4- O primogênito

Yan

Meu reino, meu império, está em festa. Com três meses de vida, meu filho será apresentado a todos como o meu primogênito. O futuro alfa, aquele que conduzirá o império dos lobos negros após a minha partida. O alfa híbrido, descendete de uma bruxa poderosa.

Quando Marry explodiu em fogo negro, entendi o que ela quis dizer. O fogo que ela carregava era frio como a morte, não queimava, mas sugava a vida de tudo o que ela desejava sugar. E meu filho trará seu poder dentro de si, junto com a força e dominância de um alfa.

Enry está em meus braços. Tecido preto, como o carvão, bardado com fios dourados envolvem o corpo nu do meu filho.

— O primogênito do alfa! — pessoas gritavam.

— Nosso futuro rei! — outros completavam.

Com o som avassalador, meu filho abre seus olhinhos verdes e resmunga. As mãozinhas com dedinhos esticados buscam por segurança, algo que lhe tire da cacofonia histérica dos súditos que estão no pátio do castelo.

Assim que surjo na varanda destinada a discursos para o reino, o povo se cala. Agradeço a deusa mãe por calar suas bocas.

Seguro Enry com firmeza e ergo seu corpinho frágil, o povo está atento.

— Enry Kall Fury. Meu filho! Meu primogênito! O herdeiro gerado sob a benção da deusa Mãe, a deusa Lua. E seu futuro rei!

O povo vai a loucura com minhas palavras e Enry volta se contorcer agitado com o barulho.

Removo o pano que envolvia seu corpinho. A prova para todos de que ele é um macho, o primeiro filho macho do rei. Ergo-o completamente nu como parte do ritual, o mesmo foi feito por meu pai ao me apresentar para o povo como o futuro alfa.

Meu reino está protegido. Tenho um herdeiro.

O povo aplaude contemplando a bênção da deusa Lua em nossas vidas. Todos sabem que ele é filho de uma escrava, que eu não escolhi uma Luna, mas eu sou o rei, sou implacável com quem abrir a boca para falar qualquer coisa que me desagrade.

Envolvo novamente o corpo do meu filho. Se meu reino não estiver destruído até ele completar treze anos, ao completar essa idade, se segue mais uma etapa do ritual de preparação de um alfa: seu treinamento.

Com o povo ainda alvoroçado, deixo a varanda. Saindo de lá com meu filho agitado em meus braços.

Balanço seu corpinho e o aproximo do meu, sentindo sua maciez.

— Acalme-se, já vou levá-lo para a sua mãe.

Desço as escadas rapidamente, apressado. Não gosto de ver meu filho assim. Sei que quer mamar, sei que está stressado devido ao barulho intenso do povo. Por isso, vou em busca de sua mãe.

O bebê começa a chorar mais alto.

— Shh... shhh. A mamãe já vem.

Ando pelo corredor onde os aposentos da escrava se encontram.

— Marry! — berro pelo corredor e logo ela aparece em uma das portas.

Ao me ver, a mulher vem apressadamente em nossa direção.

— Enry... o que aconteceu ao meu filho? — seu olhar escuro me acerta como um soco, como me acusasse de algo. Jamais faria algo ruim para o meu filho.

— Nada, ele só está cansado e com fome.

Marry o pega de meus braços, acomodando-o nos seus. Ele começa resmungar e procurar pele leite de boca aberta. A escrava retira o seio de dentro da roupa branca, típica do uso dos escravos no castelo, e o oferece a meu filho que abocanha com voracidade.

O menino suga o leite com força, enquanto Marry caminha de volta para o seu quarto. A acompanho.

Ela percebe que a sigo, mas não fala nada.

Ao entrarmos no quarto, ela fecha a porta, senta-se na poltrona e relaxa enquanto o menino se alimenta. Ela recosta e a blusa se abre mais, mostrando o outro seio. O bico rosado entumescido.

Minha boca saliva, meu lobo quer despertar.

Aquela cena desperta o lobo selvagem em mim: ver a minha fêmea, alimentando a minha cria e com o outro seio exposto... outro bebê poderia estar se alimentando ali.

Quando vejo o líquido branco brotar do bico e formar uma gota prestes a cair, meu lobo quase é levado a loucura. Preciso colocar outro filho em seu ventre. E será esta noite.

— Marry... — rosno de forma quase incompreensível, mas ela entende o chamado e seus olhos brilhantes encontram os meus.

— Sim, majestade.

— Ao por do sol na entrada da floresta.

Ela compreende o pedido e acena. A escrava já sabe que me servirá nesta noite, depois de três meses sem sexo, preciso derramar-me em seu interior.

Poderia ter me deitado com qualquer mulher neste tempo, mas não quero que surjam boatos de bastardos meus por aí. Meus filhos serão todos vindos de uma mesma fêmea.

Saio do quarto antes que não suportasse mais, acabaria fodendo-a com meu filho se alimentando. E tenho planos para esta noite, quero sexo cru e selvagem; quero me acasalar na floresta, onde deixarei nosso cheiro, um sinal para todos sobre o meu território.

***

A noite cai e vou para a entrada da floresta. Marry está a minha espera com a roupa fina e transparente, mostrando o seu corpo nu sob ele. Sei que ela se envergonhou nas primeiras vezes, mas que se acostumou ao perceber que todos a olhavam com respeito apesar de ser uma escrava, pois era a escrava pessoal do rei, e poucas as escolhidas se mantinham por tanto tempo como ela.

Transformo-me em lobo e levo meu nariz até sua intimidade. Seu cheiro me envolve e meu corpo logo se excita. Posso sentir o cheiro do seu desejo, do seu sexo molhado ansioso para a nossa noite depois de três meses de abstinência.

“Esta noite a tomarei sob a luz da lua no meio da floresta como dois animais” — falo em sua mente, pois minha forma lupina não é capaz de proferir palavras.

Ela geme em expectativa.

Começo a andar na sua frente e ela me segue. Pelo cheiro, sei que a área está vazia. Volto a minha forma humana, completamente nu e excitado. Seus olhos vão direto para o meu sexo que pulsa ansioso.

— Retire a roupa — ordeno e ela obedece sem hesitar.

Ando em seu redor, analisando o seu corpo feminino com sinais de que deu cria recentemente. Os seios cheio de leite, a barriga ainda um pouco flácida e as estrias na lateral do seu corpo.

Minha fêmea. Meu filho fez isso ao seu corpo. Meu filho a tonou ainda mais gostosa para mim e eu colocarei outro em seu ventre, quero meu reino cheio de meus herdeiros.

Abaixo-me na sua frente. Levanto sua perna, apoio seu pé em meu ombro e sua intimidade úmida fica exposta para mim. Sinto vontade uivar. Passo a língua ali e ela geme alto.

Estimulo o seu sexo, Marry rebola em  minha face e eu já não estou aguentando mais. Desço sua perna, seu cheiro impregnado em minha face. Coloco-me de pé e ordeno a ela.

— Fique de quatro.

Ela obedece e eu me coloco atrás dela. Ergo uma perna dela para que fique mais aberta para mim e invado o seu corpo sem cerimônia. Grito com a sensação e seu grito segue o meu. Meto com força, sentindo o gozo se aproximar, as bolas se remexem e faíscas de prazer percorrem minhas veias.

Nosso suor brota por nossa pele. Ela geme e rebola, sei que está gostando tanto quanto eu deste sexo selvagem no meio da floresta.

Continuo me enterrando, sentindo o prazer me inundar e quando ela grita e me aperta de prazer, gozo e me derramo dentro da minha fêmea, até a última gota.

Retiro meu membro e observo o sêmem escorrer.

Viro seu corpo de forma abrupta e ela cai de costas no chão. Com meus olhos injetados de tesão, abro as suas pernas e vejo o líquido branco ainda escorrendo. Meu membro já está ereto novamente e a invado, reiniciado o ato.

Assim se seguirá a nossa noite.

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