Mundo ficciónIniciar sesiónE se chegasse de viagem e encontrasse sua casa vendida? Aconteceu com Samantha Hartman. A patricinha herdeira agora tem que lidar com o invasor viúvo David Grant, que mexe com sua libido, e com suas filhas gêmeas que conquistam qualquer coração. David Grant acaba de comprar a casa dos sonhos de suas filhas. Viúvo há poucos anos, tudo que ele procura é paz. Porém o que encontra é uma morena teimosa e que o deixa no limite entre a raiva e o desejo. Conviver nunca foi tão desafiador. O viúvo e a patricinha precisam decidir se é guerra ou amor.
Leer másEra uma casa muito disputada.
A casa rosa.
A casa mágica.
Ela
Estou exausta.
Viajar com uma mala e voltar com três só poderia dar nisso.
Culpa de uma certa advogada que gosta de explorar a melhor amiga. Julia, você me deve muito.
Olho minha imagem no celular e tenho vontade de chorar.
Caralho! Eu saí linda e plena da Ilha de Haven Falls e agora estou um desastre, até meu coque desistiu de mim. O maldito se desmanchou. Estou parecendo a secretária do Kaleb depois de ser escravizada por aquele viciado em trabalho. Ah, Kaleb é um amigo meu, amigo de infância. Ele é o próprio significado da palavra workaholic, por isso raramente o vejo.
Estou horrível.
Eu vim de avião ou correndo pela savana?
O táxi para no portão. E o motorista me ajuda a descer com as malas.
— A senhora tem certeza que não quer que eu leve até a porta? — pergunta.
— Não precisa. Meu noivo busca. Obrigada.
O mínimo. Afinal, ele não abriu o portão. Completo em pensamento.
Nem me dou ao trabalho de retocar a maquiagem ou arrumar o cabelo. Meu noivo vai me ver assim mesmo. É bom que já tem uma ideia de que eu não sou perfeita sempre, só acordo mais cedo e ele não vê a transformação.
Estou ligando para ele enquanto o motorista se despede e vai embora.
Droga! Custa atender essa merda desse telefone?
A chave eletrônica não está funcionando e o porteiro não está no seu posto. É o que dizem: Quando o gato sai, os ratos fazem a festa.
Só espero que Estevan não tenha aproveitado para literalmente fazer uma festa. Eu arranco as bolas dele.
Mais isso para deixar meu dia ainda mais perfeito depois de andar pelo aeroporto toda desengonçada com três malas imensas.
Demoro um tempão para abrir o portão manualmente. Chave e empurrão ainda funciona.
Lá se vai duas unhas perfeitas.
Julia vai me pagar uma rodada de vinho branco para compensar o desgaste físico e emocional.
— Onde está a porra do Estevan? — resmungo empurrando as malas para dentro.
Desde ontem que o telefone dele está como desligado e não responde nas redes sociais. É bom que ele tenha um forte motivo para sumir assim. Não é desejando seu mal, mas no mínimo um assalto que o deixou sem acesso a qualquer telefone ou computador.
Fecho o portão manualmente outra vez e deixo as malas perto dele. Eu que não vou empurrar isso até a entrada principal. São dez minutos andando, já contei.
Ando os dez minutos me perguntando cadê os empregados dessa casa. Algumas plantas estão visivelmente descuidadas. Isso nunca aconteceu.
Entro na casa sem chamar por Estevan. Quero pegá-lo no flagra. Seja lá o que esteja fazendo.
Nem sinal dele no andar inferior. Subo para os quartos e vou direto ao nosso. Meu coração disparado, temendo as possibilidades.
E se eu o encontrar com outra na cama?
Não, ele não seria louco. Sabia que eu estava voltando hoje.
Abro a porta quase berrando um “te peguei, canalha”. Nada. A cama vazia e arrumada.
Ao me aproximar da porta do banheiro, ouço o chuveiro ligado.
Hum... Um sexo de boas-vindas talvez compense parte dos meus perrengues. Abro a porta e entro. Parece uma sauna de tanta fumaça no box. Só consigo ouvir o barulho e ver contornos.
Me apresso em tirar a roupa e puxo a porta do box.
Pensa em um grito.
Não é uma mulher nua que encontro, muito menos Estevan, e sim um homem desconhecido, sob o meu chuveiro, exibindo um corpo que pelo amor de Deus. Vai ser lindo assim em cima de mim.
O loirão parece confuso, estava desligando a água quando entrei.
O “Quem é você?” fica preso na minha garganta quando desço o olhar e me deparo com um pau digno de exposição. Eu quero tirar uma foto e mandar para minhas amigas. Julia merece ver isso.
— Quem é você?
CONTINUA...
Ele — Papai, vai dormir aqui? — Cristal pergunta ao me ver com cobertor e travesseiros. Na confusão só conseguir pensar em pegar isso. As meninas estão colorindo, cada uma em sua cama. Uma bagunça de papéis e giz de cera. São camas de solteiro que já estavam no quarto. O noivo golpista permitiu que nos mudássemos antes de tirar as coisas, saiu da casa com malas, dizendo que iam em uma lua de mel antecipada. Com isso eu poderia levar meu tempo. Merdinha. Ele é que estava com o tempo contato com medo de ser descoberto. — Só hoje. — Me sento no sofá que será a minha cama hoje. Até tem quarto de hospedes, mas depois de descobrir que essa casa tem dona — e que dona gostosa — prefiro ficar perto das minhas filhas. Eu já sei a resposta, mas decido perguntar: — Meus anjinhos, o que acham de uma nova mudança? — Não quero. — Jade nega balançando os cachos. — Vou morar aqui pra sempre. — Cristal completa mostrando o desenho, que é a casa rosa. — Podemos ir para uma casa muito maior e
— Senhora, não podemos expulsar o rapaz com crianças — interrompe. — Vocês nem viram os documentos que ele alega ter. — Me seguro para não bater os pés igual criança birrenta na frente desses policiais. — Se faz questão, me acompanhem. O loiro entra e o sigo, com os policiais logo atrás. Eles parecem entediados. Deve ser porque não é a casa deles em jogo. No andar de baixo mesmo, em uma das minhas gravatas do escritório, ele pega vários documentos, inclusive a escritura da casa. Meu coração para quando vejo os papéis. Como pude ser tão burra e não perceber que estava caindo em um golpe? Por todo lado vejo assinaturas idênticas a minha, mas... — Não assinei nada disso. Nem estava no país. Isso pode provar alguma coisa. — Prova sim, mas, como disse, tem que ser tratado na justiça. Não podemos expulsar nenhum dos dois. Ainda mais que o golpista estava com uma procuração e a escritura consta o nome do novo dono. — O mais alto explica. Eu vou surtar. — Estamos indo. Vamos procu
Ela— Ei, acorda! Acorda! — uma voz insiste. — Graças a Deus foi um pesa... Oh não! — abro os olhos e encontro o brutamonte loiro. Ainda só de toalha. — Você desmaiou. — Ele diz se afastando e sentando na cama. Age como se estivesse na casa dele. Isso é irritante. — Quem é você? E o que faz na minha casa? — Não vamos começar com isso outra vez. — Vamos sim, até o senhor me dar uma explicação lógica. — Ou sumir daqui. Saio da cama. Ele não tenta me impedir. O fato de eu ter desmaiado me lembra que dispensei a comida do avião. Estou há tempo demais sem comer e sem beber líquido também. Meu corpo não está acostumado com isso. — Isso é impossível. Vou chamar a polícia. Ele fixa seu olhar em mim, descendo do rosto aos pés. Chego a conferir se não estou nua. O vestido ainda segue aqui. A calcinha ainda segue no chão do banheiro. Quando vou questionar o que está olhando, ele balança a cabeça e diz: — Já chamamos, na mesma ligação. Ou acham que somos loucos ou estão chegando. Você
Eu não passei a lua de mel nessa casa nem nada disso. Nem foi uma lua de mel louca. Agatha e eu nos conhecemos desde crianças, estudamos juntos, perdemos a virgindade juntos e fomos morar juntos assim que terminamos a faculdade de medicina. Não tenho vergonha de dizer que ela foi a única mulher que conheci, nunca precisei de outra e ela também não precisou de mais ninguém. Éramos suficientes. Nos casamos três anos atrás, com as gêmeas já grandinhas. E saímos os quatro em lua de mel. Aventureiros, apontamos um ponto no mapa e para lá fomos. Uma cidade mediana. Onde os pontos turísticos eram apenas uma igreja e uma cachoeira, ambos lindos. No primeiro dia nós vimos a casa rosa. Sabe aquelas mansões de bonecas, era como se fosse uma em tamanho real e as meninas ficaram empolgadas. Quase pedi ao dono para elas entrarem na propriedade. Mas acabei não o fazendo. Naquela noite, com Agatha nua em meus braços, comentei: “Amor, o que achou daquela casa?” “Linda. As meninas ficaram enc
EleAntes... — Caralho! — praguejo o mais baixo possível. Acabo de tropeçar em uma boneca que chora como uma criança de verdade. Se as meninas acordarem nem sei o que faço. Como um zumbi, me arrasto até a cama e apago do jeito que estou: Molhado de tentar dar banho nelas e exausto. Preciso de uma babá urgente. Me acostumei com a presença da minha irmã. Com ela aqui tudo parecia tão em ordem. Deus, como ela conseguia? Estou feliz que ela tenha encontrado alguém que ame ao ponto de ir morar com o cara, mas confesso que sinto falta da sua ajuda. Lembrete: Comprar o melhor presente de casamento. Aquela baixinha fazia um serviço que para mim precisa de pelo menos três pessoas para dar conta. Mal fecho os olhos e o despertador acabam com meu descanso. Saio da cama sem nenhuma vontade e vou tomar um banho. Pelo menos a empregada faz o café da manhã das meninas antes delas irem para a creche, só tenho que lutar para arrumá-las e convencer que não é o fim do mundo ir a escolinha. —
A pergunta parte dele, que passa por mim e pega uma toalha cobrindo a delícia monumental entre suas pernas. Mas ele não me engana, vi direitinho sua secada no meu corpo. Seria traição convidar o loiro para minha despedida de solteira? Estevan que me perdoe, mas o pau dele passaria vergonha na frente do desse loirão. Limpo a garganta. E ele mexe na toalha novamente. Sim, eu sempre volto a olhar nessa direção. — Eu é que pergunto, quem é você e o que faz na minha casa? É algum amigo folgado do Estevan? — Querida, fugiu de alguma clínica? Mas que ousadia! Estevan nunca trouxe amigos, e quando começa é por um ignorante. Tão lindo, pena que não tem educação. — Seu rabo! Coloca seus trapos e sai da minha casa antes que eu chame a polícia. Não quero nem saber se é amigo do Estevan. Essa casa é minha. — Escuta aqui... — O brutamonte loiro vem em minha direção, mas trava. Tudo por uma voz melodiosa dizendo: — Papai? Cadê você? Papai? Mas que porra é essa? Estou em algum universo
Último capítulo