* 2° Segunda parte de: O Pai do meu Namorado * Todos nós temos a chance de provar nosso amor mais puro e intenso a quem amamos de verdade... E Vicent muito a contragosto teve que tirar o controle de onde não tinha para desistir de Clarisse quando a mesma pediu por isso. Após seis anos longe um do outro, Ronny decide voltar a cidade afim de reencontrar seus amigos e o pai que a muito deixou de falar por motivos de traição. Mas não havia nada no mundo que pudesse tirar Clarisse de seus braços agora... Vicent Tornneght não era mais uma ameaça, certo? Não, Ronny nunca esteve tão errado. Com a volta para a cidade Clarisse revive a paixão tórrida com Vicent ainda que não pudesse o tocar, mas isso era apenas uma questão de tempo, afinal, seu corpo chamada loucamente pelo pai de seu marido.
Leer másO sol daquela quarta-feira apenas ameaçou sair no horizonte, Valcolink era uma cidade fria e chuvosa, poucos foram os momentos que tiveram de um verdadeiro verão. E apesar de crescer junto ao calor massivo de sua cidade natal, acordar todos os dias com um amanhecer congelado, por assim dizer, se tornou ponto principal do dia. Aos poucos se afastou da janela de quarto admirando o corpo ainda dormindo na cama, ele poderia acordar sozinho, não teria problema passar direto para ir até o quarto de seu filho.
O pequeno Jasper Tornneght não acordava sozinho, mesmo que já estivesse acostumado com a aula cedo. Beijou seu rosto meigo até ver o garoto abrir os olhos revelando a cor clara e tão transparente que chegava a ser comparado com o vidro. Os próprios olhos de vidro a qual Clarisse sentia tanto orgulho. Seu filho era uma criação dos deuses, com certeza. — Bom dia, meu querido. Já é hora de levantar. – Docemente o menino sentou na cama querendo chorar, mas acabou sendo levado pela mãe amorosa. Desde que se tornou mãe a cinco anos atrás, sua vida havia sido totalmente dedicada ao pequeno Jasper. Ele era sua maior preciosidade. Sem amigos, amigas, trabalho, marido, nada ficava acima de seu pequeno. — Esse fim de semana vamos mesmo ao parque que prometeu? – Perguntou o garoto novamente quando já estavam descendo para a cozinha. — Papai disse que vai trabalhar. — Mas eu posso ir com você. Mesmo se ele não for. Mas não se preocupe com isso. – Serviu ao menino o seu café preferido. — Mas não é a mesma coisa se o papai não for. – Reclamou o menino, fazendo Clarisse apenas sorrir. Depois do café agradável com Jasper, acabou por se despedir dele quando a babá o levou para o colégio. E então, esse era o momento de ficar sozinha e correr para terminar de escrever seu livro? Colocar toda a casa em ordem? Não iria precisar, já que estava cercada de empregadas que faziam todo o trabalho de casa, menos o de ser mãe. Ela nunca abriu mão. Antes de ir para seu escritório, escutou quando os passos de seu marido chegaram à cozinha, procurando por seu café amargo e mesma expressão de sono do outro dia. O sono dele parecia nunca, nunca sumir. — Bom dia, querido. Não sabia que ia chegar mais cedo hoje. — Tenho muita coisa para resolver, gostaria de ter um final de semana para nós dois – Clarisse sorriu gostando de ouvir aquilo e se aproximou. — Jasper quer ir ao parque no final de semana e espera que você vá também. – Após um selinho, Ronny segurou o rosto de sua esposa encarando os olhos claros como os céus. — Ou podemos apenas viajar para um lugar onde fique eu e você, somente. – Clarisse perdeu o sorriso e se afastou aos poucos. — Então não vamos viajar. Deu as costas ao marido e subiu para seu escritório. Jamais sairia em uma viagem e deixaria seu filho sozinho com empregadas ou babá. Ronny revirou os olhos e seguiu para sua empresa. Não era longe de casa, mas algumas quadras e estacionou em frente, chamando atenção de algumas pessoas pelo carro importado e chique, sem contar com o terno de grife sempre bem arrumado e ajustado corretamente em seu corpo. Era um homem rico, filho e neto e pai de pessoas ricas, tinha que andar como tal. — Como sempre, veio correndo assim que amanheceu, está querendo se matar, por acaso? – a secretária seguiu correndo ate o homem que ia em direção a sua sala — Hoje você irá falar com os Holandeses que estão querendo abrir uma empresa aqui, logo terá sua conta para a gente e podemos divulgar com todo gosto. E o aniversário do seu sogro está chegando, tomei a liberdade de comprar outro presente grande para mandar, só vou precisar que assine o cartão quando estiver aqui. E tem um recado de seu pai. De repente, Ronny ergueu a cabeça, realmente interessado quando o assunto era Vicent Tornneght. — Que recado? Pra quem é o recado? – A mulher pareceu desconfortável enquanto se aproximava para lhe entregar um convite. Ronny pregou nas pressas e levantou da cadeira rasgando todo o envelope apenas para encontrar de fato um convite para uma grande festa que teria na empresa. Seu pai estava comemorando o sucesso de outra conta e um novo sócio que arrecadou milhões para sua conta. E queria seu único filho presente, o filho e sua família. Ronny baixou os olhos revirando logo depois. O que Vicent queria com aquele convite? Se aproximar de Clarisse mais uma vez? — Posso ver o valor das passagens para você e sua família se quiser. — Não vamos a nenhuma comemoração deste homem. — Ele é o seu pai. Achei que dessa vez o senhor iria querer o visitar. Faz seis anos que não se vêem. A senhora Clarisse disse que se fossem, aproveitaria para comemorar o aniversário do pai pessoalmente. — O que? Clarisse sabia desse convite? — Sim. Recebemos dois. Um para o senhor e outro para ela. – Ronny olhou pela mesa — O dela foi entregue a ela. — Escute aqui – O homem se aproximou novamente pegando suas coisas — Qualquer coisa que aquele homem mandar para minha esposa, tem que ser entregue nas minhas mãos. Ele não é uma pessoa confiável. — O senhor não vai ficar? Temos reuniões importantes hoje. — Preciso conversar com minha esposa – deu as costas saindo da sala — Mais uma vez sobre o meu pai.Os demais na festa não entendiam o que estava acontecendo, mas a quem iria questionar?O CEO aposentado ao lado da ex-namorada do filho? Ou o filho que tirava mil fotos com três crianças penduradas em seu corpo com uma linda esposa de cabelos loiros e longos e olhos azuis como a água da piscina?Nas entrevistas durante toda a semana, Ronny foi o único a se expor para contar a história que Dylan e Vicent escreveram para ele. Não iria mais expor mulheres e muito menos crianças para limpar a imagem de alguém. Claro que foi notícia em todo lugar. Não é todo dia que uma mulher se sucumbe a casar com um homem amando outro apenas por contrato, com medo das pessoas a julguem por amar um homem mais velho. Isso foi o que passaram a falar de Clarisse Evan Tornneght que foi finalmente assumida por seu amor.E sobre Ronny, ele tomou coragem para assumir sua família de verdade e agora estava casado e pronto para receber o quarto filho. Além de que se tornar o novo CEO das empresas da família era um
— Eu estou grávida outra vez.— De novo? – Ronny quis rir, mas parou rapidamente — Como isso é possível?— Tem dois meses, descobri essa semana e não se preocupe, não estou tão feliz. Achei que não iria engravidar mais. – Contou de cabeça baixa e só a ergueu para encarar Vicent — Não planejei isso. Inclusive tomo anticoncepcional em dia.— O mais louco é saber que ele conseguiu te engravidar quatro vezes, e a mim, nenhuma – Clarisse sorriu — E eu não estou reclamando. Acho bom, que você tenha muitos filhos e encha sua casa de alegria. Parabéns. – Clarisse foi sincera lhe oferecendo um grande sorriso e suas mãos. — Eu adoraria ser a madrinha de algum, mas eu não gosto do pai dos seus filhos, então me desculpe.— Tudo bem. – Riu de volta dando uma piscadela.— Eu estou surpreso, mas feliz. Pelo menos desse neto eu posso assistir o parto, não é possível – Levantou dali recebendo algumas risadas, menos de Ronny que olhava para Vivian com um nó na garganta.Não ia negar que sentia uma atra
O carro parou em frente ao prédio das empresas Tornneght. Os olhos claros se ergueram para contemplar o grande monumento. Nunca na sua vida tinha pisado ali, seria sua primeira e esperava ser a última. Desceu do carro colocando seus óculos escuros, o maior que achou em sua casa, não queria ser vista em fotos, ou reconhecida por quem quer que fosse.Desfilou pelo saguão entrando no elevador como qualquer outro e seguiu para a cobertura, ninguém se atrevia a ir lá, justamente pelo presidente e dono ser considerado o próprio satã ali dentro de tão estressado. Mas Clarisse Tornneght não tinha medo. Jamais precisaria, é claro. As portas do elevador se abriram novamente e um extenso corredor a vez caminhar em direção ao que parecia ser a sala, porém, não antes de achar Vivian parada em uma das janelas, parou aos poucos se aproximando da mulher que diferente de si, usava um longo vestido escondendo seus pés e um casaco do mesmo tamanho.O frio da cidade estava para cobrir qualquer um, estav
— Tem muitos crimes nas suas costas – Vicent terminou seu copo enchendo outro. — Eu não vou te colocar na cadeia. Filho meu não será preso. — Claro que não. Vai ordenar que eu der tudo que Clarisse quer para ficar com ela… – Apenas murmurou. — Eu a amo. — Você não ama nem a si mesmo. E sendo sincero você tem que se preocupar com seus filhos. – Ronny o olhou — Antes de saber que você tinha três filhos com sua amante, conversei com Greg, porque esse sim iria te colocar na cadeia, mas entramos em acordo — Que merda de acordo você fez? – Ficou sério. — Você vai entregar a guarda do menino para Clarisse, e dar o divórcio, em troca, assume a presidência da nossa empresa. Seja o Senhor Tornneght da empresa de publicidade mais cara do mundo. – O garoto se surpreendeu ficando de pé. — isso é demais, não é? Você não merece. — Claro que eu mereço. Sou seu único herdeiro. — Jasper é meu segundo herdeiro, mas eu não vou criar ele para se tornar uma desgraça de homem como você. – Levan
— Vivian… – Murmurou o nome dela e quando voltava a olhar para Clarisse — eu dormi mais com ela do que com você. — É mesmo? E quando começou? – Cruzou os braços.— Ela foi a minha empresa depois que voltei com Jasper. Estava desesperada porque não falava com você e exigiu que eu levasse ela até o beber. – Clarisse se surpreendeu. — Achei que meu pai tinha mandado ela, porque ele mandou outras vezes, mas eu não conseguiria comprar Vivian se caso ela fosse uma espiã.— Ela foi falar comigo? Minha melhor amiga foi atrás de mim… Ronny… — A levei para um bar e bebemos e conversamos e bebemos mais ainda e depois de fazer todas as perguntas que eu precisava para saber que ela não estava ali a mando do meu pai, acabei a levando para um hotel e iria deixá-la lá e no outro dia a levaria para você… mas bebemos mais e transamos nessa noite.Clarisse apenas o olhava… nem sabia o que dizer.Vicent assistia de longe sentado em uma poltrona, seu copo de uísque na mão. — No dia seguinte ela surtou
Após uma ligação de Dylan e rodar por todos os cantos que provavelmente seu filho estaria, Vicent dirigiu para o hotel onde Ronny se hospedou. Tinha tanta coisa para falar para aquele idiota que mal se contia… atravessou o saguão e com apenas um olhar avisou a todos ali que não precisavam avisar sobre sua chegada. Subiu depressa e atravessou o corredor chegando à porta do apartamento e abriu de uma vez sem nem bater.Olhou ao redor encontrando Ronny na cozinha, ambos se surpreenderam e o mais novo revirou os olhos voltando a sentar — O que porra você tá fazendo aqui? E porque ninguém me avisou que estava subindo?— Porque eu posso fazer o que quiser – Ronny bateu o copo de uísque sobre o balcão descendo do pequeno banco para se aproximar do pai — Você é um desgraçado.— O que está querendo dizer? Achei que tivesse ido atrás daquela vadia… ah você deve ter ido, mas não vai conseguir ficar com a minha mulher. Eu vou pegar ela e meu filho e ir embora de novo. — De qual mulher está falan
Último capítulo