Mundo de ficçãoIniciar sessãoEles não precisaram se destruir para se amar. Mas o passado vai tentar fazer isso por eles. Laura nunca acreditou em coincidências. Mas, quando Thomas cruzou seu caminho, tudo parecia ter sido desenhado por algo maior. Ele não era o típico homem inacessível e arrogante — era calmo, observador, e enxergava nela o que ninguém mais via: a força de quem escolheu recomeçar sem amargura. Quando segredos antigos vêm à tona, Laura e Thomas percebem que suas histórias já estavam ligadas muito antes de se encontrarem. E essa descoberta pode custar não apenas o amor que construíram, mas tudo o que acreditavam ser verdade. Entre o afeto e o perigo, a culpa e a redenção, Thomas e Laura vão precisar escolher se o amor deles é forte o bastante para resistir às pessoas que farão de tudo para separá-los.
Ler maisTalvez não fosse uma má ideia. Foi o que eu pensei quando Eduardo me mandou uma mensagem falando que gostaria de me ver.
- Quem sabe dessa vez ele realmente tenha mudado? - Era o que eu ficava repetindo pra mim mesma. - Laura, ele não mudou e você não pode deixar que ele te trate como qualquer coisa. Eu sei que ainda tem sentimentos por ele, mas ele não sente nada por você e só quer te usar. As verdades nas palavras de Louise doíam profundamente. Eduardo foi meu namorado desde o início da faculdade, terminou comigo duas vezes e depois voltava com alguma desculpa esfarrapada para reatar. Da última vez descobri que, na verdade, ele terminou comigo para ir viajar com a filha de um ricasso influente. Dessa vez não dei outra chance e mandei ele sumir, isso tem dois meses e foi o maior tempo que já fiquei longe de Eduardo. Apesar de ter sido um canalha, ele era bom pra mim. Era carinhoso, gentil e atencioso, mas o tipo de homem instável que eu não queria para o resto da vida se continuasse assim. - Laura, Eduardo não é uma má pessoa, mas ele não é pra você. Ele pode ser legal enquanto estão juntos, mas na primeira oportunidade te descarta de qualquer jeito. Que tipo de pessoa faz isso com alguém que ama? Você merece muito mais e vai encontrar alguém que seja capaz de mover o mundo por você. - Eu não sei existe alguém assim pra mim. O que eu tenho de especial? Nada. Sou toda ferrada. Eduardo foi o único homem que já olhou pra mim na vida. - Você tá brincando né?! Você acha isso porque nunca se permitiu viver nada além dele. Se você abrir um pouco os olhos vai reparar que existe um mundo possibilidades. - O tom da voz de Louise era uma mistura de indignação e compreensão ao mesmo tempo. Ela era minha melhor amiga, como uma irmã. A única que sabe tudo sobre mim e sobre o meu passado. Moramos juntas em um apartamento que ela ganhou dos pais quando completou 18 anos e eles são como a minha família também. Apesar de ser difícil virar a página, esse tempo sozinha me ajudou a clarear as ideias e perceber que realmente podem haver outras possibilidades. Não quero ter nenhuma recaída com o Eduardo, então decidi focar no trabalho e na minha especialização para não ter tempo de focar em mais nada. - Estou saindo… - Eu disse enquanto pegava as minhas coisas e ia em direção a porta. - Eu também já vou. Mas hoje acho que vou chegar mais tarde, é o dia de começar o projeto daquele cliente que te falei. - Louise falou isso quase dando pulinhos. Ela era uma excelente arquiteta em ascensão e esse projeto era o maior da sua carreira. Enquanto eu ainda estava no cargo inicial de um escritório de advocacia, lutando para construir minha carreira na área criminal. - Vai ser um sucesso! - Eu disse com toda a empolgação que ela merecia. Eu estava parada no sinal quando senti meu celular tocar, era Eduardo. Ele deve ter estranhado que, pela primeira vez, eu não respondi suas mensagens. Guardei o celular de volta porque o sinal já ia fechar e coloquei o pé na faixa. Uma buzina estridente me assustou e eu caí com todas as minhas coisas. Foi tudo muito rápido. Vi as pessoas correndo a minha volta, outras parando para perguntar se eu estava bem e então senti uma mão firme segurar o meu braço e pegar minhas mãos do chão.A água quente do chuveiro caía sobre nós enquanto Thomas me beijava com uma urgência maior do que todas as vezes que ele já havia feito. Ele se agarrava em mim como se eu fosse a única coisa no mundo e às vezes parava pra me olhar nos olhos, enquanto segurava meu rosto entre as mãos. - Eu não consigo mais ficar longe de você. - Ele encostou a testa na minha enquanto alisava as minhas costas. - Então não fique… Thomas começou a depositar beijos no meu pescoço, no meu ombro e foi descendo pelo meu colo. A temperatura da água não era suficiente para aplacar os arrepios que isso me causava, mas potencializava o desejo que se formava dentro de mim. Em um movimento delicado, ele me virou para o box e continuou dando beijos na minha nuca, enquanto sua mão procurava o meu ponto principal. E ali, embaixo do chuveiro, em uma mistura de água e desejo ardente, ele me preencheu enquanto movimentava seus dedos habilidosos. - Ahhhh… Laura… Eu te amo… - Thomas disse entre gemidos e isso foi
Depois que o pessoal foi embora, eu e Louise ficamos arrumando as coisas antes de dormir.— Então, o que aconteceu com o seu carro? — Eu estava juntando as coisas e resolvi quebrar o silêncio.— Eu não sei… quando fui sair ele não ligou mais. Deve ser a bateria. — Eu conhecia Louise bem o suficiente pra saber que não era só isso.— Tem mais alguma coisa aí que eu sei… — Parei o que estava fazendo pra olhar pra ela.— Tiago foi me procurar hoje… — Ela sentou na cadeira mais próxima.— Aquele infeliz… Assim? Do nada? — Deixei meu queixo cair rapidamente.— Sim. Chegou lá como um cliente e pediu pra falar comigo. — Os olhos de Louise já estavam cheios de lágrimas.Eu me agachei na frente dela e segurei suas mãos.— Eu pensei que tinha superado, Laura. Mas ver ele ali na minha frente, com um buquê de flores… Meu coração doeu, sabe? — Ela começou a chorar. Talvez o álcool estivesse ajudando a colocar as emoções pra fora.— Lou, você superou. E muito bem. A questão é só que é a primeira vez
Aqui está o Capítulo 32 revisado apenas na ortografia e na pontuação, mantendo tudo exatamente como você escreveu, apenas corrigindo o que precisava.⸻Capítulo 32 — Revisão OrtográficaEra para ser só uma cerveja depois do trabalho, mas quando percebi já estávamos há quase duas horas rindo de assuntos aleatórios.Pedro, como sempre, era o primeiro a puxar assuntos hilários da época da faculdade. Ele parecia um daqueles livros gigantes de história, só que ambulante.As conversas começaram leves, mas bastaram alguns copos para Mariana ficar mais sincera do que o normal.— O Pedro é impossível — ela começou, apontando uma torrada para ele como se estivesse acusando. — A mulher que quiser namorar esse homem vai ter que ser tão workaholic quanto ele. Se não for, morre tentando.Pedro deu uma risadinha curta.— Eu só tive uma namorada — confessou. — No início da faculdade.Louise travou por um instante, mas só eu percebi. O olhar curioso dela para o Pedro durou meio segundo, mas foi mais d
A viagem que deveria durar cinco dias já tinha virado duas semanas, e Thomas seguia sem previsão de volta. O novo protocolo que iniciaram na mãe dele finalmente estava surtindo efeito, e interromper seria arriscado demais. Então ele resolvia tudo à distância: trabalho, família… e nós dois. — Você não tem noção de como eu tô quase enlouquecendo aqui. — Ele passava a mão pelo cabelo durante toda a chamada, como se aquilo fosse impedir a cabeça dele de explodir. — Vou te dar uma licença e você vem pra cá ficar comigo. — Nunca pensei que receberia esses benefícios namorando meu chefe — brinquei, rindo sem muita força. — Você sabe que eu tô quase fazendo isso de verdade, né? — Ele segurou meu olhar pela tela e, por um momento, a distância parecia menor… até o cansaço no rosto dele lembrar que o mundo real ainda existia. — Eu sei. Mas você também sabe que não dá. E outra: se você está aí é porque o tratamento da sua mãe está funcionando. Ele bufou, frustrado. — Não é justo você
A casa dos pais de Louise era um verdadeiro refúgio dentro da cidade. De fora não dava pra perceber o tamanho da propriedade que se estendia por quilômetros. Sempre que venho aqui revivo cada lembrança dos anos em que morei nesta casa, de como eu e Louise passeávamos pelo jardim enquanto conversávamos sobre tudo e nada, quando a nossa única preocupação era tirar boas notas.Estacionei na frente da casa e os pais de Louise estavam nos esperando no jardim, percebi a expressão de curiosidade tomar conta do rosto deles quando viram meu carro. - Oi tio Sérgio, oi tia Cris… - dei um abraço apertado em um de cada vez, havia meses que não os via. Os pais de Laura foram como pais adotivos pra mim depois que vim morar com eles. Nunca serei grata o suficiente por eles terem salvado a minha vida - literalmente. - Querida, há quanto tempo não vemos você. Está linda como sempre. - Tia Cristina passa a mão pelos meus cabelos - Mas você está… diferente! Você está bem? - Mãe… isso é porque ela
O sábado amanheceu nublado, e as primeiras gotas de chuva já avisavam que o céu não pretendia abrir tão cedo. O clima combinava perfeitamente com o que eu estava sentindo — aquela mistura de saudade antecipada e ansiedade pela viagem de Thomas.Ele arrumava a gravata diante do espelho enquanto eu fechava a minha bolsa na cama.— Laura, eu ainda não tenho certeza de quando volto, mas prometo falar com você sempre — disse ele, tentando soar tranquilo.— Eu vou entender se você não conseguir falar comigo. A prioridade é cuidar da sua mãe.Eu falei firme… mas a pontinha de decepção me traiu antes que eu conseguisse esconder.Thomas me olhou imediatamente e veio até mim, segurando meu rosto entre as mãos.— Ei… tá tudo bem. Eu prometo que você não vai estar sozinha, mesmo que eu esteja longe. Você também é minha prioridade.O beijo que ele deu no canto da minha boca foi tão doce quanto torturante.— E por você ser minha prioridade — acrescentou, agora com aquele sorriso divertido que apare





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