Quando a corretora de imóveis Isabella "Bella" Monteiro aceitou um trabalho temporário em Dubai, não imaginava que uma noite de paixão com o magnata Luca Domani mudaria sua vida para sempre. O italiano irresistível, dono de um império de resorts luxuosos, era conhecido por seu charme perigoso e aversão a compromissos. O que começou como um caso ardente de verão terminou com um coração partido e um segredo que Bella carregou por anos: a pequena Sofia, fruto daquela noite inesquecível. Quatro anos depois, Luca reaparece em sua vida com uma proposta impossível de recusar: ele precisa que Bella feche o negócio mais importante de sua carreira – a venda de uma ilha privativa no Caribe. Só que, ao reencontrá-la, ele se depara não apenas com a mulher que nunca esqueceu, mas com uma criança de olhos verdes idênticos aos seus. Agora, entre negociações milionárias e noites de desejo incontrolável, os dois precisam enfrentar segredos do passado e uma química que nunca se apagou. Luca está determinado a reivindicar sua família, mas Bella não está disposta a abrir mão de sua independência – muito menos a admitir que ainda queima por ele. Entre luxo, poder e um amor que não pode ser negado, "A Bebê Secreta do Bilionário" é uma história de segredos, paixão reacendida e um final que deixará você sem fôlego.
Ler mais(Dubai, 4 anos atrás)*
O calor de Dubai à noite era diferente de tudo que eu conhecia. Não era só o sol que queimava — era o ar, a areia, até o brilho dourado dos arranha-céus pareciam emitir ondas de desejo. E eu, Isabella Monteiro, brasileira, corretora de imóveis e completamente fora do meu elemento, estava prestes a cometer uma loucura. — Mais uma taça, senhorita? — O bartender inclinou a garrafa de champanhe sobre meu copo vazio, um sorriso discreto nos lábios. — Por que não? — respondi, girando o celular na mesa. Estava sozinha no terraço do **Azure**, um dos rooftop bars mais exclusivos da cidade. A empresa me enviara para fechar um contrato com um sheik, mas o velho resolveu adiar a reunião para ir caçar falcões. Enquanto isso, eu aproveitaria a estadia paga pelo cliente. Foi então que **ele** entrou. Não havia como não notar. O silêncio que se espalhou entre os convidados, os olhares disfarçados das mulheres — e até de alguns homens. **Luca Domani.** Italiano. Bilionário. E, pelo que os tabloides adoravam repetir, completamente incapaz de se comprometer. Ele usava um terno branco impecável, aberto o suficiente para revelar o torso bronzeado e uma corrente de prata discreta. Seu cabelo, escuro e levemente desalinhado, combinava com a barba por fazer. Mas eram os **olhos** que me fisgaram — verdes como o mar sob o sol do Mediterrâneo. Nosso olhar se cruzou por uma fração de segundo. Longo o suficiente para eu sentir um choque percorrer minha espinha. **Merda.** Virei-me rapidamente, fingindo interesse no meu drink. Mas já era tarde. — Posso? — A voz dele surgiu ao meu lado, grave, com um sotaque que transformava até a palavra mais simples em poesia. Antes que eu pudesse responder, ele deslizou no assento ao meu lado, seu perfume — madeira, sal e algo proibido — envolvendo-me como um convite. — Depende. Você sempre invade o espaço alheio assim? — ergui uma sobrancelha, mantendo o tom despretensioso. Ele riu, os olhos brilhando de desafio. — Só quando vejo algo que quero. **Algo. Não alguém.** A provocação deveria me irritar. Em vez disso, senti um calor perigoso no meu ventre. — Luca Domani — ele estendeu a mão. — Isabella. Mas pode chamar de Bella. — Aceitei o aperto, sua pele áspera contra a minha, e senti o toque durar um segundo a mais do que o necessário. — Bella — ele repetiu, como se testasse o nome na boca. — Brasileira? — Como adivinhou? — O sotaque. E… — Seus olhos percorreram meu corpo, da minha pele negra brilhando sob as luzes do terraço ao vestido vermelho que sabia ser meu trunfo. — Você não tem cara de quem se contenta com pouco. **Isso era uma ofensa ou um elogio?** — E você tem cara de quem está acostumado a conseguir tudo o que quer. Ele sorriu, lento, deliberado. — Nem tudo. — Seu dedo traçou o contorno da minha taça, evitando meu corpo, mas deixando a promessa no ar. — Ainda não te convidei para sair, por exemplo. — E o que te faz pensar que eu aceitaria? Ele inclinou-se para frente, o calor do corpo dele quase me queimando. — Porque você ainda não foi embora. **Ele estava certo.** Era só uma noite. Um encontro casual em uma cidade que não era nossa. Nada além de química e desejo. Mas quando seus lábios finalmente encontraram os meus, horas depois, na suíte dele, com a vista de Dubai aos nossos pés, eu já sabia: Nada sobre Luca Domani seria simples. O beijo começou devagar, um teste, uma pergunta silenciosa. Seus lábios eram mais suaves do que eu imaginara, mas a pressão deles contra os meus não deixava dúvidas — **Luca Domani não pedia permissão.** Ele tomava. Seu gosto era uma mistura de uísque caro e algo inerentemente dele, algo que fez meu corpo arder antes mesmo que suas mãos me tocassem. Quando sua língua encontrou a minha, um gemido escapou da minha garganta, baixo, quase imperceptível. **Quase.** Ele riu contra a minha boca, o som vibrante e perigosamente íntimo. — *Gostei desse som, Bella* — murmurou, seus dedos agora entrelaçados no meu cabelo, puxando levemente para expor meu pescoço. O ar condicionado do rooftop não era páreo para o calor que se espalhava sob a minha pele. Seu toque era fogo e eu, uma piromaníaca disposta a me queimar. — *Você fala demais* — retruquei, mordendo seu lábio inferior, sentindo-o endurecer sob meus dentes. Seus olhos escureceram. Erro. Em um movimento fluido, ele me levantou da cadeira, meu corpo colado contra o dele antes que eu pudesse protestar. O vestido vermelho, justo e curto, subiu levemente, expondo minhas coxas contra o tecido caro do seu terno. — *Você vai me arruinar esse vestido* — respirei, minhas mãos agarrando seus ombros largos. — *Eu te compro outro* — ele rosnou, seus lábios agora no meu pescoço, os dentes raspando a pele sensível. — *Dez. Cem. Você em vermelho é uma visão que eu quero repetir.* Seu italiano ficava mais espesso com o desejo, cada palavra um carícia áspera que me fazia tremer. Deus, como eu odiava — e amava — o efeito que ele tinha em mim. O caminho até o elevador foi um blur de toques roubados e beijos roucos. Ele não me largou, não por um segundo, como se temesse que eu mudasse de ideia. — *Você é tão pequena* — ele murmurou, uma mão envolvendo minha cintura enquanto a outra chamava o elevador. — *E você é um gigante desajeitado* — retruquei, mas o efeito foi arruinado pelo modo como meu corpo se curvou contra o dele quando ele apertou meu quadril. O elevador chegou, dourado e vazio. Luca me puxou para dentro e, antes que as portas se fechassem completamente, já tinha me empinado contra a parede espelhada. — *Desajeitado?* — ele arqueou uma sobrancelha, suas mãos agora sob minhas coxas, segurando-me no ar como se eu não pesasse nada. — *Vamos ver quem perde o controle primeiro, dolcezza.* **O desafio na sua voz era meu fim.** Meu vestido subiu completamente agora, e eu senti o frio do espelho contra as minhas costas nuas. Ele não esperou — seus lábios encontraram os meus novamente, devorando cada gemido que escapava enquanto suas mãos exploravam meu corpo. — *Luca—* — *Shh* — ele cortou, seus dedos encontrando a borda da minha calcinha. — *Deixa eu te ouvir. Quero saber exatamente o que você sente.* E então ele tocou-me, sem cerimônia, dois dedos deslizando sob o tecido molhado. **Eu estava encharcada.** — *Cristo, Bella* — ele rosnou, seus olhos ardendo enquanto via — e sentia — o quanto eu já estava perdida. — *Você ficou assim só com os beijos?* Eu não respondi. Não poderia. Seus dedos começaram a mover-se, lentamente, torturantemente, em círculos perfeitos. — *Responde* — ele ordenou, aumentando a pressão. — *Sim* — gemi, minha cabeça batendo contra o espelho. — *Bom* — ele sorriu, selvagem, antes de substituir os dedos pela boca. Ali, naquele elevador dourado, com Dubai brilhando do lado de fora, Luca Domani ajoelhou-se diante de mim como um homem faminto. A suíte era enorme, toda em tons de branco e ouro, com janelas do chão ao teto mostrando a cidade iluminada. Luca não me deu tempo para admirar a vista. Meu vestido caiu no chão antes mesmo que as portas do elevador se fechassem atrás de nós. Sua boca estava em todo lugar — meus seios, minha barriga, o interior das minhas coxas — como se ele quisesse memorizar cada centímetro. — *Você é linda* — ele murmurou, seus lábios agora no meu umbigo enquanto suas mãos abriam minhas pernas. — *E toda minha hoje.* **A posse na sua voz deveria me irritar. Em vez disso, me excitou mais.** Quando ele finalmente entrou em mim, foi com um movimento tão lento que eu quase chorei. — *Por favor* — solucei, minhas unhas cravando nas costas dele. — *Por favor, o quê?* — ele perguntou, parando completamente, seu corpo tremendo de esforço para se controlar. — *Por favor, me fode* — eu implorei, sem vergonha, sem orgulho. **Foi o que ele queria ouvir.** Seu ritmo foi brutal desde o primeiro empurrão. Cada movimento era calculado para me levar ao limite, suas mãos segurando meus quadris com força suficiente para deixar marcas. — *Assim?* — ele rosnou, seu corpo colado ao meu, nossos suores misturando-se. — *Você gosta assim, Bella? Dura e rápida?* Eu não conseguia responder. O orgasmo aproximava-se, um furacão prestes a me destruir. — *Responde* — ele exigiu, uma mão agora no meu pescoço, não apertando, mas firmemente o suficiente para me lembrar quem estava no controle. — *Sim!* — gritei, meu corpo arqueando sob o dele. Ele sorriu, satisfeito, antes de aumentar ainda mais o ritmo. — *Então vem comigo* — ordenou, sua voz rouca. E eu obedeci.O cheiro de pinho e água doce invadia o chalé através das janelas abertas. Sofia dormia profundamente no quarto ao lado, exausta após a viagem intercontinental feita sob falsas identidades. Luca não deixara nada ao acaso – novos nomes, novos passaportes, até um cachorro de verdade para substituir o pônei que ficara no Rio. — *Ela está segura aqui* — Luca murmurou atrás de mim, suas mãos quentes envolvendo meus ombros enquanto eu observava o lago pela janela. — *Por quanto tempo?* — perguntei, afundando em seu toque. A resposta veio em forma de beijo no meu pescoço. — *Até eu resolver isso.* Meu celular vibrou sobre a mesa de madeira rústica. *Número desconhecido.* **"Você sempre preferiu as montanhas, não é, Isabella? Lembra do nosso fim de semana em Petrópolis?"** O sangue gelou em minhas veias. Apenas uma pessoa conhecia aquele detalhe. — *Ele sabe onde estamos* — sussurrei, mostrando a mensagem para Luca. Seus olhos verdes escureceram como o lago durante uma tempest
O cheiro de limão e água sanitária invadia a cozinha enquanto eu ajudava Sofia a decorar biscoitos. Luca triplicara a equipe de limpeza depois da ameaça - outra medida em seu "protocolo Orion" que eu ainda não entendia completamente. — *Mamãe, olha! Fiz um cavalo roxo!* — Sofia ergueu o biscoito tintado de roxo vibrante, exatamente como o presente de Luca. — *Lindo, amor* — sorri, limpando açúcar de seu nariz. Meu celular vibrou. *Número bloqueado.* **"As paredes têm ouvidos. E seus novos empregados têm donos."** O pincel de glacê caiu de minhas mãos. — *Tudo bem, mamãe?* — Sofia inclinou a cabeça, seus olhos verdes - tão iguais aos do pai - cheios de preocupação infantil. — *Tudo, princesa. Só... o pincel escorregou.* A porta da cozinha se abriu antes que eu pudesse me recompor. Luca entrou com Daniel, ambos vestidos de preto e com expressões sombrias. — *Principessa* — Luca se ajoelhou ao nível de Sofia — *O tio Danny vai te levar para dar banho no Purple Rain hoje.
(Três dias depois – Mansão Domani) O cheiro de café fresco não conseguiu disfarçar o odor de queimado vindo da pia. Daniel tentara fazer panquecas – um "presente de aniversário atrasado" para Sofia – e quase incendiou a cozinha. — *Tio Danny é pior que você na cozinha!* — Sofia riu, seus pés balançando na cadeira alta enquanto Luca a ajudava a cortar morangos. Meu irmão fez uma reverência exagerada. — *Obrigado, princesa. Mas pelo menos eu não queimo água como sua mãe.* Luca soltou uma risada que ecoou pela cozinha de mármore, seu olhar encontrando o meu por um segundo carregado. Nos últimos dias, desde a ameaça de Vittorio, ele triplicara a segurança – câmeras, guardas, até um sistema de rastreamento no bracelete de Sofia. Meu telefone vibrou. *Número desconhecido.* **"Você acha que venceram? Vittorio não é o único que sabe seus segredos. Pergunte ao seu irmão sobre a noite de 12 de abril."** O suco de laranja derramou quando me levantei bruscamente. — *Bella?* Luca pe
O cheiro de café fresco e bacon queimado invadiu a cozinha enquanto eu observava meu irmão devorar o terceiro prato de panquecas. Daniel comia como se ainda estivesse na prisão - rápido, calculista, guardando um pedaço de torrada no bolso sem perceber. — *Você não vai mais passar fome* — prometi, cobrindo sua mão com a minha. Ele congelou, os nós dos dedos brancos ao redor do garfo. — *Não é sobre fome, Bella. É sobre nunca confiar que a próxima refeição virá.* Luca entrou na cozinha nesse momento, trajando um terno que custava mais que a fiança do meu irmão. Seus olhos verdes pousaram em Daniel, depois no pedaço de torrada escondido. — *Precisamos falar* — anunciou, jogando o jornal na mesa. A manchete era um soco no estômago: **"Irmão da Noiva Domani: Herói ou Criminoso?"** Daniel soltou um palavrão. — *Já? Eu saí ontem!* — *Meu pai move peças rápido* — Luca comentou secamente, servindo café em três xícaras. — *Mas temos uma jogada.* Foi então que mostrou a foto no
O cheiro de café queimado invadiu a cozinha enquanto eu observava a manchete do jornal: **"Herdeira Domani: A Vida Secreta da Filha do Bilionário"** Fotos de Sofia. Na escola. No parque. *Na nossa varanda, de pijama, sem saber que estava sendo fotografada.* Minhas mãos tremeram ao virar a página. — *Eles cruzaram a linha* — Luca entrou na cozinha com passos silenciosos, seu terno impecável contrastando com a escuridão em seus olhos. Ele pegou o jornal das minhas mãos e jogou no lixo sem cerimônia. — *Já está resolvido.* — *Resolvido COMO?* — gritei baixo, olhando para o corredor onde Sofia brincava. — *Eles invadiram a privacidade da nossa filha!* Luca abriu o tablet e mostrou a manchete do mesmo jornal, agora online: **"Retratação: O Jornal Lamenta o Erro Editorial"** — *Como...?* — *Comprei o jornal* — ele encolheu os ombros, bebendo meu café queimado sem reclamar. — *Às 3h47. O editor-chefe está desempregado.* Claro. Porque Luca Domani não jogava para empata
Acordei com o cheiro de café e o som de risadas no jardim. Pela janela, vi Luca ensinando Sofia a cavalgar em um pônei *roxo* – sim, ele realmente tinha encontrado um maldito pônei roxo. Meu coração apertou. Era exatamente esse o problema. Nos últimos dias, Luca tinha se tornado *o pai perfeito* – paciente, presente, atento a cada detalhe da vida de Sofia. E eu? Eu estava me tornando a vilã da história, sempre de pé à margem, questionando cada gesto, cada presente, cada sorriso que ele dava à nossa filha. O celular vibrou na mesa de cabeceira. *Marina.* — *Liga a TV. Agora.* Meu sangue gelou antes mesmo de eu pegar o controle. *"...imagens exclusivas do herdeiro Domani e sua misteriosa amante brasileira. As fotos, tiradas há cinco anos em Dubai..."* A tela mostrou uma das fotos – Luca atrás de mim na varanda, meu vestido vermelho levantado, seus dedos brancos contrastando com minha pele negra. *Nítida. Inegável.* Mas o pior veio depois. *"...fontes confirmam que o
Último capítulo