A imagem no espelho ainda me fitava, e a pergunta "Estou grávida?" ecoava em minha mente, paralisando-me. Mal tive tempo de processar a possibilidade quando Dominic, sentindo minha quietude prolongada, entrou no banheiro. Seus olhos dourados encontraram os meus no reflexo, uma mistura de curiosidade e preocupação. Ele se aproximou, e quando estava a poucos centímetros, seu semblante mudou. Seu nariz se contorceu levemente, e seus olhos se arregalaram, um brilho de surpresa e, finalmente, de uma alegria indescritível inundando-os.
"Ana...", ele sussurrou, sua voz embargada, um sorriso enorme se formando em seus lábios. Ele não precisou de palavras; eu vi a realização em seu rosto. O cheiro da gravidez, sutil para mim, era inconfundível para ele. Era o cheiro de uma nova vida, da nossa vida.
Minhas pernas tremeram, e ele me segurou firmemente antes que eu pudesse cair. Meus olhos se encheram de lágrimas, não de tristeza, mas de uma felicidade tão avassaladora que me deixou sem ar. "É...