Capítulo 3: Jogo de Poder

Os dias seguintes foram um verdadeiro teste para Isadora.

Ela sempre soube separar a vida pessoal da profissional, mas agora, o universo parecia decidido a desafiá-la. Trabalhar sob a mesma estrutura que Dominic transformava cada instante em um jogo perigoso de controle.

A cada passo nos corredores da empresa, sentia o olhar dele sobre si. A cada reunião, a voz grave e firme de Dominic ecoava como uma corrente elétrica por sua pele. Ele não precisava tocar nela para dominá-la—seu simples olhar já fazia isso.

Mas Isadora não cederia.

Dominic era um desafio, sim, mas não um que ela pudesse se permitir perder.

Ela tentou manter-se ocupada. Participou de reuniões importantes, entregou projetos impecáveis e conquistou a confiança de colegas e superiores rapidamente. Era inteligente, ambiciosa e determinada a crescer.

Porém, toda vez que sentia que estava recuperando o controle, Dominic surgia para bagunçar tudo novamente.

Naquela manhã, ao sair da sala de reuniões, ela sentiu uma presença ao seu lado. O perfume amadeirado e sofisticado foi a primeira coisa que a atingiu. O calor corporal que irradiava dele veio logo depois.

— Você está se saindo muito bem. — A voz de Dominic soou baixa e íntima, como se aquele fosse um segredo só deles.

Isadora fechou os olhos por um segundo antes de respirar fundo e se virar para encará-lo.

— Obrigada. Gosto de me destacar pelo meu trabalho.

Ele arqueou uma sobrancelha, um leve sorriso jogado no canto dos lábios.

— Claro. Mas sabe que não é só pelo seu trabalho que está chamando atenção, não sabe?

Ela cruzou os braços, ignorando o arrepio que subiu por sua espinha.

— Se está insinuando algo, Dominic, sugiro que seja mais claro.

Ele deu um passo à frente.

— Estou insinuando que, desde aquela noite, você não consegue parar de pensar em mim. — Seus olhos a devoravam, e sua confiança exalava um magnetismo que a deixava sem ar.

Isadora sustentou o olhar, lutando contra a onda de calor que ameaçava consumi-la.

— Você tem uma opinião muito elevada sobre si mesmo.

Dominic riu baixinho. Um som rouco e perigoso.

— Tenho certeza disso, Isadora. Sei que te provoquei naquela noite. Sei que te enlouqueci. Sei que, mesmo tentando me evitar, você sente falta do que aconteceu entre nós.

Ela queria negar. Queria rir da arrogância dele. Mas sua pulsação acelerada a traiu.

Ele percebeu.

— Se eu estou errado, me diga agora que não pensa mais em mim. Me diga que não sentiu nada quando entrei nesta sala.

O silêncio entre eles se estendeu.

O olhar de Dominic desceu lentamente, observando cada detalhe do rosto dela. Cada movimento sutil da boca, cada piscada hesitante.

— É isso que eu pensei. — Sua voz era um sussurro carregado de provocação.

O telefone de Isadora vibrou em sua mão. O som trouxe sua mente de volta à realidade, quebrando o feitiço. Ela se afastou um passo, recompondo-se.

— Tenho trabalho a fazer. — Ela virou-se, saindo antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa.

Mas, enquanto caminhava pelo corredor, sentiu o olhar dele queimando suas costas.

E soube, com absoluta certeza, que aquilo estava longe de acabar.

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