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Capítulo 3- O Eco Dela na Minha Carne

Dois anos. Apenas dois anos desde que a luz de Helena se apagou em minha vida. Dois anos de um vazio que nenhuma coroa, nenhum poder, nenhuma outra mulher foi capaz de preencher.

O calor. É a primeira coisa que sinto, sempre. Não o calor reconfortante de um lar ou a paixão que queima de dentro para fora, mas o calor úmido e ansioso que emana de corpos ávidos. Dois corpos, esta noite. Duas lupinas fortes, com a pele corada pelo desejo e os olhos fixos em mim – em Dominic, o Lycan, o Rei. Elas se movem sob o peso da minha mão, o tecido fino do meu robe deslizando pelos ombros largos. O ar no meu quarto real está denso com o cheiro delas – almíscar lupino, suor e um toque floral que elas usam para agradar.

Meus 2,30 metros de altura se curvam ligeiramente sobre a cama vasta, minhas mãos musculosas apertando a carne macia de uma delas, enquanto a outra se curva para beijar o meu peito, a língua traçando a linha escura que desce até a cicatriz na minha costela – uma lembrança de uma batalha, um sinal da minha força. Elas gemem, uma melodia baixa e gutural que deveria inflamar meu sangue. Meu corpo reage, fiel ao seu instinto primário. Meu membro, grande e pesado, já se expande, pulsando com a promessa de alívio físico.

Mas enquanto minhas mãos exploram e minha carne responde, minha mente... minha mente está a quilômetros de distância. Ou melhor, a alguns anos. Presa em um passado que me assombra em cada toque, em cada cheiro que não é o dela.

Os cabelos negros e espessos de uma delas se espalham pelo meu abdômen enquanto ela se ajoelha, seus lábios se fechando em torno da minha ereção. É um toque hábil, calculado para excitar. E funciona, claro que funciona. Meu corpo é uma máquina de sensações, programado para responder a esse tipo de estímulo. Um suspiro escapa dos meus lábios, uma pontada de prazer cru percorrendo meu corpo. Mas o suspiro rapidamente se transforma em algo mais.

O cheiro dela. Não o cheiro desta loba, ou da outra que agora sussurra palavras de adoração contra meu pescoço. Não. O cheiro que invade minha memória é o de

terra molhada, jasmim selvagem e magia

algo unicamente dela, quente e doce. Helena.

Fecho os olhos por um instante, e a imagem delas desaparece, substituída por ela. Minha Helena. Minha linda, pequena Helena. Tão frágil ao meu lado, seus meros 1,60 metros de altura mal alcançando meu ombro. Com seus cabelos castanhos, que nunca ficavam perfeitamente arrumados, e seus olhos castanhos – ah, aqueles olhos. Eram poças profundas onde eu me afogava voluntariamente, cheios de gentileza, inteligência e um fogo que só eu conhecia. E seus seios... fartos, sim, como se a natureza tivesse planejado perfeitamente a proporção para que se encaixassem na palma da minha mão.

A loba que está me servindo entre as pernas aumenta a intensidade, e por um instante, a sensação me puxa de volta. Mas o pensamento de Helena já abriu uma fenda.

Lembro-me de uma noite em particular. Neste quarto mas não era frio e opulento como agora, projetado para impressionar, era simples e acolhedor. O fogo crepitava na lareira, lançando sombras dançantes nas paredes. Eu estava deitado, meu corpo vasto e talvez intimidante, mas ela nunca pareceu intimidada. Ela subiu em mim com uma confiança humilhante. Sua pele macia e quente contra a minha, os seios fartos pressionados contra meu peito. Lembro-me do contraste – a delicadeza dela contra a minha força bruta. Seus gemidos eram baixos, sinceros, não a demonstração de ardor que essas lobas me oferecem.

Helena não precisava se esforçar para acender meu desejo. Ela simplesmente

era

. Cada curva do seu corpo, cada suspiro, cada olhar me consumia. E a forma como ela me recebia... com uma entrega total, uma confiança absoluta. Lembro-me de segurá-la, meu cacete enterrado fundo dentro dela, sentindo-a se contrair ao meu redor, a sensação esmagadora de posse mútua. Não a posse do Rei sobre a súdita, mas a posse de duas almas encontrando seu porto seguro uma na outra. Os cabelos castanhos espalhados pelo travesseiro, os olhos castanhos nublados de prazer e amor. Ela era a minha âncora, meu lar, o único lugar onde o Rei Lycan se sentia verdadeiro e amado incondicionalmente.

Um dos lobas se move, trocando de posição com a outra, que agora se senta sobre minhas coxas, pronta para me montar. A transição me força a voltar à realidade. A carne. A luxúria desapaixonada. Elas são bonitas, sim, fortes e dispostas. Mas a beleza delas é superficial, a disposição é um dever ou uma ambição. Não há a alma de Helena nelas.

Enquanto uma loba se posiciona sobre mim, sinto o peso do corpo dela, a umidade, a promessa de uma descida satisfatória. Mas meus olhos dourados se fixam no dossel da cama, e outra imagem, igualmente vívida e dolorosa, se manifesta.

Não é uma memória de paixão carnal, mas de amor puro e avassalador. O dia do nosso casamento. A grande sala do clã estava decorada com flores e tecidos brancos. Eu, em toda a minha imponência, esperando no altar, o coração de um Lycan batendo descompassado no meu peito. E então ela entrou.

Pequena, vestida de branco, com os cabelos castanhos contidos por uma coroa de flores simples, mas o véu não escondia o brilho nos olhos castanhos. Ela caminhava devagar, com uma dignidade e graça que me tiraram o fôlego. Ao passar por sua filha, deposita um beijo em suas mãozinhas. Mas quando seus olhos encontraram os meus lá no altar... O mundo parou. Todo o barulho, todas as expectativas, toda a minha responsabilidade como Rei – tudo desapareceu. Havia apenas Helena, meu futuro, minha promessa, caminhando em direção a mim. Seus lábios se curvaram em um sorriso tímido, mas em seus olhos, eu vi a certeza. A mesma certeza que eu sentia. A certeza de que éramos apaixonados um pelo outro. Lembro-me da pontada aguda de amor que perfurou meu peito. Da vontade esmagadora de atravessar a sala e tomá-la em meus braços, de protegê-la para sempre. Ela era a mais bela criatura que meus olhos já tinham visto, e era

minha

A loba sobre mim se move, descendo lentamente, gemendo de expectativa. A sensação é forte, a fricção da sua carne contra a minha é inebriante de uma forma superficial. Meu corpo reage com um grunhido baixo, o instinto alfa tomando conta por um instante. Empurro para cima, ajudando na penetração, e sinto a umidade e o calor me envolverem. É físico, intenso. Mas há um vazio gritante onde deveria haver uma conexão.

Enquanto ela se move acima de mim, e a outra loba me satisfaz com a boca, sou dilacerado entre o presente e o passado. O corpo vasto e forte que está aqui, engajado neste ato de reprodução e prazer efêmero, e a alma despedaçada que anseia por um toque, um cheiro, um olhar que nunca mais terá.

Seu nome ecoa na minha cabeça com o ritmo das estocadas. Helena. Helena. Helena.

Estou dentro de uma loba, sendo servido por outra, no auge da minha força e poder. Sou o Rei. Mas nesta noite, como em muitas outras, sou apenas um viúvo solitário, perdido nas memórias de uma mulher pequena e de cabelos castanhos, cujo amor realmente me preencheu. O êxtase que meu corpo busca é uma distração barata. O orgasmo que eventualmente chegará será uma explosão vazia. Porque a única mulher que poderia incendiar minha alma da mesma forma que incendiava meu corpo não está mais aqui. E por mais que eu tente preencher o vazio com outros corpos, o eco dela na minha carne é um lembrete constante da minha perda.

O calor aumenta, a tensão cresce, mas os olhos castanhos de Helena no altar, cheios de amor e promessa, são a última coisa que vejo antes de me render à onda de sensações, um Rei no seu trono de luxúria, assombrado pelo fantasma de um amor.

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