Algum tempo depois
SOFIA
Nunca pensei que o som da chuva pudesse ser tão acolhedor. O vidro da varanda está coberto de gotículas, o cheiro de café recém-passado invade o ambiente, e Enzo brinca tranquilamente com seus blocos de montar.
Há semanas não me sinto assim... em paz.
— Posso? — a voz de Eduardo surge atrás de mim, suave.
Assinto com a cabeça e ele se senta ao meu lado, trazendo duas xícaras. Ele ainda está de moletom, cabelo meio bagunçado, e isso o torna ainda mais irresistível. Tão diferente do CEO impecável que vi no meu primeiro dia.
— Dormiu bem? — ele pergunta.
— Melhor do que em meses. Você?
— Eu também. Sua presença tem feito isso com a casa.
Sorrio, sentindo o calor subir pelas bochechas.
— E com você?
— Principalmente comigo.
Nossos olhos se encontram. Tem algo ali... uma tensão doce, quase tímida, quase inevitável. E então, sem que eu possa controlar, ele toca minha mão. O calor da pele dele me acalma e excita ao mesmo tempo.
— Posso te levar pra sair?