Harper está indo mal em cálculo na faculdade. Suas amigas indicam Sebastian, um professor que dá aulas particulares de matemática. Elas avisam que ele é meio estranho, mas muito profissional. Ela só não esperava se deparar com um cara lindo e sexy, que no mesmo instante não vai com a cara dela, tornando essas aulas um verdadeiro inferno nas tardes de Harper. No último dia de aula, porém ele a convida para um jantar, onde ele faz uma proposta um tanto inusitada.
Leer más__Eu sinto muito senhorita Simmons. Não há muito o que eu possa fazer.
Velho, covarde!
Ainda bem que o professor Rhodes não pode ler pensamentos, enquanto eu tento manter meu falso sorriso de compreensão ao que ele disse.
Ou talvez ele possa, porque ele começa a me olhar tão desconfiado, que me faz tentar não pensar mais em palavrões, que ficariam bem sendo usados contra ele.
Enquanto coloca de volta todos os seus livros em sua bolsa, ele então me sugere:
__Como esse é o segundo semestre em que você não vai muito bem nessa disciplina, eu sugiro que você procure um reforço.
Olho para ele não acreditando que ele tenha sugerido isso, porque deveria ser fácil compreender ele, não precisar procurar ajuda, mas acho que ele entende minha reação de outra forma e diz:
__Aulas particulares.
Tenho novamente aquele sorriso que usei minutos antes para poder xingá-lo mentalmente. Então apenas digo:
__Okay, obrigada, eu vou fazer isso.
...
__Isso já aconteceu com várias pessoas Harper, acredite, você não é uma privilegiada.
Reviro meus olho para Dayna que ri ainda mais.
__Eu tenho uma solução para você.
Olho atenta para Colbie que acaba de falar pela primeira vez depois de estarmos aqui há vários minutos nessa lanchonete.
Eu apenas digo:
__Então fala de uma vez!
Ela dá mais uma mordida no sanduíche, mastiga um pouco me deixando ainda mais apreensiva, enquanto Dayna ri e leva o canudo do refrigerante à boca.
Colbie finalmente diz:
__O professor Sebastian.
Dayna ri. Colbie ri. Eu apenas olho para elas sem entender.
Dayna diz:
__O bonitão esquisito que dá aulas particulares para desesperados como você.
Colbie a interrompe dizendo:
__Ele não é esquisito!
Então ela olha pra mim e diz mais uma vez:
__Ele não é esquisito. Ele só é um pouco fechado e isolado.
Ainda a olho sem entender muito e ela continua:
__Ele ficou assim depois da morte da namorada dele há alguns anos.
Eu questiono:
__Como vocês sabem dessas coisas?
Dayna ri e diz:
__Não ficamos o dia todo trancada no quarto estudando como você faz, temos vida social, sabia?
Digo quase que pra mim mesma:
__Por que eu ainda peço ajuda a vocês?
Dayna responde:
__Porque somos suas amigas doidas, aquelas que a gente procura quando acabam os recursos.
Acabo rindo e Colbie começa anotar algo em um papel. Segundos depois ela me entrega.
__O que é isso?
__O número de telefone dele.
__E por que você acha que eu vou ligar?
__O que faz todos ligarem para ele.
Ela olha dentro dos meus olhos e diz:
__Desespero.
Dayna ri de novo e eu quero apertar o pescoço dela agora.
...
Eu devo estar mesmo desesperada para pedir ajuda a aquelas duas malucas. fiz amizade com elas quando morei em um dormitório no início da faculdade, mas logo vi que eu não me adaptaria a aquele lugar. Muitas festas, pessoas loucas e que em sua maioria não gostava muito de estudar, o que era e continua sendo meu foco.
Então me mudei para o centro da cidade e aluguei um apartamento simples, com poucos cômodos, mas me sinto bem melhor agora.
Elas realmente estão certas, não tenho o que elas chamariam de vida social, porque isso envolve muitas festas, transar com vários caras e beber muito, algo que eu realmente não aprecio tanto quanto elas.
Na verdade a última vez que tive um encontro foi há alguns meses atrás e como Jensen também tinha um foco mais voltado para os estudos, decidimos parar de nos ver, porque isso poderia estar atrapalhando nosso desempenho acadêmico. Talvez tenha sido isso que tenha feito eu me sair tão mal em Cálculo esse semestre.
Ou talvez tenha sido apenas o que a Dayna me jogou na cara: "Falta de sexo, amiga!".
...
Dou uma olhada demorada em meus livros sobre a mesa de centro da sala. Eu desisto de tentar entender essa droga.
Coloco a mão no bolso e pego o pequeno guardanapo de papel onde Colbie anotou o número do esquisito, quero dizer, professor de matemática.
Depois de relutar por um tempo, pego o telefone e disco seu número.
__Alô.
Meu Deus, quem hoje em dia diz alô quando recebe uma ligação?
Pelo menos ele tem uma voz grave. Ele deve ser um velho chato como o senhor Rhodes. Só então me dou conta de que eu não disse nada ainda e então falo:
__Oi. É... Eu sou... Harper. Harper Simmons.
Ele não diz nada e eu continuo:
__Eu gostaria de ter aulas de matemática.
Ele ainda não diz nada, me deixando apreensiva e eu continuo:
__Você ainda trabalha com isso?
E ele finalmente diz:
__Quem te disse isso?
Até engulo em seco pela forma ríspida com que ele me pergunta e quando eu finalmente encontro coragem, digo:
__Uma colega.
Não posso entregar a Colbie ou a Dayna assim.
Ele diz:
__Tudo bem. Quando e a que horas você pode vir até a minha casa?
Quê? A voz dele agora soa amigável.
Como alguém pode ter um comportamento tão bipolar assim em uma simples conversa?
Eu vou ter que ir até lá? Na casa do esquisito?
Respiro fundo e apenas respondo:
__Bem...
Ele me interrompe:
__Eu vou precisar saber também em que você precisa de ajuda .
Eu explico para ele que preciso de aula o mais rápido possível e em qual parte é minha maior dificuldade.
Ele combina um preço, diz que precisa receber uma parte do pagamento no primeiro dia de aula e que consegue me explicar tudo em uma semana.
Marca a primeira aula para amanhã a tarde, dizendo também que me enviará seu endereço logo em seguida por mensagem e eu desligo o telefone, quase não acreditando que eu vou realmente fazer isso. Deve ser desespero mesmo.
Minutos depois meu celular vibra avisando sobre uma mensagem, onde ele indica o endereço da sua casa.
...
__Você tem certeza que ele não é um louco ou coisa assim?
Dayna ri do outro lado da linha:
__Claro que não, Harper. Um monte de gente já fez aulas de reforço com ele. Ele era professor em uma universidade aqui perto antes da tragédia com a namorada. Você vai ver que ele é bem profissional. Depois eu juro que quero saber sua reação.
Ela ri. Eu me preocupo agora.
Mas, Dayna ri de tudo.
...
Eu tenho que voltar dessas férias de verão, jogando na cara do professor Rhodes que eu sou a melhor aluna que ele já teve. Essa não pode se tornar a única disciplina em que eu me dei mal na vida, é uma questão de honra pra mim.
E é com esse intuito que saio do meu trabalho de meio expediente como recepcionista de um restaurante e vou direto para o meu apartamento tomar um banho e me preparar para pegar meu carro e ir direto para o endereço dele.
...
No meio do caminho percebo algumas nuvens escuras se formarem no céu. Eu não acredito que vai chover. Minutos depois de pensar nisso, a chuva começa a cair.
Ótimo, rio pra mim mesma, eu não trouxe guarda-chuvas.
...
Estaciono de frente ao endereço que ele me enviou e dou de cara com uma casa com um gramado que parece não ter sido aparado há muito tempo e tem muitas árvores de um tamanho meio desproporcional ao ambiente crescendo do lado da casa.
Dayna disse que ele detesta atrasos, mas eu não vou sair do carro agora, enquanto toda essa chuva cai lá fora.
...
Espero uns minutos e logo está apenas chuviscando. Já é seguro sair. Fecho a porta do meu carro e quando me viro na direção da casa, um garoto passa a toda velocidade em uma bicicleta e joga a água de uma poça em toda a minha roupa.
Ótimo!
Eu não deveria ter escolhido usar roupas brancas.
Gosto que Sebastian e Corey se deem bem. Pelo menos Corey agora não é mais motivo de ciúmes entre nós dois, porque passamos muito tempo juntos principalmente na faculdade e depois na casa da Dayna. Ele tem um namorado novo, não que isso ainda seja oficial, mas pelo menos temos esse assunto como novidade enquanto Colbie se revira na cama dizendo que vai morrer sozinha e nós rimos.Meu telefone vibra sobre a mesa do lado da cama da Dayna, vou até lá e vejo que é uma ligação do Sebastian. Tenho que aturar todos eles rindo de mim quando olham para minha cara e eu digo:__Oi, amor.Vou até um canto mais afastado e Sebastian me pergunta:__Não me diga que está com sua turma outra vez?Apenas sorrio e digo:__Por que? Está com saudades de mim?Ele sorri do outro lado, sei disso pela sua voz e ele responde:__Muita
Meus horários de aula não combinam muito bem com os do Sebastian, mas estamos conseguindo nos sair bem nisso e nos encontrando sempre que achamos uma oportunidade como agora no almoço. Encontramos esse restaurante que fica bem próximo da Universidade e temos uma hora para comermos e conversarmos sobre nosso dia. Entre nossa sobremesa ele diz que seria uma boa ideia eu ir até a casa dele amanhã, já que é sábado e ele gostaria que eu desse uma opinião sobre mudar as cores das cortinas e de algumas outras coisas na sua casa. Eu adoro a ideia e logo me prontifico a ir. Ele alega que tenho um bom gosto porque gosta de como mobiliei meu apartamento. Já é motivo suficiente para eu ficar ainda mais animada com isso. Eu sigo para minha aula e ele para a dele, pelo menos temos a vantagem dele não ser meu professor ou isso ficaria complica
Fico um tempo organizando nosso jantar, estou muito ansiosa para vê-lo e manter minha mente ocupada enquanto ele não chega me faz bem. Está quase tudo pronto quando finalmente ouço batidas na porta, meu coração acelera como o de uma adolescente, é tão bom me sentir assim novamente.Abro a porta e ele tem um buquê de rosas vermelhas nas mãos e uma caixa que parece de um chocolate que eu adoro, ele me entrega e em seguida me dá um beijo dizendo:__Eu disse que ia me redimir de alguma forma.Eu sorrio e digo:__Obrigada.Ele entra fechando a porta atrás dele e diz:
Ele se aproxima, segura minha mão e as entrelaça, gosto de observar isso, gosto ainda mais quando ele se aproxima mais , segura meu rosto e me beija. Como eu senti saudades dessa boca na minha, acho que deixo isso bem claro quando aprofundo nosso beijo quase esquecendo onde estamos quando deitamos em minha cama, continuamos nos beijando e suas mãos passeiam pelo meu corpo exatamente como eu me lembrava e sentia tanta falta.Ele se afasta um pouco da minha boca e diz:__Acho que tem uma festa lá embaixo para você.Choramingo porque sei que é verdade, apesar de algumas pessoas já estarem indo embora, preciso dar as caras por lá mais um pouco.Descemos as escadas de mão
A tarde as pessoas já começam a chegar e a sala está toda enfeitada com balões e um cartaz com meu nome desejando feliz aniversário, não demoro a ficar pronta, Jordin me ajudou com a maquiagem e garças aos céus eu tinha colocado na mala um vestido vermelho que eu gosto de usar para sair.Eu cumprimento umas pessoas que não via a algum tempo e sigo em direção a cozinha dizendo para a minha mãe que não devera ter convidado tantas pessoas, ela ri e diz que são só alguns amigos e vizinhos. Jordin me olha e eu reviro os olhos fazendo ela rir, mas é bom olhar para a sala e ver tantas pessoas se divertindo e estando aqui por minha causa.Meu pai e Kevin montaram algumas mesas no quintal e cuidaram da iluminação e eu acho simplesmente lindo quando chego e olho tudo ao redor. Kevin está de mãos dadas com uma garota que sup
__Jura que vai passar seu aniversário na casa dos seus pais?Dayna me olha incrédula, mas eu estou decidida a isso, eu sempre passo por aqui e minha mãe vive me cobrando para pelo menos uma vez eu ir para casa no meu aniversário. Então eu balanço minha cabeça afirmativamente e digo:__Vou sim.E concluo:__É só um fim de semana e vocês vão ficar bem sem mim, o Corey está com aquele cara que conheceu no Tinder, Colbie está mais preocupada com aquele trabalho valendo nota e você está com o Andrew.Ela até sorri depois de ouvir o nome dele e eu até sinto uma ponta de inveja da sua felicidade, porque sempre me lembra o Sebastian,que a propósito não tenho visto mais por aí.Dayna diz:__Nem vem com essa, estamos bem, mas não quer dizer que queremos você longe de nos n
Último capítulo