Ana, uma jovem lobisomem marcada pela insegurança e pela dor da traição, cresce à sombra do luto de seu padrasto, o poderoso Rei Lycan Dominic. Mas o destino, com sua ironia cruel, revela uma verdade chocante: seu companheiro de alma é ninguém menos que o próprio Rei! Enquanto um amor proibido e avassalador floresce entre eles, Ana descobre dons elementais ancestrais, uma herança de sua mãe bruxa, que a transformam em uma força imparável. Em meio a intrigas, traições e uma guerra brutal que ameaça consumir seu reino, Ana é forçada a abraçar seu verdadeiro poder. Em um clímax de tirar o fôlego, ela se transforma em uma Lycan Elemental colossal, o presente da Deusa da Lua, capaz de virar o jogo da batalha. Será que o amor de Ana e Dominic, forjado no fogo do perigo e abençoado pelos deuses, será forte o suficiente para proteger seu reino e selar seu destino eterno? Mergulhe nesta saga de paixão, poder e superação, onde o amor mais inesperado se torna a maior arma.
Leer másOs anos, para nós, Lycans imortais, eram como as folhas de um livro vasto e sem fim. Sete anos haviam se passado desde o nascimento de nossos gêmeos, e a paisagem da nossa família e do nosso reino havia se expandido e florescido ainda mais. Embora o tempo fluísse de forma diferente para nós, o passar dos anos era marcado pelas risadas e pelo crescimento de nossos filhos. Helena e Thalia, as primeiras a chegar, agora tinham treze anos, e a alegria da sua primeira transformação em Lycan havia inundado o castelo.Eu me lembro daquele dia como se fosse ontem. O brilho da lua cheia, a ansiedade misturada com o orgulho em seus olhos. Dominic e eu estávamos ao lado delas, guiando-as enquanto seus corpos se esticavam, seus ossos estalavam e suas formas lupinas emergiam pela primeira vez. Helena, uma Lycan elegante e forte com uma pelagem escura, e Thalia, ágil e graciosa, com uma pelagem mais clara, ambas com os olhos brilhantes de seus pais. Era um testemunho do poder da Deusa da Lua e da no
Os anos voaram como as brisas mais leves da floresta, e o castelo de Lycans, que um dia fora um bastião de guerra e estratégias, agora ressoava com a alegre cacofonia de vozes infantis e risadas. Helena e Thalia cresceram rapidamente, e cada fase de seu desenvolvimento era um milagre que Dominic e eu observávamos com corações transbordando de amor.Aos seis anos, as gêmeas eram a imagem da energia e da curiosidade. Helena, com seus cabelos escuros como os de Dominic e meus olhos prateados, era mais focada e determinada. Já demonstrava um controle incipiente sobre a terra, capaz de fazer pequenas flores brotarem no chão ou de sentir as vibrações do solo. Ela passava horas no jardim, conversando com as plantas, um pequeno sorriso satisfeito em seus lábios quando uma semente teimosa finalmente brotava.Thalia, com meus cabelos claros e os olhos dourados de seu pai, era a personificação do vento. Imprevisível e cheia de vida, ela exibia um domínio sobre o ar. Não era incomum encontrá-la n
A alegria avassaladora da chegada de Helena e Thalia logo deu lugar à realidade exaustiva dos primeiros dias de maternidade. Eu havia enfrentado a guerra, a perda e a reconstrução do reino, mas nada havia me preparado para as exigências implacáveis de dois recém-nascidos. As primeiras semanas foram um borrão de noites mal dormidas, choros inconsoláveis e a luta para me adaptar a essa nova e exigente rotina.A maior dificuldade surgiu com a amamentação. Meus seios estavam doloridos e inchados, e, por mais que eu tentasse, parecia que Helena e Thalia tinham dificuldades em se pegar corretamente. As curandeiras ofereciam conselhos, mas a frustração e o cansaço às vezes me dominavam. Eu me sentia inadequada, exausta por acordar tantas vezes durante a noite para alimentar, trocar fraldas e tentar acalmar duas pequenas criaturas que pareciam ter um entendimento muito claro de meus limites. Havia momentos em que eu sentia o desespero se aproximar, o peso da responsabilidade me esmagando.Mas
Os meses que se seguiram à descoberta da gravidez foram um turbilhão de emoções, preparativos e uma profunda conexão com a vida que florescia dentro de mim. A jornada de carregar Helena e Thalia era diferente de tudo o que eu já havia experimentado. Meu corpo, antes moldado para a batalha e a manipulação elemental, agora se dedicava à criação de novas vidas, e eu sentia cada mudança com um misto de assombro e reverência.Os enjoos matinais persistiram por mais tempo do que eu esperava, e o cansaço, por vezes, era avassalador. Mas Dominic estava sempre lá, um pilar inabalável de apoio. Ele me trazia chás de ervas para acalmar o estômago, me ajudava a subir os degraus do castelo e garantia que eu tivesse tempo para descansar, mesmo com as demandas do reino. Sua atenção era constante, seus olhos dourados sempre buscando os meus para garantir que eu estava bem. Ele parecia ter um sexto sentido para as minhas necessidades, um presente de seu Lycan que me fazia sentir completamente segura e
A imagem no espelho ainda me fitava, e a pergunta "Estou grávida?" ecoava em minha mente, paralisando-me. Mal tive tempo de processar a possibilidade quando Dominic, sentindo minha quietude prolongada, entrou no banheiro. Seus olhos dourados encontraram os meus no reflexo, uma mistura de curiosidade e preocupação. Ele se aproximou, e quando estava a poucos centímetros, seu semblante mudou. Seu nariz se contorceu levemente, e seus olhos se arregalaram, um brilho de surpresa e, finalmente, de uma alegria indescritível inundando-os."Ana...", ele sussurrou, sua voz embargada, um sorriso enorme se formando em seus lábios. Ele não precisou de palavras; eu vi a realização em seu rosto. O cheiro da gravidez, sutil para mim, era inconfundível para ele. Era o cheiro de uma nova vida, da nossa vida.Minhas pernas tremeram, e ele me segurou firmemente antes que eu pudesse cair. Meus olhos se encheram de lágrimas, não de tristeza, mas de uma felicidade tão avassaladora que me deixou sem ar. "É...
A era de paz e prosperidade que havíamos inaugurado não significava a ausência total de desafios. Pelo contrário, a vida no reino Lycan, como em qualquer grande comunidade, era um fluxo constante de pequenas disputas e problemas sociais que exigiam nossa atenção. Mas agora, Dominic e eu os enfrentávamos com uma sabedoria conjunta, nossa parceria mais forte do que nunca. Não eram ameaças externas de vida ou morte, mas os dilemas cotidianos que testavam nossa paciência e nossa capacidade de empatia.Disputas sobre terras, conflitos de alcateias sobre recursos ou até mesmo pequenos desentendimentos entre famílias eram levados ao nosso conselho. Eu usava minha intuição e minha recém-adquirida sabedoria para mediar, muitas vezes encontrando soluções que ninguém havia considerado. Minha capacidade de "sentir" a verdade e de compreender os diferentes pontos de vista me tornava uma juíza justa e compassiva. Dominic, com sua experiência de séculos, complementava minhas percepções com pragmatis
Último capítulo