Na manhã seguinte, a atmosfera na empresa estava carregada. Havia algo estranho no ar — um burburinho sutil nos corredores, olhares atravessados, sorrisos falsos que pareciam esconder mais do que cordialidade. Isadora sentiu isso logo ao entrar no elevador. Uma das secretárias a cumprimentou com um sorriso rígido demais.
Dominic, por sua vez, já estava em sua sala. Ele havia dormido pouco, revisando documentos até o amanhecer. Agora, lia um relatório financeiro quando notou algo errado: uma movimentação atípica nas planilhas internas. Códigos alterados, documentos criptografados sem aviso.
— Isso não estava assim ontem… — murmurou, franzindo a testa.
Imediatamente chamou Isadora.
Ela entrou apressada, os cabelos presos em um coque despretensioso e os olhos alertas.
— Aconteceu alguma coisa?
Dominic girou o monitor em sua direção.
— Olha isso. Estão tentando esconder movimentações. Alguém de dentro. Alguém que entende o sistema.
Ela se aproximou mais, os olhos varrendo a tela.
— E pior