OBS: Este livro possui o livro 1 da série: Um filho para o rei alfa, e o livro 2: Escolhida pelo alfa. A série é composta por quatro livros que serão postados em dois blocos. Este é o bloco 1 da série. Sinopse livro 1: “A deusa mãe ouviu a minha oração, ou a oração do rei, não sei ao certo. Mas o meu ventre seco está cheio de vida agora. Em meu ventre cresce o filho do rei Alfa, a criança gerada no auge da lua cheia, filho de um alfa poderoso no ventre de uma bruxa.” O mundo era cruel para aqueles que não eram abençoados pela deusa da Lua. Marry era uma bruxa e seu povo era escravo do Rei Alfa no grande império dos lobos. Um dia ela foi escolhida por ele para ser sua escrava pessoal e mãe de seu filho, e assim seu inferno começaria naquele momento. Yan era o Rei Alfa mais cruel de toda história do império dos lobos. Mas uma escrava o levará a loucura e tudo mudará quando a deusa da Lua abençoar o ventre da bruxa, fazendo tudo o que o rei acreditava mudar radicalmente. Será possível um Rei Alfa cruel começar a amar? Uma bruxa poderia se tornar uma Luna? O filho gerado dessa união seria um bruxo ou um lobisomem?
Ler maisMarry
Minha pele gritava devido as últimas agressões que havia sofrido. Ser escrava significa que qualquer erro, por mínimo que pudesse ser, ele era descontado em seu corpo: dias sem comer; escassez de água e o mais comum: as chicotadas. Ontem derramei água por estar fraca demais e minha recompensa foram vinte chibatadas.
Minhas costas estavam queimando, os cortes recentes ainda se fechando e nada podia encostar na pele dolorida, por isso estava deitada de bruços sem nada na parte de cima do corpo. Sobre minha pele ferida, minha mãe havia colocado ervas para ajudar na cura e evitar a infecção.
Preocupada, minha mãe disse:
— Precisa se curar, minha filha, em três dias é a visita do rei. Ele não gosta de ver nenhum de seus escravos deitados, doentes... tudo ele julga como fraqueza e manda matar.
Eu respondi:
— Aquele rei desgraçado, eu queria muito arrancar a face dele com as unhas.
— Fala baixo, filha, se alguém te ouvir podem levar suas palavras ao rei e então estará perdida.
Gemo baixinho quando minha mãe torna a aplicar as ervas e seus sumos em minha pele ferida.
No dia da visita do rei a nossa aldeia, meus ferimentos já estavam bons o suficiente para vestir uma blusa larga, mas se alguém encostasse eu ainda uivava de dor.
Estávamos todos enfileirados, mulheres de um lado e homens de outro. Parecíamos animais que o dono decidia se matava ou se deixava viver mais um pouco.
— Atenção, escravos, o rei Yan está se aproximando e um de vocês terá a honra de servi-lo pessoalmente — fala um dos servos do palácio do rei.
Todos ficam em silêncio e a expectativa só cresce. Ninguém quer ser um escravo pessoal de um rei cruel e sádico. Ele se alegra com a dor e o sofrimento dos outros e ser o “brinquedinho” dele está fora de questão para qualquer um.
O rei se aproxima, imponente. Bonito o homem é, não há como negar. Seus olhos verdes são atrativos, qualquer mulher se derreteria por ele se não soubesse quanta maldade há em seu coração.
Ele analisa a fileira de homens, mas em seguida dá a ordem:
— Todos os homens estão dispensados.
Alívio era visível na face dos homens ali presente. Porém, meu coração se aperta. Ele quer uma mulher.
Quando o rei vem em busca de mulheres, sabemos o que ele quer. Não apenas uma escrava qualquer, uma empregada que receberá ordens do rei o dia inteiro, mas ele está a procura de uma escrava sexual. Ele quer um brinquedo novo e isso significa que o anterior está quebrado.
Todas as mulheres presentes sabem disso e o desespero transborda de seus olhos, mas todas se mantêm em silêncio.
Ele se aproxima e analisa uma a uma. Se ele for escolher por beleza com certeza não será eu a escolhida. Meus cabelos castanhos são indomáveis, minha pele muito pálida e meus olhos estranhamente escuro. Mas algo dentro de mim se parte quando ele dá a próxima ordem:
— Somente mulheres virgens, as outras estão dispensadas.
Mais da metade das mulheres se afastam e eu cogito em me afastar também. Como vão saber se é verdade ou não? O alívio é crescente na face das mulheres que se dizem não virgens, enquanto o desespero só aumenta na face das outras.
— Todas que dizem não ser virgem, passarão por inspeção para averiguar a verdade. Caso esteja mentindo o castigo será a morte. — O servo declara e eu impeço meu passo.
Já estava pronta para me enfiar entre as outras e me livrar do olhar do rei, mas ele não é idiota.
Quando todas as mulheres que não cumprem a exigência do rei se afastam, ele volta seu olhar para as escravas restantes. Havia lágrimas no olhar de quase todas.
Não é possível dizer o que exatamente ele está a procura. Seus olhos passeiam por todas nós e uma a uma, seguindo sabe-se lá que critério, ele começa a dispensar.
Quando chegou perto de mim, pude ver de perto toda a sua imponência. O homem deveria ter quase dois metros de altura e um corpo muito forte. Mesmo debaixo dos tecidos de sua camisa e calça, era possível notar os músculos do rei Yan.
Ele pegou a face da garota ao meu lado e ergueu, girou para um lado e para outro, analisando não sei o quê. Mas ele se dá por insatisfeito e dispensa a jovem. Ela quase cai no chão de alívio e sai correndo. Agora ele vem na minha direção.
Seus olhos verdes fitam os meus olhos escuros e dentro de mim há um desejo voraz de não ser dispensada, algo como um orgulho. Pode ser loucura, mas ser selecionada como alguém que não serve é algo que não almejo. Um orgulho insano toma conta de mim e encaro o rei de volta. Não abaixo a cabeça; lágrimas não rolam de meus olhos; minhas mãos não tremem e minhas pernas se mantêm firme.
Ele passa por mim em silêncio, não me dispensa e vai para a próxima. Então é isso que ele quer. Quer uma mulher corajosa e que o enfrente. O que há na mente deste rei sádico?
Yan passa para a próxima e depois outra, e outra, até chegar ao fim da fila de mulheres. Quando ele termina me dou conta de que há apenas cinco mulheres, todas as outras foram tidas como inadequadas ao rei.
Agora sua seleção muda de caminho, realmente é indecifrável o tipo de escrava que ele quer.
— Qual o seu poder? — Ele questiona à mulher que está na ponta da fila.
Todos nós usamos uma coleira que inibe nossos poderes e ele quer usar o poder que mais lhe agradar, será isso que ele deseja de nós? Uma escrava pessoal que lhe sirva com seu poder?
— Água, majestade — A garota responde. Ele segue para a próxima que lhe responde ar, a seguinte lhe responde água novamente e então chega a minha vez. Encaro-o.
Ele me pergunta:
— Qual o seu poder, mulher?
— Marry — Eu falo corrigindo-o. Ele me chamou de mulher e este não é meu nome.
— O quê? Está me desafiando? — Seus olhos injetados de um ódio sem motivos aproximam de mim.
— Não senhor, apenas respondendo que meu nome é Marry e não mulher. Meu poder é fogo, majestade. — Respondo e ele me analisa.
Não preciso explicar que tipo de fogo. Meu fogo não é flamejante, vermelho, laranja e amarelo, meu fogo é negro com uma base azul. Mas ele não perguntou que tipo de fogo e passou para a próxima que lhe respondeu natureza.
Ele se afasta e nos analisa, deve estar pensando o que mais lhe agrada ou o que é mais útil para ele.
Não sei qual critério usa. Gostaria de dizer a ele que não servirei para nada por algum tempo, pois estou ferida e nossos poderes não funcionam quando estamos feridos. É uma forma de defesa do nosso corpo, para concentrar a magia totalmente na recuperação. Mas de alguma forma eu quero ser a escolhida. Por orgulho, por algo que não entendo, mas sinto que tenho que ser a escolhida, tem que ser eu.
Seus olhos percorrem nossos corpos enquanto ele passeia na nossa frente, nos analisando. O rei vai até o fim da fila e volta, parando bem na minha frente.
— Você — Ele aponta para mim e acho que vai me dispensar. — Escolho você.
Um arrepio feroz percorre meu corpo dos pés a cabeça, mas não abaixo a cabeça, afinal, fui a escolhida. Não fui rejeitada. Meu orgulho está intacto, porém nada mais que isso estará em algumas horas. Esse homem sádico me fará em pedaços, eu sei disso.
Dou um paço a frente com o queixo erguido. O rei se aproxima mais me analisando, anda ao meu redor e eu me mantenho séria e de queixo erguido. Seja lá o que for que passarei nas mãos deste louco será desta forma, até o dia em que ele me matar ou me descartar.
— Demonstre seu poder. — Ordena o rei.
Encaro o rei. Ele deve estar louco.
— Não posso. — Respondo friamente.
— Retire o colar dela. — Ele ordena ao servo, acreditando que é por este motivo. Nem se estivesse sem o colar de contenção, eu não poderia usar meu poder devido a minha condição física.
— Mesmo que retire o colar, não poderei usar meu poder — falo ainda com meu orgulho intacto.
Ele me olho furioso.
— Mentiu para mim? — Aproxima-se, deixando seu nariz encostar no meu.
— Não senhor, se não sabe, uma bruxa ferida não é mais que uma humana, e eu estou ferida.
Seus olhos percorrerem meu corpo novamente, provavelmente procurando as feridas e não as encontrando.
— Mostre-me — ele ordena.
Viro-me de costas e afasto a manga da camisa, mostrando o lado superior das minhas costas onde já é possível ver a marca do chicote em minha pele.
Ele se aproxima e rasga o tecido, arrancando um som de espanto das pessoas que observavam e me fazendo arregalar os olhos em espanto e vergonha, mas me mantive inabalável.
— Levem-na aos meus aposentos, coloquem uma roupa digna de minha companhia. — Ele ordena ao servo que vem ao meu encontro e cobre minhas costas com um manto.
O rei caminha na frente sem nem mesmo olhar para mim mais uma vez, após ver o estrago que seus servos fazem conosco. Sou acompanhada até o castelo do rei alfa, onde algumas mulheres me aguardavam e me vestiram com uma roupa branca e transparente.
— Hoje você servirá ao rei e dará a ele um filho — a serva explica, me fazendo estremecer. Há algo sobre mim que ele não sabe, e quando souber, o que será de mim?
Não usava mais nada em baixo da roupa, estava completamente nua, mas se ele acha que eu entraria encolhida naquele quarto, ele está muito enganado. De queixo erguido entrei aqui, e assim permanecerei.
****************
Olá, lindas leitoras. Se está gostando da leitura, vai gostar também do livro Resgatada pelo alfa da autora L.S. Santos. Já salva na sua biblioteca para ler também. Boa leitura.
Olá, queridos leitores!Chegamos na metade dessa série de quatro livros. Agora vão conhecer a sinopse a degustação do terceiro livro da série que será publicado somente em janeiro. No mês de janeiro procurem pelo título Apaixonada pelos gêmeos, e vamos continuar a saga de Yan e sua famíla.Boa leitura!SinopseKillan e Hiran, irmãos gêmeos e filhos de um alfa poderoso, sempre foram inseparáveis. No entanto, suas vidas tomam um rumo inesperado quando Izys, uma mulher marcada por tragédias pessoais, cruza seus caminhos. Após perder o pai para o câncer e cuidar sozinha de sua mãe doente, Izys se vê traída pelo noivo, que a culpa por sua própria infidelidade. Devastada, ela tenta acabar com sua vida, mas um homem misterioso a resgata no último momento. Sem saber, os gêmeos a encontram em diferentes circunstâncias e ambos se apaixonam. Agora, o forte laço entre os irmãos será testado: uma mulher poderá ser a razão para separá-los.Capítulo 1- O salvadorIzysQuando abro a porta do meu apart
Seis meses depoisEnryEstive em Terra de Eva duas vezes depois do meu retorno para casa com minha esposa e minha irmã.Da primeira vez, viajei com meu pai. Ele ficou admirado com a cidade e não tem como não ficar, porém, o nosso objetivo não pôde ser cumprido.Percorremos o máximo que conseguimos da floresta em nossa forma lupina e nada de meus irmãos. Passamos noites em claro tentando sentir o aroma mais puro do ar que poderia carregar o cheiro de Hiran e Killan, mas nada foi possível.As atividades na cidade humana estava mais próxima ao normal, mesmo que nossa presença o deixem desconfiados. Eles correm, se afastam de nós, de alguma forma conseguem identificar que não somos daquele mundo. Mas o que importa é que, tendo voltado ao normal, toda atividade humana deixa um cheiro estranho no ar que impregna a tudo e nos impede de sentir aromas a uma certa distância. Isso nos forçava a procurar por eles durante a noite.Depois de nossa primeira tentativa falha, retornei mais uma vez soz
EnryCorri em busca do curandeiro que rapidamente atendeu ao meu chamado. Os lobos espantaram-se em me ver naquela forma semilupina, mas para eles apenas reforça minha herança e aumenta o respeito que possuem por mim. Em menos de um ano, eu serei o alfa da aldeia.No momento, minha esposa ainda está desacordada, deitada na cama do quarto de Magot, mas o curandeiro afirmou que ela está bem, que é apenas questão de tempo para que ela desperte. Porém já fazem horas e Naiara não desperta.Margot tem o olhar distante, para além da janela. Está calada e sei que culpa a si mesma por tudo o que aconteceu.— Maninha — falo, aproximando-me. — Não fique assim. — Passo um braço por seu ombro, abraçando-a.— Não sei se eles estão vivos, Enry — murmura com os olhos fixados além da janela. — E Naiara ainda está desacordada. Tudo culpa minha.Viro-a de frente para mim e seguro firme em seu rosto.— Olha para mim, Margot. Você não tem culpa de nada, entendeu? — As lágrimas correm livres por sua face e
MargotJá rondamos todo o litoral e nada dos gêmeos. A chuva não cessa, as ondas estão altíssimas e batendo com violência nas pedras. Minhas lágrimas são lavadas constantemente pela chuva forte que encharca o couro da minha roupa.Já estou exausta de tanto usar minha magia para parar o tempo.“Margot, não vai adiantar. Já andamos quilômetros. Se eles conseguiram sair da água, estão escondidos em algum lugar sabe-se lá onde” ouço a voz de Enry em meus pensamentos, sei que está preocupado comigo. Ele vem repetindo que posso ficar doente a todo momento.Suspiro, pois ele tem razão. As horas passam e nenhum sinal dos gêmeos. Naiara se aproxima de mim, indicando a amarração em suas costas. A esfera está ali, guardada em segurança.“vamos para casa, Margot” agora é Naiara que fala comigo.Desamarro com cuidado a esfera, seguro-a firme em minha mão. Enry e minha cunhada se aproximam, ficando perto de mim, lanço a esfera para cima e visualizo a nossa casa em nossa aldeia na Terra de Luna. A l
NaiaraA exaustão me tomou quando deitei no chão ao lado de meu marido. Mesmo com o chão duro, dormi como há muito tempo não dormia. Acordei e quando olhei para o sofá, não vi Margot. Me sentei e olhei ao redor do cômodo, finalmente a vendo próximo a janela.Me levantei, ajustei o laço do roupão e fui até ela. Ao me aproximar, vejo que observa a chuva que cai.— Está bem, Margot? — questiono.Ela suspira e se vira para mim, um segundo depois ela está me abraçando e o soluço escapa forte de sua garganta, como se ela estivesse se contendo há muito tempo— Meus irmãos, Nai... — soluça. — Eles vieram me salvar e acabaram ao mar revolto, e não para de chover. — Hiran e Killan são homens fortes, eles estão bem. Eu tenho certeza — falo, mesmo sem ter absoluta certeza. Mas quero tranquilizar o coração aflito da garota.— A culpa é minha, Nai... — Sinto o corpo dela tremer, enquanto me abraça forte.— Você não tem culpa de nada, Margot. — Acaricio seu cabelo.— Não posso ir embora sem tentar
EnryDentro daquele cômodo foi uma verdadeira confusão. Enquanto enfrentava Handall, os gêmeos lutavam com duas bruxas e elas eram muito poderosas. Podia sentir o resquício de sua magia em minha pele quando se aproximaram demais, e quando vi que Hiran e Killan estavam perigosamente perto da larga abertura na parede, me preocupei, mas não podia fazer nada, pois estava envolvido em um embate com Handall.Mas para minha surpresa, o ataque do bruxo, que deveria me matar, foi congelado no tempo por minha irmã e seu pedido foi para que ajudasse os gêmeos. Porém, era tarde demais. Vi Killan e em seguida Hiran desaparecerem no mar revolto, engolidos pelas ondas altas e agitadas. Não havia o que fazer, se eu mergulhasse atrás deles, seria somente mais um desaparecido. E minha esposa estaria sozinha para levar Margot para casa.Margot já estava quase desfalecia quando cheguei perto dela. Fraca demais, ela não poderia ter usado o seu poder, mas fez isso para salvar a minha vida. Quando Naiara e
Último capítulo