Em meio ao submundo dos lobisomens. E pelas leis da alcateia, Ikarus, um lobo corajoso e líder nato, toma uma decisão que altera sua vida e a dinâmica da alcateia para sempre. Ele abdica de seu posto de alfa em favor de seu irmão mais velho, Lucius, confiando que ele governará com sabedoria e justiça. No entanto, as consequências dessa escolha se mostram terríveis. Samantha, amiga de infância de Ikarus e prometida como sua luna e companheira fiel, se vê presa em um pesadelo sob a nova liderança de Lucius, agora seu atual companheiro. O novo alfa transforma a alcateia em uma ditadura, restringindo as liberdades dos membros e tornando a moça uma vítima de seu domínio cruel. Sentindo-se traído e incapaz de tolerar a opressão de Lucius, Ikarus é forçado a partir. De acordo com as leis da alcateia, dois alfas não podem coexistir, e ele se vê obrigado a se afastar daqueles que ama. Antes de sua partida, Ikarus e Samantha têm uma briga intensa deixando uma lacuna entre eles. No entanto, quando Samantha testemunha a tirania de Lucius atingindo limites insuportáveis, ela decide procurar Ikarus. Em sua jornada perigosa em busca dele... eles se reencontram e embarcam em uma aventura cheia de ameaças, brigas e aversão. À medida que se aproximam novamente, Ikarus e Samantha enfrentam uma batalha interna entre o amor e o ódio. A chama do amor que ainda arde em seus corações é constantemente desafiada pelos ressentimentos e pela raiva acumulada ao longo de sua jornada. Aviso: O livro pode conter profanidade, cenas de sexo picantes e até sangrentas. Se você não gosta dessas coisas, eu não recomendo que você continue!
Ler mais—Podia pelo menos fumar algo menos fedorento. —pronunciou aquela voz.
Encarei Samantha da cabeça aos pés, ao sugar a fumaça daquele cilindro preto e retirá-lo da boca soltando-a junto com a respiração.
—Não devia estar com suas irmãs? —indaguei ao estreitar minhas vistas.
—Meus pais estão com ela. E eu fico onde quiser, para começo de conversa! —me retrucou e ri daquilo ao alisar meus lábios com o dedão.
—E justamente, vem ficar onde estou. Coincidência não?! —disse irônico olhando para a lua a minha frente. —Não estou a fim de conversa contigo, e deixei explicito.
—Ikarus... —ela começou e observei-a rígida, como se tivesse dificuldade em dizer algo. Respirou fundo e disse: —... já somos adultos, e não crianças bobas. Pelo menos, devíamos fazer as pazes não?
—Quer fazer as pazes? —ri de imediato. Que a vi ficar vermelha de raiva. —Oh docinho, eu não quero nada, nem mesmo as pazes com você.
—Gostaria de saber por que me odeia tanto, o que fiz para isso? —me perguntou ao se aproximar.
Fiquei em silencio, remexendo meu maxilar ao tragar novamente aquele cigarro.
—Ikarus? Estou falando com você. Pelo menos me responde! —a encarei e simplesmente soltei fumaça em sua face, que lhe fez executar uma careta ao tossir.
—Eu não sou surdo, estou ouvindo! —respondi com desdém ao tomar mais dois goles do cantil. —Eu não gosto de você, Samantha!
—E qual o motivo? —quis saber.
—Por que isso é tão importante para você? Acho que não queria ver minha cara tanto quanto eu não queria a sua! —fui certeiro.
—Realmente. Mas...
—Mas? Samantha, você acha mesmo que eu iria me vincular a você? Nunca, ia enrolar até não poder mais. —falei ríspido. —Para mim, você é a última mulher com quem se relacionaria amorosamente.
—Nossa, falou o homem perfeito né? E que ainda abdicou do alfa, será que é tão homem assim? Ou é um moleque ainda? —quando ela cuspiu aquilo em mim, deixei meu cigarro cair ao chão e com a fúria que me predominou de imediato a joguei de encontro aquela arvore. Ouvindo um gemido fino sair dos seus lábios grossos.
Pressionei seu peito ali, que a fez segurar meu pulso.
—Acha que é quem para me ofender? —falei bufando ao encará-la de perto.
—Sou Samantha Roosevelt. Acha que tenho medo porque você é um Hoover? Para mim você foi um covarde e continua sendo. —disse furiosa.
Um ódio me consumiu ali ao piscar algumas vezes, sentindo as pontas dos meus dedos dormentes e minha visão um tanto turva. Entretanto, e por um momento uma pequena faísca emergiu de mim, e que podia cogitar ter sido da bebida, mas percebi ver ela relaxar e seu olhar mudar.
Foi tão ágil, quanto eu podia reagir no estado que me encontrava. Bêbado.
Foi como um choque entre água fria e quente, quando senti sua boca na minha. O que deixou-me perplexo e sem reação alguma.
Suas mãos me puxavam para colar em seu corpo, o que fazia meu lado bestial corresponder a aquela tensão sensual que era exercida pela a mesma. Deixei o cantil cair de minha mão rente a grama. E por um breve momento, eu a obedeci ferozmente.
Mas minha mente acordou dos meus instintos, e a empurrei de junto de mim.
—Ikarus... —ela falou ao tentar se aproximar de mim.
Pisquei algumas vezes tentando entender o que havia acontecido, e ao mesmo tempo me afastando daquela mulher. Fiz uma expressão de nojo para ela, e limpei meus lábios ao dar as costas tão agilmente e sumir numa corrida lupina entre a vegetação seca. Que só me fez ouvir:
—IKARUS! —ao fundo com sua voz ruidosa. Enquanto, tudo dentro de mim desmoronava assim como o que meus sentimentos mostravam-me.
Localização: Wichita, Kansas, Estados unidos.Samantha Roosevelt... Os dias estavam se passando de maneira tão arrastada que comecei a ficar mais unida a minha irmã Gray, continuamos assistindo filmes de comédia e entre outras coisas que nos ocasionavam boas gargalhadas. Tudo isso para afastar meus pensamentos sobre o que girava ao meu redor. Depois daquela conversa com a esposa do pai de Lucius, e Hermes, nada mais saia da minha cabeça. Quando somente eu e Gray jantávamos com nosso pai, raramente, pois ele estava à procura da nossa irmã ou trabalhando. Eu me pegava o medindo com o olhar, mas nada que o fizesse desconfiar. Contudo, minha mente estava acabada só de ficar com medo, do que ele estivesse fazendo, sabe o que lá por aí. E estava custando a acreditar que meu pai, era um assassino e entre outras coisas. Minha ansiedade em achar Ikarus para reportar tudo a ele, crescia todo santo dia. E queria poder sair de casa imediatamente ao encontro del
Logo em seguida... Segui para outro cômodo do apartamento — um espaço diferente dos demais, com um ar denso e abafado por não ter janelas. — A sala havia sido modificada com um acolchoamento nas paredes, cuidadosamente planejado para abafar qualquer som Blake havia transformado parte do próprio lar em uma câmara de interrogatório particular. Me contou uma vez por certa curiosidade minha, entre um gole de café amargo, como sempre gostava, e outro, que durante a construção do apartamento, disfarçou o projeto para os arquitetos, dizendo que queria uma sala para ensaios musicais. Um lugar para tocar guitarra, segundo ele. Uma desculpa inteligente. No entanto, para mim, o vidro especial que separava a sala do corredor entregava tudo. Era o mesmo usado em delegacias — espelhado de um lado, permitindo apenas a observação de fora. Qualquer um mais atento no meio do designer de ambientes desconfiaria. Mas, lembro que ele disse ao mesmo que iria fazer não só uma sala pa
—Então... e esse? —a voz feminina foi anunciada, enquanto adentrava aquela sala de um apartamento velho cheirando a bebida escocesa e cigarros. —Lembra, é um nove de barriga para baixo.—S-seis? —Respondeu o rapaz de pele rosada, apontando para a placa que Lizzie mostrava a ele.—Isso, você aprende rápido Vincent. Fui até o balcão para providenciar algo para me alimentar, sem atrapalhar os dois. Contudo, foi em vão.—I...Ikarus! —Disse animado ele ao me notar e correr até a mim num abraço. Retribui e me afastei bagunçando seus cabelos.—Pelo menos a Lizzie cara de limão azedo, cortou seu cabelo.—Vai a merda, Ikarus. —Bufou ela que me fez rir enquanto seguia para geladeira e agarrava uma garrafa de leite.Tomei uma golada, até ela arrancar da minha boca de repente.—Para de ser nojento, tem copo. —Disse ela pegando copos para todos, e dando um nas mãos de Vincent.—Da garrafa é mais gostoso. —evidenciei.—Assim vai ensinar o Vincent as coisas erradas. —Pronunciou ela enquan
Localização: ???Ikarus Hoover... Novamente, como uma sinfonia infernal. Aquilo emergia do meu subconsciente, para dizer que não devia estar ali ou melhor dizendo, morto. Com meus quinze anos ainda aprendendo a carregar o peso de ser o Alfa, que foi lançado de modo inesperado. O evento que acontecia a cada trinta anos estava prestes a começar, e eu recordava o misto de sentimentos de excitação e ansiedade que sentira naquela época, e que me fez tremer por dentro. Seis alcateias se reuniam no meio daquele palco, que lembrava um teatro da Grécia antiga, enquanto o povo vibrava animado para que se iniciasse algo perigoso. Enquanto minha cabeça estava cada vez mais longe como meu olhar, a única coisa que a minha mente recordava era das dicas que havia recebido de meu tio e meu pai.“Seja um animal selvagem, e defenda-se, se não será a presa!” Nossas roupas eram tangas de pele de animal, com nosso peitoral de fora e desenhos que seguiam a cultura de cada
O jantar...Depois do que havia passado minutos atrás no quarto de Lucius, agora estava à mesa com quase toda a família. Ainda faltavam Robert e Lucius para chegar.Odette estava ao meu lado, acompanhada por meus sobrinhos. A esposa do patriarca, Lucy, também estava presente, sentada com os dois filhos mais novos à sua frente. Era evidente que Archelaos herdara a calma da mãe, enquanto Achilles, era o mais rebelde, lembrava o pai no jeito de ser.Lucy era uma mulher impressionante, de beleza serena. Morena de olhos cor de mel, transmitia uma tranquilidade. Era uma presença discreta na casa, dividida entre os afazeres domésticos, o cuidado com o jardim e a dedicação aos filhos. Lembrava-me apenas de que ela era uma das irmãs de Perseu Sunsetales, o lobo que desertou da alcateia e fez a sua própria.À minha direita, Hermes estava sentado. Ele era um jovem de beleza peculiar, com cabelos loiros adornados por mechas bicolores e olhos azuis profundos, mas sempre baixos, quase como se evita
Alcateia Onix... Depois que terminamos de escolher os vestidos numa loja na cidade, voltamos à mansão dos Hoover. Era estranho ter seguranças ao nosso lado, nos escoltando e dizendo na face de todos de cada loja que saíamos que éramos podres de rica. Coisa que era verídica. Entretanto, aquilo foi depois de ter acontecido aquele momento horroroso e que manchou mais ainda a proteção da alcateia.Seria incômodo que uma guerra depois de décadas de tratados emergisse, mas estava ciente que todos tinham um tratado de paz. Menos a alcateia dos Citrinus. Eram animalescos e continuavam reclusos da sociedade, o que estava diminuindo a alcateia deles. No entanto, pensar nesses problemas deixava minha cabeça dolorida e repleta de mais preocupações.Na mansão, subi para o quarto de Odette, onde iriamos nos arrumar. Tirei da sacola um vestido preto longo, com um corte elegante que destacava minha silhueta, foi a opção melhor que encontrei na loja. Me banhei agilmente enquanto ela foi cuidar de Luk
Último capítulo