Início / Romance / A Esposa do meu Filho / * Isso nunca vai Mudar *
* Isso nunca vai Mudar *

— Você tem que se acalmar, Ronny – Dylan bateu a porta colocando as mãos na cintura — Não em 10 minutos que chegou nessa casa, nem olhou na cara do seu pai para começar a brigar por mulher.

— Acontece que ele começou a me provocar por causa da Clarisse. Claro que ela era minha mulher quando ele a seduziu a transou com ela. – Foi claro fazendo a mulher revisar os olhos.

— Ele não transou sozinho e sua mulher não é uma santa. E nós dois sabemos disso – Ronny se calou — E eu não sei porque você está surtando agora, ela não é sua esposa? Ela está carregando seu nome, e estão criando o filho de vocês juntos. O que mais você quer? E o seu pai? Seu pai está aqui comendo uma prostituta por noite achando que vai encontrar uma mulher.

— Ele me irrita. Parece que vai tomá-la a qualquer momento. Num piscar de olhos. – Bradou mais zangado ainda, Dylan estreitou os olhos e se aproximou, sentou na cama ao lado do garoto que passava as mãos no cabelo totalmente desconfortável com toda aquela situação.

— Ele não vai conseguir tomar a Clarisse de você se estiverem felizes com o casamento. Estão felizes, não é?

Ronny riu de canto e levantou da cama voltando para a janela… Eles não eram felizes, a droga da criança não era sua e sempre deixou bem claro o quanto detestava ela por perto. Era como se Jasper fosse Vicent, e estivesse o tempo inteiro tocando na sua mulher e isso acabava consigo.

— Vou descer, preciso terminar os preparativos para o almoço. Espero que vocês se deem bem por dez minutos e então, você pode inventar algo sobre sua esposa está te chamando, todo homem de negócios respeita um chamado de sua esposa e filho. – bateu a porta outra vez louca para se ver livre daquela família.

Só não tinha largado aquele drama todo por causa do salário maravilhoso que recebia e pagava todas as suas bolsas de marcas, vestidos e…

— Espera… espera… você – Terminou de descer as escadas correndo e interrompeu Vicent que cruzava a sala, pronto para sair — Para onde você pensa que está indo?

— Preciso comprar mais uísque e tem que ser agora, porque ficar perto daquele moleque que acha que pode se achar porque casou. – Ajeitou o casaco e passou por ela, porém, antes de chegar à porta, Dylan parou em sua frente abraçando a saída — Com licença?

— Eu compro suas bebidas do escritório e semana passada foi gasto exatamente trinta e quatro mil para seu estoque. – Ele baixou os ombros com um longo suspiro — Para onde vai?

— Nos encontramos em uma hora. Tchau Dylan.

_-_

Quando saiu de casa sabia que muita coisa estaria diferente ao voltar. Despediu-se de seu filho com um nó na garganta, o que ele iria achar de morar ali e bem longe do pai? Ao menos do pai que ela arrumou para a criança?

Como nos velhos tempos, o restaurante que escolheu aquele horário era o mais possível da cidade e de todos que podiam reconhecer Vicent Tornneght. Não queria que alguém os visse a ponto de tirar fotos e mandar para todos os sites como fofoca, Ronny enlouqueceria sem contar que a exposição ao seu nome chamaria atenção de Jasper que já estava grandinho insuficiente para vagar pela internet.

Não demorou a ver seu ex-amante atravessar as portas do restaurante com seu costumeiro sorriso de deboche, usando sua roupa sexy e aquele cabelo longo rodeando o pescoço. Esse tempo todo que estava longe, Vicent ficou ainda mais bonito, mais maduro, com uma barba rala contornando seu rosto másculo.

Tão diferente de Ronny, mas igual a ele. Se o filho ficasse velho como o pai, estariam todos no lucro. Jasper iria ficar feliz com a comparação. Ele a viu de longe e logo caminhou em sua direção com um sorriso largo no rosto… Ah, com certeza foi por causa daquela masculinidade, aquela postura direta e o corpo grande que cobria o seu, do Ronny de Jasper de todo mundo que quisesse.

— Clarisse… – Seus lábios se moveram lentamente atraindo a mulher que esperou com paciência para que o homem se juntasse a ela na mesa. Sorriu desviando o olhar colocando o cabelo para trás. O que era? Uma adolescente apaixonada toda idiota? — Quanto tempo.

— Pois é, seis anos é muito tempo mesmo – Tornou a olhar para Vicent mostrando um sorriso gentil — você mudou, uma coisa ou outra.

— E você não mudou nada. Pelo menos não em aparência. Continua muito bonita e ainda faz meu coração acelerar – Contou como se fosse algo normal de se dizer a esposa de seu filho. Clarisse apenas revirou os olhos se aproximando mais da mesa — Sua mensagem me pegou de surpresa, faz muito tempo que não entra em contato comigo.

— Não entrei em contato porque não podia. Seu filho tem controlado muita coisa a meu respeito – Vicent desceu as sobrancelhas — Não sabia?

— Desde que você foi embora, eu entendi que não queria falar comigo ou algo do tipo. Dylan só entrava em contato com Ronny, até mesmo quando mandava mensagem pra você.

— Não sabia que tinha tantas mensagens assim pra mim, afinal seu filho tem controlado muita coisa ao meu respeito – Repetiu, fazendo o outro se encostar na cadeira, agora incrédulo. — Foi uma luta para conseguir vir aqui, depois do seu convite que ele mesmo tomou todos.

— Aquele moleque te maltrata? É isso que está querendo me contar, Clarisse? – A mulher desviou o olhar quando o garçom chegou, fez os pedidos rapidamente e voltou a Vicent — Porque se ele tiver feito algum mal a você, vou acabar com aquele paspalho.

— Ronny nunca aceitou a nossa traição, foi por isso que também jamais conseguiu chamar o Jasper de filho – Vicent entreabriu os lábios. — Nossa vida tem sido conturbada e muito complicada. Eu não faço nada além de cuidar do meu filho e lutar para escrever meus livros e sequer na editora eu posso ir.

— Você está presa? Presa por causa dele? Não vou permitir isso.

— Não quero que você permita ou não alguma coisa, vim pedir ajuda porque de alguma forma é o único que consegue controlar o seu filho. Não quero voltar a morar em Valcolink. – Vicent assentiu.

— É só você não ir.

— Parece fácil assim, não é? Não quero voltar a ficar presa naquele lugar sozinha e sem a minha família. Quero que ofereça qualquer coisa pra aquele idiota não sair mais daqui.

— Não podemos ficar na mesma cidade, não é? – Clarisse respirou mais fundo engolindo a seco. — Você sabe que pode me ligar e virei correndo ao seu encontro… para sentar e conversar, tomar um vinho, ou apenas nos amar na cama. E sou o seu homem, você é a minha mulher e isso nunca vai mudar, Clarisse.

Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App