POV CATARINA
Acordei toda úmida depois de ter caído na piscina e desmaiado nos braços de José Eduardo. Não vi como fui parar no sofá da sala — só abri os olhos e me deparei com José Eduardo… me beijando.
Corine e tio Nestor se aproximaram depois que esbofeteei meu primo no rosto.
Na hora, eu estava com raiva, mas em seguida me arrependi, pensando se não havia exagerado.
— Você está bem? Tá sentindo alguma coisa? — perguntou Corine, preocupada.
— Não, eu tô melhor — respondi, ainda meio zonza.
— Graças a Deus, minha filha! — disse tio Nestor, aliviado.
— O que houve? — perguntei, sem graça. Eu ia completar com “… pra José Eduardo me beijar”, mas me calei. Acho que Corine e meu tio subentenderam.
— José estava apenas fazendo respiração boca a boca. Nós que pedimos a ele — explicou meu tio.
— Sim, ele ficou receoso. Não imaginávamos que você ficaria zangada. O pobre só tentou ajudar! — disse Corine, sorrindo.
Fiquei vermelha de vergonha.
— Meu Deus, como fui estúpida!
— Não foi, menina.