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4. JOSE EDUARDO É PERVERSO!

POV JOSÉ EDUARDO

Eu estava à beira de explodir. Não só pela insolência daquela garota… mas porque não conseguia apagar da mente a imagem dela no roupão.

A pele clara à mostra, perto dos seios.

Minha cabeça logo foi longe demais. Catarina nua.

“Não, caralho, você se controla”, murmurei pra mim mesmo.

— Posso ajudar? — a voz suave de uma empregada me tirou do transe.

Ela me olhava de um jeito insinuante antes. Eu já tinha reparado.

— Tá tudo certo, pode ir.

— Jura? — ela sorriu de canto, deslizando a mão sobre o volume da minha calça.

Não precisei pensar duas vezes.

A tensão que Catarina tinha deixado em mim precisava de saída.

Ali mesmo, atrás de uma pilastra do corredor, eu  comi aquela vagabunda com brutalidade.

POV CATARINA

Enquanto me vestia, a ideia martelava: eu devia ir embora.

Mal tinham se passado algumas horas e já me sentia exausta. A dor de cabeça latejava. Aquela “ajuda” só estava me trazendo inquietação.

Seria tolice ficar.

O telefone tocou, cortando meus pensamentos.

— Desça aqui, minha sobrinha.

— Claro, tio. Aconteceu alguma coisa?

— Não, apenas quero vê-la. Saber como está.

— Ah… já estou indo.

Respirei fundo. Talvez ele entendesse se eu dissesse que iria partir. Não queria ser um peso, nem a causa de brigas entre ele e José Eduardo.

Demorei a achar o escritório. A mansão era grande demais, intimidante. Quando finalmente encontrei a porta certa, senti um alívio súbito… junto com o medo de cruzar com meu primo.

— Pois não, tio? — falei ao entrar.

Nestor estava sentado atrás de uma mesa imponente, rodeado por estantes cheias de livros e uma lareira acesa. O ar tinha um cheiro acolhedor, mistura de madeira e fumaça suave.

— Ah, você aí! — sorriu, afastando papéis. — Venha, sente-se.

Obedeci, ainda hesitante.

— Tio… eu acho que vou precisar ir embora.

— Não ligue para José Eduardo. Ele tem o gênio forte, mas também tem um bom coração. Essa tensão vai passar.

— Eu entendo… mas não acho justo causar desconforto. Talvez seja melhor eu voltar pra casa.

— Se for, vou ficar profundamente chateado. Você é a lembrança viva da minha irmã Eugênia, o tempo que o destino me roubou.

Ele pousou a mão sobre a minha, quase suplicante.

— Eu sinto muito, tio… Mas, de todo modo, o senhor nem sabe se eu sou quem digo ser.

— Eu não preciso de provas, Catarina. Sinto no coração. Além disso, você é parecida demais com a sua mãe. Mas, se quiser, basta mostrar a certidão de nascimento.

— Isso é fácil… mas sei que José Eduardo vai contestar. Vai dizer que fraudei.

— Não dê ouvidos a ele. Fique.

O olhar dele era terno, quase de cortar o coração.

— Eu… não sei.

— Confie no seu tio. Não volte para aquela solidão.

As palavras mexeram comigo.

— Tá bom… eu fico.

— Ah, que maravilha, meu doce! Você não sabe como me faz feliz.

— Mas só até fazermos o teste de DNA.

— Não precisamos disso.

— Mas eu quero, tio. Vai evitar dores de cabeça.

Ele suspirou, rendido.

— Está bem, se isso vai deixá-la em paz.

— Obrigada, tio. De verdade. Tenho sorte de ter te encontrado.

Ele sorriu, emocionado.

— Eu tenho mais sorte. Depois de perder Eugênia para sempre, sinto que Deus me trouxe você como um consolo.

As palavras dele aqueceram meu coração. Talvez ficar um tempo ali fosse o que eu precisava para superar o luto da mamãe.

— Agora vá se arrumar, minha filha…

— Arrumar?

— Sim! Convidei alguns amigos. Vamos comemorar sua chegada.

— O quê? Tio, eu não tenho nem roupa pra isso!

— Será algo íntimo, não se preocupe. Apenas vista-se como se sentir confortável.

— Mas eu…

— Chega de desculpas. Quero apresentar ao mundo a minha sobrinha.

O brilho de alegria nos olhos dele me calou.

Apesar do frio no estômago, apenas assenti.

— Ok… às oito, certo?

— Em ponto.

— Certo. Até lá.


POV JOSE EDUARDO

De volta ao meu quarto, agora com o corpo relaxado, ouvi vozes vindas do escritório do meu pai. Ele falava com a vigarista que dizia ser minha prima.

Coquetel de boas-vindas.

Absurdo total.

Aquela garota não ia embora coisa nenhuma.

Sorri torto.

— Hum… coquetel simplesinho? Vai ser divertido mostrar pra ela onde se meteu.

Peguei o celular e digitei no grupo da galera:

“Prepara, pessoal. Hoje tem jantar importante aqui em casa. Quero todo mundo arrumado, oito horas em ponto. Vai ser memorável.”

Bloqueei a tela, satisfeito.

— Vamos ver quem manda de verdade, priminha.

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