ao redor com um leve toque de desinteresse. Sua taça de vinho descansava entre seus dedos, e ela girava o líquido suavemente, perdida em pensamentos. Aquela noite não era diferente de tantas outras. Eventos de gala, reuniões sofisticadas, festas luxuosas… Tudo fazia parte do mundo empresarial, e ela já estava acostumada. Mas havia algo diferente naquela noite, uma tensão no ar que ela não conseguia ignorar. Foi então que o sentiu. O olhar intenso queimando sobre sua pele. Isadora ergueu os olhos e encontrou os dele. Do outro lado do salão, um homem alto e absurdamente charmoso a observava com um copo de uísque na mão. Trajava um terno impecável, ajustado ao corpo forte, e sua postura exalava confiança. Mas o que realmente a fez prender a respiração foi a forma como ele a olhava—como se já a possuísse, como se soubesse exatamente o que fazer para tê-la em suas mãos. Ela desviou o olhar, tentando ignorar a eletricidade que percorreu sua espinha, mas era tarde demais. A conexão já estava feita. Dominic Montgomery sabia o efeito que causava nas mulheres, e Isadora não era exceção. Ele percebeu a hesitação dela e sorriu de lado, se aproximando devagar. Quando se sentou ao lado dela no bar, o perfume amadeirado invadiu seus sentidos. — Você parece deslocada. — A voz dele era grave, levemente rouca. Isadora arqueou uma sobrancelha, girando a taça de vinho nos dedos. — E você parece convencido. Dominic riu baixo, encantado com a resposta afiada. Ele adorava um desafio, e Isadora parecia ser exatamente isso. — Talvez um pouco. Mas não significa que estou errado. Ela virou-se para encará-lo, permitindo-se finalmente observá-lo de perto. O maxilar marcado, os olhos azuis penetrantes, os lábios bem desenhados… Ele era o tipo de homem que deixava um rastro de corações partidos por onde passava. E ela não seria mais uma. — O que faz aqui? — Ela perguntou, cruzando as pernas com elegância. Dominic bebeu um gole do uísque antes de responder. — Trabalho. E você? — O mesmo. Eles não trocaram sobrenomes, não fizeram perguntas demais. Apenas conversaram, bebendo lentamente, enquanto a tensão entre eles crescia a cada segundo. Até que Dominic se inclinou um pouco mais para perto. — Tenho um quarto aqui no hotel. A provocação estava clara em sua voz. Isadora sustentou o olhar dele, sentindo o corpo aquecer com aquela oferta não dita. Ela deveria dizer não. Deveria levantar-se e ir embora. Mas, ao invés disso, deu um último gole no vinho e sorriu de canto. — Me mostre onde fica. O olhar de Dominic escureceu. Ele se levantou, oferecendo a mão a ela, e Isadora a aceitou sem hesitar. Atravessaram o salão sem pressa, mas a energia entre eles era densa, carregada de desejo. O elevador os levou até o último andar, e, assim que a porta do quarto se fechou atrás deles, Dominic a puxou para si, tomando seus lábios em um beijo faminto. O resto da noite foi uma mistura de pele, gemidos abafados e prazer. Eles não precisavam de nomes. Naquela noite, eram apenas dois corpos, duas vontades insaciáveis. E nenhum dos dois sabia que, no dia seguinte, tudo mudaria.O silêncio na sala do conselho era quase opressor. Do lado esquerdo da mesa oval, os representantes do grupo internacional aguardavam com olhares firmes. Do lado direito, os conselheiros da DomAlcântara trocavam olhares nervosos. No centro, Dominic mantinha a postura inabalável, mas suas mãos cerradas sobre a mesa traíam sua tensão.Isadora entrou por último.Todos a observaram.Seu andar era calmo, mas por dentro, tudo nela gritava. Ao se sentar, cruzou o olhar com Dominic. Ele não disse nada — apenas assentiu, como quem confia mesmo sem garantia.A proposta de fusão foi apresentada. Os argumentos eram convincentes, os números, irrefutáveis. Era uma jogada estratégica para garantir autonomia à DomAlcântara e proteger a empresa dos ataques internos que vinham de Marcos e seus aliados.Tudo o que Dominic havia construído dependia daquela votação.A secretária executiva passou as folhas para que cada conselheiro registrasse sua decisão. Quando chegou a vez de Isadora, ela hesitou por um
A sala de reuniões da sede da DomAlcântara estava mergulhada em uma atmosfera sufocante. Todos os conselheiros estavam presentes, incluindo os sócios minoritários, e até mesmo membros externos do conselho de ética haviam sido convocados.Isadora respirou fundo antes de entrar. Dominic caminhava ao seu lado, mas sabia que a próxima batalha ela teria que enfrentar sozinha.— Tem certeza de que quer fazer isso agora? — ele perguntou, tenso.— Se esperarmos mais, eles vão tentar sumir com as provas. Eu não vou deixá-los destruir mais vidas — respondeu ela com firmeza.Quando as portas de vidro se abriram, todos os olhos se voltaram para ela.— Senhorita Procópio, fique ciente de que essa reunião está sendo gravada — anunciou o presidente do conselho.Ela assentiu.— É exatamente o que eu quero.⸻Durante a exposição, Isadora apresentou uma linha do tempo dos esquemas fraudulentos que vinham sendo arquitetados entre Marcos Alcântara e Sérgio Procópio — e como ela, ainda jovem estagiária, h
A noite mal havia começado, mas o caos parecia não dar trégua.Isadora revivia em looping o vídeo que recebera. As vozes de seu pai e de Marcos Alcântara ecoavam como facas afiadas em sua mente, cortando tudo que ainda restava de confiança. Seu nome estava atrelado a uma fraude, e aquilo podia arruinar não apenas sua carreira, mas sua liberdade.— Eu era só uma estagiária — repetia, tentando se convencer. — Eu não sabia de nada.— E eles sabem disso. Mas não vão hesitar em usar isso contra você — disse Dominic, os olhos fixos na tela do computador, analisando os documentos. — Não podemos esperar que joguem limpo. Precisamos nos antecipar.Antes que ele continuasse, o celular de Isadora vibrou. Um número desconhecido. Ela quase ignorou, mas algo dentro dela a fez atender.— Alô?— Isadora Procópio. Não desligue. Sei tudo o que está acontecendo… e posso te ajudar.A voz masculina era grave, com um tom frio, quase calculado.— Quem está falando?— Alguém do seu passado. Alguém que também
O som incessante dos flashes e microfones ecoava pela entrada principal da Alcântara. Repórteres se amontoavam como abutres à espera de carniça, bloqueando completamente a passagem de funcionários e executivos. As manchetes já haviam tomado conta da internet, manchetes que colocavam em xeque a credibilidade da empresa… e, mais grave ainda, a de Isadora e Dominic.“CEO em escândalo de relacionamento com diretora”, “Relação íntima compromete decisões da diretoria”, “Alcântara em crise ética”.Do alto do prédio, Dominic observava tudo pela janela de vidro, a mandíbula cerrada. Ao seu lado, Isadora sentia o peso do momento como um soco no estômago. Eles haviam sido expostos, jogados aos lobos, e a matilha estava faminta.— O conselho marcou uma reunião para daqui a uma hora — disse Dominic, rompendo o silêncio. — Querem nos ouvir… ou nos julgar.— E você acha que ainda há espaço para diálogo? Eles querem sangue, Dominic.Ele respirou fundo, controlando a raiva.— Eles vão tentar nos afast
O telefone ainda ecoava em sua mente mesmo após a ligação ter sido encerrada. A voz distorcida, fria e ameaçadora, parecia ter deixado uma marca na alma de Isadora.“Hora de decidir de que lado você está.”Dominic estava sentado à frente do computador, olhando fixamente para a tela. O pen drive havia sido inserido, mas os arquivos estavam protegidos por uma criptografia pesada.Na tela, apenas uma frase: “A verdade tem preço. Está pronta para pagá-lo?”— Isso é uma armadilha — disse Dominic, mantendo o tom baixo e grave. — Qualquer passo em falso, e tudo pode explodir na nossa cara. Literalmente.Isadora se aproximou, apoiando-se no encosto da cadeira.— Eu sei. Mas não temos escolha, Dominic. Estamos dentro até o pescoço. E se pararmos agora, todo esse inferno vai ter sido em vão.Ele a olhou por um instante. Havia cansaço, frustração, mas também algo mais forte: lealdade.— Então vamos até o fim — ele disse. — Mas juntos.⸻Horas depois, estavam reunidos em um coworking discreto, co
A mensagem piscava no visor do celular como um aviso silencioso: “Se quiser saber quem realmente está por trás de tudo, venha sozinha.” Junto, um arquivo de áudio curto e uma localização marcada em um galpão industrial na zona norte de São Paulo.Isadora leu e releu a mensagem. O áudio era uma distorção metálica, uma voz irreconhecível que dizia:“Você chegou longe demais. Está perto da verdade. Mas cuidado, há mais em jogo do que imagina.”O frio que percorreu sua espinha não era só medo — era instinto. Algo estava sendo escondido, e aquele alguém anônimo parecia saber muito mais do que deixava transparecer.— Dominic não pode saber — murmurou para si mesma, desligando o celular e escondendo-o no bolso.Ela se aproximou de Dominic, que dormia no sofá com o rosto cansado, o corpo exausto de tantas batalhas. Isadora hesitou. Queria acordá-lo, contar tudo. Mas sabia que ele tentaria impedi-la — e essa era uma escolha que precisava fazer sozinha.Vestiu um sobretudo, prendeu os cabelos e
Último capítulo