Mundo de ficçãoIniciar sessãoJosé Eduardo é o típico playboy arrogante: rico, mulherengo e acostumado a ver o mundo girar ao seu redor. Filho adotivo de Nestor Dalagnol, ele sempre teve tudo o que quis — menos limites. Até que a chegada de Catarina, a sobrinha órfã de seu pai, muda completamente o jogo. Inocente, mas de temperamento forte, Catarina não se intimida diante das provocações dele. O que começa como uma guerra de egos se transforma em uma perigosa dança de desejo, onde orgulho e paixão se confundem a cada encontro. Entre segredos familiares, intrigas e traições, José Eduardo terá que encarar algo que jamais pensou enfrentar: a única mulher capaz de dominá-lo. Um romance intenso, explosivo e arrebatador, que vai fazer você rir, chorar e se perder nos jogos de poder e paixão.
Ler maisNOTA DA AUTORA: obrigada por clicar!!! UHUUUULLLL!! 😍😍😍😍😍😍. É o sonho de toda autora! 🥹🥹🥹
Meninas, esse é um livro DIFERENTE do que vocês leem aqui. Quase uma novelinha! Conta a história com vários pontos de vistas (incluindo dá vilã… que tem uma reviravolta que vão deixar vocês passadas!!!). Ou seja, vão de coração aberto e se permitam apaixonar, rir, chorar. É uma leitura leve! Curtam muito! “Se eu soubesse que o ódio dele por mim seria tanto, eu nunca teria aceitado ir para aquela mansão.” ⸻ POV CATARINA — Não vá, mãe. Não me deixa sozinha! — supliquei, agarrada à sua mão fraca. — Filha… faça o que eu te pedi — a voz dela saía trêmula — liga pro seu tio… ele vai cuidar de você… — tossiu, com esforço — eu sempre vou te amar. O último olhar dela ficou gravado em mim antes que fechasse os olhos para sempre. Agora eu era oficialmente uma garota de vinte anos… sozinha no mundo. ⸻ Poucos dias antes de partir, mamãe me revelou algo que eu nunca imaginei: “Nestor, meu irmão, tem um bom coração. Ele vai te ajudar, filha.” Nunca falou da própria família. Só me contou que fugiu para se casar com meu pai e que os Dalagnol — gente rica e orgulhosa — nunca a perdoaram. O único que me restou foi um pedaço de papel com um número escrito. Com as mãos trêmulas, disquei. — Alô? — uma voz rouca atendeu. — O senhor conhecia Eugênia Dalagnol? Silêncio… um suspiro pesado. — Minha irmã… mas ela sumiu faz anos. Tem notícias dela? — Ela… faleceu. — Quem é você? — Sou… sua sobrinha. Outro silêncio. Depois, seco: — Fique onde está. Estou indo te buscar. ⸻ POV CATARINA Menos de uma hora depois, dois carros pretos e luxuosos pararam na frente da minha casa simples. De um deles desceu um homem imponente, cabelos e barba grisalhos. Mas, ao me ver, o olhar dele suavizou. — Você se parece tanto com a Eugenia… — disse, me abraçando. — Não é seguro você ficar aqui. Vem comigo pra fazenda. Eu estava atônita com aquela mudança toda. Logo após perder minha mãe, eu estava prestes a ir para uma casa onde não conhecia ninguém. Será que eu seria bem recebida? Se sim, por que aquele mal pressentimento crescia dentro de mim? Como se algo ruim fosse acontecer… — Vamos, Catarina? — Vamos, tio! — falei, dando uma última olhada para a casa onde cresci. Ele ordenou que dois homens pegassem minhas coisas e, quando percebi, já estávamos na estrada. ⸻ O caminho foi ficando mais verde e silencioso. — Acho que vai se dar bem com o José Eduardo — disse tio Nestor, sem tirar os olhos da pista. — Meu filho adotivo. Um pouco mais velho que você. — Quero conhecê-lo. Ele apenas sorriu de canto… e aquilo me deixou inquieta. ⸻ POV JOSÉ EDUARDO No auge da minha juventude, tudo o que eu queria era me divertir e aproveitar todas as mulheres que eu pudesse. A vagabunda que estava comigo na cama, eu havia conhecido em uma reunião de trabalho. Era uma garçonete. Foi intenso. Quase bruto. E ela parecia gostar. — Mas você já vai? — perguntou, com um ar manhoso, enquanto eu me vestia. — Preciso ir — falei, puxando as calças. — Meu pai está prestes a se meter em uma furada. Não que eu devesse satisfação àquela mulher… mas precisava desabafar. — Como assim? — ela insistiu. — Não é da sua conta. — Abri a carteira e joguei mil reais na cama. — Até mais, baby. Saí rápido daquele motel, disparando em direção à fazenda. Queria estar presente quando a suposta sobrinha do meu pai chegasse. ⸻ POV CATARINA Chegamos diante de uma mansão digna de novela. Antes mesmo de entrar, o ronco de um motor potente cortou o ar. Um carro esportivo vermelho, reluzente, parou atrás do nosso. Dele saiu um homem alto, cabelo impecável, jeans ajustado. Tirou os óculos escuros e me analisou de cima a baixo… sem sorrir. — Esse é meu filho, Catarina. José Eduardo. — Ah… seu pai falou de você! — estendi a mão. Ele não retribuiu. Virou-se para o pai: — Podemos conversar no escritório? Meu estômago embrulhou. Eu nem tinha aberto a boca direito e já sabia: José Eduardo me desprezou no primeiro olhar. *** NOTA DA AUTORA: e aí? Quem já odiou o José Eduardo e tá torce pela Cat???? Deixa seu comentário aqui. Vamos pro próximo capítulo que tá pegando fogo 🥵🥵🥵🥵🥵🥵🥵🥵😍POV NATHALIAO carro parecia uma gaiola sobre rodas.Meus dedos se agarravam ao volante com tanta força que as juntas embranqueceram. O coração, descompassado, batia contra o peito como se quisesse saltar para fora, um pássaro em pânico que tivesse descoberto tarde demais a janela aberta.As luzes da estrada avançavam lentamente, zombando da minha pressa. Cada farol que se aproximava e desaparecia me lembrava do tempo que eu não tinha. O mostrador do painel, cruel, insistia em números que não cooperavam. A cada semáforo amarelo, eu já estava rezando; a cada caminhão pesado na faixa da esquerda, mordia o lábio até sentir o gosto de metal.E se for tarde demais?A imagem da placa VENDE-SE ainda ardia na minha memória como um ferro em brasa. A varanda vazia, as cadeiras cobertas com lençóis que pareciam fantasmas, o silêncio ofendido do casebre. Eu não tinha conseguido falar com ele. Não tinha conseguido segurar o homem que sempre esteve entre as minhas costelas, mesmo quando eu negava.
POV NATHALIAO quarto parecia um mausoléu dourado.As cortinas de seda pesada fechavam a janela, abafando o som da cidade. O carpete persa era tão macio que meus pés afundavam, mas, para mim, tudo parecia áspero. Eu estava ali, no quarto que deveria ser a noite de núpcias, cercada de luxo, e me sentia como prisioneira.Álvaro tirava os sapatos devagar, o paletó jogado numa cadeira, e o perfume forte dele — sempre aquele cheiro enjoativo de riqueza — impregnava o ar. Eu, na ponta da cama, com a camisola cara que ele mandou trazer de Paris, respirava como quem tenta arrancar um nó da garganta.— Você está tensa. — ele disse, passando a mão pelo cabelo engomado. — É normal. Amanhã viajamos, e as coisas entram nos eixos.Engoli em seco, olhando para as próprias mãos, os dedos ainda marcados pelo peso da aliança.— Álvaro… — murmurei. — Eu preciso falar.Ele ergueu uma sobrancelha, o tom carregado de tédio.— Falar o quê?Respirei fundo. Era agora ou nunca.— Agradeço tudo, o esforço, o cu
POV NATHALIAO vestido pesava.Não só pelo tecido — camadas de cetim, tule e rendas que a costureira bordou à mão como se estivesse costurando uma coroa. Não só pelo véu longo, que parecia arrastar junto toda a expectativa de gerações. Mas pelo significado.Cada fio daquele vestido sussurrava: “Você é a noiva perfeita. Vai se casar com dinheiro. Vai ter status. Vai cumprir o destino que sua mãe escreveu para você.”Eu me olhava no espelho, cercada de criadas e cabeleireiras, mas a imagem refletida me parecia a de uma estranha. Os olhos castanhos estavam vermelhos de tanto chorar em segredo na noite anterior. A boca, pintada de batom claro, tremia. E o coração… ah, o coração não obedecia.— Prende mais o véu — minha mãe disse, sem sequer me encarar, como uma diretora de cena garantindo que o espetáculo não desandasse. — O colar precisa ficar centralizado. E o brinco direito está torto.A modista correu para ajustar tudo com dedos
POV CATARINANão era a primeira vez. Desde que voltei para casa depois do sequestro, meu corpo andava estranho.Tonturas repentinas, inchaço nos pés, dores de cabeça que surgiam sem motivo. O médico tinha dito que era “normal” em algumas gestações, que bastava repouso, hidratação, nada para me preocupar.Só que, no fundo, eu sabia que havia algo errado. Meu corpo sempre foi sensível, e aquela gravidez parecia estar me pedindo sinais de atenção que eu tentava ignorar.Naquela tarde, o alerta veio com força.Eu lia um livro de capa gasta, tentando distrair a mente, quando a dor apertou na nuca como uma faixa de ferro. Era diferente das outras vezes: mais forte, mais persistente. A visão se embaralhou. As letras da página dançaram, borradas, e o quarto girou devagar, como se eu estivesse num carrossel maldito.Levei a mão ao ventre, instintivamente. O bebê se mexeu. Isso me deu um fio de tranquilidade, mas ao mesmo tempo fez meu coração disparar. E se esse movimento fosse de incômodo? E
POV GUSTAVO Eu não tinha tocado em um centavo que a vó Dorinha deixou. Acho que se eh pudesse vela um dia no outro plano ia ficar muito bravo com aquela velha boba: tanto dinheiro que a gente podia ter usado pra prolongar os dias dela um pouco mais. Só que a vó não abriu o bico. Ou ela se esqueceu mesmo, tadinha. Eu estava sentando na porta de casa, onde passei os melhores anos da minha vida. Ali eu cresci com os bicho, perseguindo cobra venenosa, pulando em galhos como macaco. A mangueira continuava lá, todo ano dando fruta que eu nunca me cansava de saborear. Por vários anos eu acreditei que me casaria e construiria uma casinha do lado da Vó. Teria meus filhos com a mulher simples que eu escolheria pra ser minha. — Mas o ce foi se apaixonar por uma magricela interesseira. Ai num dá! Por um milésimo de segundo cogitei colocar o meu chapéu e ir até a casa da Nathalia, falar que eu tinha muito dinheiro agora. Que se quisesse, eu comprava tudo que ela desejasse. Mas não! Não era
POV GUSTAVODesde que o advogado bateu à minha porta trazendo aqueles papéis, minha vida deixou de ser a mesma.As cifras que vi no envelope não eram apenas números. Eram choques elétricos atravessando meu corpo, queimando memórias de suor e calos que tinham me moldado desde menino.Vó Dorinha.Aquela mulher que vivia com vestidos velhos, que amarrava o lenço na cabeça como se fosse coroa, que reclamava da conta de luz mesmo quando mal usava lâmpada. Ela — justo ela — era rica. Rica de verdade.E nunca contou.Passei noites em claro tentando entender. Será que ela sabia? Será que guardou tudo em silêncio de propósito? Ou será que preferiu viver com simplicidade pra que eu aprendesse a ser forte, a não me deixar amolecer pelo conforto?Talvez nunca vá saber.Agora, tudo era meu. O advogado garantiu: não havia contestação. Eu, Gustavo, o peão que lavrava a terra e carregava feno nos ombros, era dono de uma fortuna que poderia comprar a própria fazenda onde fui humilhado tantas vezes.Ma





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