Na manhã seguinte, Dominic chegou à empresa mais cedo do que o habitual. A cidade ainda despertava sob um céu nublado, e a recepção estava vazia quando ele passou pelas portas giratórias. Havia algo de simbólico naquele momento — como se atravessasse uma linha invisível entre a vida que sempre conheceu e a verdade que agora carregava.
Na sala de reuniões, Isadora já o esperava. Estava sentada à cabeceira, com um café pela metade e uma pasta aberta à sua frente, o rosto sério e determinado. Não havia espaço para dúvidas naquele olhar — ela estava pronta para lutar ao lado dele.
— Dormiu? — Dominic perguntou, depositando uma pasta idêntica sobre a mesa.
— Mal. — Ela respondeu. — E você?
— Nem tentei. — Ele puxou uma cadeira e se sentou ao lado dela. — Mas revisei tudo. E pensei em um plano.
Isadora o olhou, interessada.
— A gente não pode simplesmente expor os documentos e esperar que o mundo entenda. Se fizermos isso sem respaldo legal, o escândalo vira um desastre.
— Concordo — ela di