EDUARDO
O beijo da noite passada ainda está grudado na minha pele como uma tatuagem invisível. Tentei dormir, mas minha mente não desligou. Pensei em Sofia, em Enzo, em tudo o que estou sentindo e no que ainda não sei como nomear.
Ao beijar Sofia, senti como se o chão tivesse sumido sob os meus pés. Foi como ser invadido por algo forte, inesperado, impossível de controlar. O toque dos lábios dela nos meus não foi apenas físico — foi como se ela tivesse alcançado um lugar dentro de mim que eu nem sabia que existia. Aquele beijo não foi só um momento de desejo. Foi uma quebra de todas as minhas defesas, um convite silencioso para algo mais profundo.
Mesmo agora, tantas horas depois, ainda sinto o gosto dela. O beijo ficou grudado em mim como uma marca invisível que queima por dentro. Tentei dormir, mas minha mente não desligou nem por um segundo. Revivi a cena várias vezes, cada detalhe, cada respiração, o jeito como ela suspirou contra minha boca. Me vi preso naquele instante, como se