A Babá do Meu Filho

A Babá do Meu FilhoPT

Sandra Lima Autora  Atualizado agora
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Resumo
Índice

Após a morte trágica de sua esposa no parto, Eduardo Ferraz, um CEO poderoso e implacável, se vê diante do maior desafio de sua vida: criar sozinho o filho recém-nascido que ele acredita ser o responsável por sua perda. Enterrado em trabalho, ele não consegue se conectar com o bebê, nem lidar com a dor. Desesperado, Eduardo contrata uma babá para ajudá-lo temporariamente, sem imaginar que Sofia Carvalho, uma mulher doce, forte e determinada, será muito mais do que uma cuidadora. Sofia entra na mansão silenciosa carregando suas próprias feridas, mas aos poucos conquista o bebê... e começa a derreter as defesas do pai. Em meio a noites insones, mamadeiras e emoções represadas, nasce um laço proibido e irresistível. Mas o luto, os segredos e uma sombra do passado ameaçam esse novo começo. Será que o amor tem espaço onde antes só havia dor?

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Prólogo
Eduardo FerrazO céu está cinza. E eu odeio metáforas óbvias, mas não posso evitar pensar que até o tempo parece lamentar a perda dela.Fico parado ao lado do caixão fechado, com a expressão que aprendi a usar em todas as reuniões de negócios: inabalável. Mas hoje, por dentro, estou em ruínas.Isabella.Minha esposa. A mulher que me deu tudo. Até a própria vida.— Meus sentimentos, senhor Ferraz.A voz é abafada. Aperto a mão de alguém que não reconheço e tento manter a compostura. Os pêsames se repetem, como uma fila interminável de palavras vazias. Nenhuma delas traz Isabella de volta. Nenhuma delas me prepara para o que me espera a partir de agora: criar sozinho o filho que ela deixou para trás.Enzo.Nunca pensei que diria isso, mas... eu o culpo. O bebê. Ele viveu, Isabella não. É um pensamento cruel, eu sei. Mas é o que sinto. E o que sinto não tem filtro hoje.Vejo minha sogra sentada num banco da frente, com os olhos inchados de tanto chorar. Ela ainda me odeia. Sempre odiou.
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1: Um Pai Que Não Pedi para Ser
Um Mês DepoisEduardo FerrazO silêncio me sufoca.Ele não é um silêncio qualquer. É denso. Pesado. Mortal.Ecoa em cada canto desta casa enorme, agora vazia, fria, sem cor. O mesmo lugar onde ela ria alto, onde planejava decorar o quarto do bebê com ursinhos e quadrinhos delicados, onde jurou que nossa vida mudaria para melhor. Mudou. Só que para pior.Isabella morreu há um mês. Um maldito mês.Toda manhã é igual. Acordo cedo, visto o mesmo terno escuro, ajeito a gravata com mãos trêmulas, olho para o berço vazio no quarto ao lado e fecho a porta. Não porque me esqueci que ele está lá dentro. Mas porque ainda não consigo encarar o bebê que me tirou o amor da minha vida.É cruel pensar assim. Eu sei. Mas é como me sinto.— Senhor Ferraz, o bebê está chorando de novo — avisa Marlene, a governanta, com os olhos carregados de pena. — A babá pediu demissão hoje de manhã. Disse que o senhor não quer segui-la nas orientações e que isso está afetando a rotina do menino.O menino. Meu filho.
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2: O Primeiro Colo
Sofia CarvalhoO choro dele corta o ar antes mesmo de eu chegar no quarto.É agudo, desesperado, como se implorasse por algo que nem sabe nomear. Corro os últimos degraus da escada e entro devagar, tentando não parecer uma estranha — embora seja exatamente isso. Uma estranha em uma casa silenciosa e cheia de fantasmas.O bebê está vermelho, com o rostinho todo enrugado, as mãozinhas fechadas em punho, as pernas se debatendo no ar. Ele parece tão pequeno naquele berço enorme, cercado por móveis de grife e zero afeto.— Ei, neném... calma — sussurro, me aproximando devagar.Não espero permissão para pegá-lo no colo. Eu simplesmente o faço.Ele é leve. Quente. Treme um pouquinho. Seu corpinho se encaixa no meu peito com uma naturalidade que me desmonta.— Tá tudo bem, Enzo... agora você tem alguém, tá bom?Ele ainda chora, mas com menos força. Como se sentisse que, dessa vez, alguém ouviu. Eu não tenho superpoderes, só tenho braços e coragem para usá-los. E às vezes isso já muda tudo.An
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3: Feridas Visíveis, Cicatrizes Ocultas
Três Dias Depois EDUARDOSofia tem um jeito estranho de ocupar os espaços: leve, sem fazer barulho, mas deixando tudo diferente depois que passa. A casa já não parece tão abafada, o silêncio não parece mais tão pesado. Desde que Sofia chegou, Enzo dorme melhor. E eu também. Um pouco.Passaram-se apenas três dias.Três dias em que observei cada movimento dela, cada toque suave no meu filho, cada resposta direta — sem rodeios, sem bajulação. Sofia não sorri com facilidade, mas quando sorri... parece que o tempo desacelera.Hoje, volto mais cedo do trabalho. Algo em mim quer estar aqui. A desculpa é Enzo, claro. Mas a verdade é mais emaranhada, e que eu tento a todo custo negar.— Já jantou? — pergunto quando a encontro na cozinha, organizando os potes da papinha dele.Ela ergue os olhos, surpresa.— Ainda não. Costumo comer depois que ele dorme.— Você não precisa fazer isso. Pode comer agora.Ela hesita, como se estranhasse minha gentileza. Talvez eu tenha sido mais ríspido do que gos
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4: Quando o Passado B**e à Porta
Dia SeguinteSOFIAO dia está nublado, um friozinho gostoso faz lembrar que o inverno chegou. Enquanto Enzo dorme tranquilo, decido passar as suas roupas. Eduardo insistia em dizer que esse não era o meu trabalho, mas eu gostava de cuidar das coisas do Enzo, assim eu me sentia útil e cada vez mais próxima do responsável por devolver a minha alegria e desejo de viver. Já estava quase terminando quando de repente ouço o som da campainha que me faz parar no meio da dobradura das roupinhas de Enzo. Ainda é cedo, pouco antes do almoço, e Eduardo está em reunião no andar de cima. Não costumo atender a porta, mas com Marlene no mercado, sobra pra mim.Abro a porta.E o mundo gira.— Sofia? — a voz masculina me alcança como uma pancada seca.Congelo. Meu coração dispara. O rosto à minha frente é um fantasma que eu esperava nunca mais ver.— Rafael... — minha voz sai trêmula.Ele sorri. Aquele mesmo sorriso dissimulado que já me enganou um dia. Está diferente, mais magro, cabelo raspado nas l
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5: Um Gesto, Um Medo
SOFIA O toque suave da manhã entra pelas cortinas do quarto. Enzo resmunga baixinho no berço, e eu me levanto num impulso automático. Ele já é parte da minha rotina, do meu instinto, do meu coração. Depois de trocar sua fralda e cantar baixinho enquanto ele mama a mamadeira, o coloco no tapetinho de atividades e observo seus olhinhos explorando o mundo. A forma como ele me olha, com tanta inocência... me faz querer protegê-lo de tudo. Inclusive de mim mesma. Desço as escadas com ele no colo, e Eduardo já está na cozinha, com a manga da camisa dobrada até os cotovelos e duas xícaras de café fumegante sobre a bancada. — Bom dia — ele diz, sorrindo ao ver Enzo nos meus braços. — Ele dormiu bem? — Dormiu. Acordou só uma vez. — E você? Pego a xícara que ele empurra na minha direção. — Tô bem. Pensativa... mas bem. Ele dá um gole no café e me encara como se pudesse ver o que se passa dentro de mim. — Sofia, ontem... quando aquele cara apareceu... eu vi medo nos seus olhos. E eu nã
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6: O Que Está Por Vir
EDUARDOO beijo da noite passada ainda está grudado na minha pele como uma tatuagem invisível. Tentei dormir, mas minha mente não desligou. Pensei em Sofia, em Enzo, em tudo o que estou sentindo e no que ainda não sei como nomear.Ao beijar Sofia, senti como se o chão tivesse sumido sob os meus pés. Foi como ser invadido por algo forte, inesperado, impossível de controlar. O toque dos lábios dela nos meus não foi apenas físico — foi como se ela tivesse alcançado um lugar dentro de mim que eu nem sabia que existia. Aquele beijo não foi só um momento de desejo. Foi uma quebra de todas as minhas defesas, um convite silencioso para algo mais profundo.Mesmo agora, tantas horas depois, ainda sinto o gosto dela. O beijo ficou grudado em mim como uma marca invisível que queima por dentro. Tentei dormir, mas minha mente não desligou nem por um segundo. Revivi a cena várias vezes, cada detalhe, cada respiração, o jeito como ela suspirou contra minha boca. Me vi preso naquele instante, como se
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7: A Sombra no Portão
SOFIACom Enzo nos meus braços, tranquilo, de fralda trocada e barriguinha cheia, deixo meu corpo relaxar por um instante. Mas é só fechar os olhos que ele vem. Eduardo. O nome dele pulsa na minha mente como uma batida suave, mas constante. Consigo sentir o toque dos seus lábios nos meus, como se ainda estivesse acontecendo. Macios, firmes, intensos. Um beijo que mexeu comigo de um jeito que eu não esperava, que eu nem queria... mas desejei com cada parte de mim.Minha vida nunca foi fácil. Carrego cicatrizes que ninguém vê, lembranças que ainda doem, escolhas que me moldaram. Sempre precisei ser forte, manter o controle, seguir em frente mesmo com o coração aos pedaços. E agora, justo agora, me encontro envolvida por algo que não consigo explicar. Me vejo apaixonada — sim, apaixonada — por um homem que representa tudo o que eu sempre mantive à distância: poder, frieza, controle. Mas Eduardo... ele não é só isso. Por trás da armadura dele, eu vejo dor. Eu vejo solidão. Eu vejo um pai
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8: Fantasmas na Estante
SOFIA Enzo adormece no meu colo enquanto o noticiário da noite sussurra alguma manchete que eu não consigo acompanhar. Estou exausta, mas mais tranquila. Desde que Rafael foi levado, Eduardo não desgrudou de mim. Ele colocou seguranças na casa, aumentou a vigilância e deixou bem claro que nada mais vai me machucar. Mas o que mais me desarma é a maneira como ele me olha. Não com pena. Nem com expectativa. Ele simplesmente... me vê. Levanto com cuidado e coloco Enzo no berço portátil montado ao lado do sofá. Quando me viro, Eduardo está na porta da sala, com duas taças de vinho e um olhar indecifrável. — Achei que merecêssemos um momento de paz. Sorrio, mesmo com o cansaço pesando nos ombros. Aceito a taça. — E eu achei que você não bebia durante a semana. — Hoje é uma exceção. Sentamos no sofá. Um silêncio confortável nos envolve. E pela primeira vez desde que Rafael reapareceu, meu corpo relaxa. — Posso te perguntar uma coisa? — ele diz, virando-se levemente para mim. — Cl
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9: Flores Entre às Ruínas
Algum tempo depois SOFIA Nunca pensei que o som da chuva pudesse ser tão acolhedor. O vidro da varanda está coberto de gotículas, o cheiro de café recém-passado invade o ambiente, e Enzo brinca tranquilamente com seus blocos de montar. Há semanas não me sinto assim... em paz. — Posso? — a voz de Eduardo surge atrás de mim, suave. Assinto com a cabeça e ele se senta ao meu lado, trazendo duas xícaras. Ele ainda está de moletom, cabelo meio bagunçado, e isso o torna ainda mais irresistível. Tão diferente do CEO impecável que vi no meu primeiro dia. — Dormiu bem? — ele pergunta. — Melhor do que em meses. Você? — Eu também. Sua presença tem feito isso com a casa. Sorrio, sentindo o calor subir pelas bochechas. — E com você? — Principalmente comigo. Nossos olhos se encontram. Tem algo ali... uma tensão doce, quase tímida, quase inevitável. E então, sem que eu possa controlar, ele toca minha mão. O calor da pele dele me acalma e excita ao mesmo tempo. — Posso te levar pra sair?
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