Mundo de ficçãoIniciar sessãoMia Ashowrth é a única loba sigma em mil anos, destinada desde o nascimento ao Alfa Supremo. Bryan Blackwolf a amou… depois desapareceu, deixando cicatrizes profundas. Agora ele voltou — e quando Mia questiona o destino dos dois, o Alfa mostra exatamente quem sempre foi… Eles Caminharam pelos corredores silenciosos da mansão até que Mia perguntou baixinho: — Você tem certeza que quer fazer isso, Bryan? Ele parou, virou-se devagar, os olhos azuis escurecendo. — É por isso que você está inquieta? Você deveria estar feliz, Mia… mas está duvidando? — Não parece tudo muito precipitado… — ela murmurou. Bryan bufou, avançando até encurralá-la contra a parede. — Precipitado? Nosso destino foi traçado antes de nascermos. Eu nunca tive dúvida sobre quem você é pra mim. Seu rosto se aproximou, a voz baixa e ameaçadora: — Você está indecisa por quê? Acha que existe outra alternativa? O sorriso dele ficou sombrio. — Eu ficaria muito feliz em eviscerar quem quer que seja. E usar as tripas dele como cordão na nossa cerimônia de casamento. Mia engoliu em seco. — Pensei que, quando você foi embora, você tinha escolhido outro caminho. Bryan segurou seu cabelo, firme: — Eu e você vamos nos casar, Mia. Sempre foi o nosso destino. E eu vou destruir qualquer um que ouse se meter. Se for preciso, deixo o mundo queimar… só pra lembrar a todos a quem você pertence. Alguns amores nascem livres. O deles nasceu acorrentado até a morte, e depois dela.
Ler maisEnquanto os dois se aconchegavam na cama — nus, exaustos, ainda com os corpos aquecidos pelo que haviam acabado de fazer —, o silêncio que os envolvia era pesado. Denso. Quase sufocante.Porque, embora dividissem o mesmo espaço, a mesma cama, o mesmo lençol... não estavam no mesmo lugar.Para Bryan, havia um brilho nos olhos, um quase sorriso nos lábios. Um alívio tolo e perigoso.Parte dele sentia que aquilo significava alguma coisa. Que ela ainda era dele. Que ainda o queria. Que talvez... o amasse, mesmo que não admitisse.Essa ideia o preenchia com um prazer quase infantil, egoísta. Uma sensação de vitória silenciosa.Ele conhecia Mia. Sabia o quanto ela resistia a tudo, menos àquilo — ao fogo entre eles, à intensidade física que sempre os conectou mesmo no meio do caos.E era nisso que ele se agarrava agora."Se ela ainda me quer assim, talvez ainda haja esperança. Talvez eu possa reconquistá-la por inteiro."Mas, em algum canto de sua mente, um sussurro desconfortável se fazia o
Mia piscou os olhos, aqueles olhos cinzas tempestade. Ela piscou de forma lenta, a penumbra do quarto não a enganava. Ela o olhou. E depois, seus olhos deslizaram para o braço dela que ele segurava, a mão de Bryan ainda apertando a sua. — Desculpa — Bryan murmurou, a voz rouca, quase um sussurro no silêncio pesado do quarto. — Eu não queria te... te acordar eu... Ele se interrompeu, sem saber o que dizer. Mia não puxou o braço de volta. Seus olhos cinzas tempestade fixaram-se nos olhos azuis oceano dele, e uma enxurrada de pensamentos a atingiu. Ela entendeu o que estava acontecendo. Ele estava tentando sentir o vínculo, o vínculo que ela havia bloqueado para não sentir mais a dor que ele trazia. "Não é nada justo", ela pensou, a raiva misturada com uma familiaridade perigosa. "Eu sempre me afogo nesses olhos de oceano dele." Mia respirou fundo, sentindo-se cair novamente naqueles olhos hipnotizantes. Em um movimento rápido e inesperado, ela se levantou na cama, puxando-o para e
Bryan permaneceu ajoelhado ao lado da cama, o corpo rígido, os olhos presos em Mia como se desviar o olhar fosse perdê-la de novo. Ele passou a mão pelo rosto devagar, os dedos pressionando a testa, como se tentasse conter algo que queimava por dentro.O cheiro dela o atingia sem piedade. Sempre atingia. Tempestade. Algo escuro. Algo que era só dela , Orquídea negra, sensual e picante. Ele inspirou fundo, depois de novo, como se respirar fosse um erro , como se cada fôlego o puxasse mais fundo mergulhando na essência para ela.A respiração de Mia era lenta, tranquila. Bryan engoliu em seco.— Merda… — sussurrou, quase sem voz.Com cuidado excessivo, puxou o edredom e a cobriu melhor. Os dedos dele roçaram a pele quente por um segundo a mais do que deveriam. Um segundo foi o suficiente. O corpo respondeu antes da mente. O desejo veio forte, cru, imediato …como sempre fora com ela. Bryan fechou os olhos com força, o maxilar travado, porque querê-la nunca fora o problema … perdê-la é que
A noite seguiu.As luzes da boate dançavam junto com as sombras.Mia bebeu mais um pouco sem exageros.Riu de algo que Bella falou. Depois sorriu para Liam.E então se levantou, ajeitando o vestido prateado que reluzia sob a luz da lua, que continuava brilhando lá em cima, através do teto aberto da boate.— Pessoal, a noite está muito divertida… — ela anunciou com doçura — …mas preciso voltar pra casa.— Ah, poxa Mia, não vai! — disseram alguns.— Tá cedo! Fica mais um pouco! — lamentou Bella, abraçando-a.Mia riu, abraçando a amiga de volta, trocando beijos nas bochechas, se despedindo com elegância de cada um ali.Era impossível não amá-la.Antes de chegar à saída, Liam a alcançou.— Você quer que eu te leve? — perguntou ele, num tom cuidadoso. — Quer dizer… beber e dirigir não combina.Ela parou e sorriu.— Não estou bêbada, Liam. Pode ficar tranquilo. — disse com um brilho sereno nos olhos.— Vou ligar pra alguém me buscar.Depois olhou por cima do ombro, encontrando Bella mais ao
Mia se levantou da mesa com elegância natural.Os olhos ainda brilhavam, mas agora havia um foco diferente em seu rosto.Ela foi até o bar — seus passos firmes, o vestido prata ondulando como luz líquida sob a iluminação sensual do Moonhowl.Lá do alto, Bryan a seguiu com o olhar como uma fera em vigília.O peito subia e descia devagar, pesado.Os punhos fechados.Ela pediu algo ao bartender. Sorriu. Encostou o quadril no balcão.E então ele apareceu.Um lobo alto, bronzeado, com uma expressão relaxada demais.Se aproximou sorrindo, tocou no braço dela.O sorriso de Mia se apagou como uma vela ao vento.Bryan deu um passo à frente, o corpo já se inclinando para o ataque, mas Ben foi mais rápido.Sua mão pousou firme no ombro do irmão.— Tenha paciência, Bryan.— Observe. Ouça.— Não tome decisões precipitadas.Bryan rosnou, um som baixo, gutural. Seus olhos brilharam em dourado.Mas ele respirou fundo. Engoliu o instinto assassino.E então fechou os olhos e aguçou os sentidos.O som d
Na pista, Mia levantava os braços, os olhos ainda fechados, como se estivesse em outro mundo, em outra vida. O vestido prateado refletia as luzes e a lua, como se ela tivesse sido moldada por constelações.Ninguém ousava se aproximar.Nem precisava.Ela não estava ali para ser olhada.Ela estava ali para existir.E Bryan percebeu que o que mais o destruía não era o medo de perdê-la para outro...Era o medo de que ela não precisasse mais ser resgatada.Que ela tivesse se resgatado sozinha.Ben, atrás dele, observava tudo em silêncio.Os outros também, espalhados pela área VIP — cada um percebendo, à sua maneira, que algo havia mudado.Não era só Mia.Era Bryan também.Ou pelo menos... era o começo.Bryan inspirou fundo. Seus olhos ainda estavam nela, mas agora sua respiração saía mais lenta.Talvez pela primeira vez em anos... ele estivesse pensando.Axel se aproximou devagar, um sorriso malicioso curvando os lábios enquanto balançava casualmente a garrafa de cerveja na mão. Ele parou
Último capítulo