SOFIA
Quinze anos depois.
A vida passou... não com pressa, mas com propósito.
Os filhos cresceram. As manhãs bagunçadas deram lugar a despedidas nos portões da escola, depois às noites em claro esperando eles voltarem das festas — e, agora, a silêncios confortáveis à mesa de jantar, cheios de lembranças e orgulho.
As rugas chegaram devagar. Primeiro nos olhos, de tanto rir. Depois na testa, marcadas pelas noites difíceis, pelas preocupações que só quem ama de verdade sente. Mas não me importava. Cada marca era uma história vivida, uma vitória íntima, um capítulo do que a gente construiu.
Mesmo assim, quando Eduardo me olhava... meu coração ainda tropeçava.
Era o mesmo olhar de quando ele me viu pela primeira vez naquele cassino de Las Vegas. Só que agora era mais. Era olhar de quem sabe. De quem ficou. De quem escolheu.
Luna, com seus dezessete, era a tempestade mais linda que já conheci. Cheia de ideias, intensidade e uma rebeldia poética que me fazia sorrir mesmo quando me pr