Mundo de ficçãoIniciar sessãoChloe sempre foi uma menina feliz e com bons princípios, criada pela avó, que cuidou dela durante toda a vida. Porém, há uma condição para Chloe herdar a fortuna da família: ela deve se casar. Embora tenha namorado, a avó desconfia que não seja ele e propõe algo inesperado: ir a três encontros às cegas antes de tomar uma decisão. Chloe, confiante em seu relacionamento, rejeita a ideia e decide pedir o namorado em casamento. Mas o que ele nunca imaginou foi ouvir as palavras frias que destruiriam suas ilusões: —Eu amo Chloe, mas não me vejo casando com ela ou vivendo um futuro com ela. Enquanto Chloe enfrenta esta verdade devastadora, o seu destino toma um rumo inesperado. Ethan Chandra, o Alfa Supremo, que perdeu sua primeira lua, está de olho nela. Ele, forçado pelas circunstâncias, decidiu reivindicá-la como sua segunda lua, e fará o que for preciso para conquistá-la, mesmo que Chloe não tenha ideia da existência de lobisomens. Um simples humano pode controlar um lobo negro? Ou ela será consumida pelos segredos e perigos que espreitam em seu novo mundo?
Ler maisA voz da loba de Elyria ecoou em sua mente como se fosse apenas um sussurro entre a névoa de sua consciência.Mas antes que pudesse compreender a mensagem, uma dor lancinante a arrancou da conexão.As runas das pulseiras brilharam com um fulgor incandescente, consumindo a energia de Elyria e fechando brutalmente a porta que a ligava à sua loba.Sentiu como se arrancassem sua alma. Um vazio frio e cruel se instalou em seu peito, sufocando-a, deixando-a sem ar.— Emy! Não, não vá! — gritou em desespero, com a voz embargada, enquanto caía de joelhos.Durante o sofrimento de Elyria, ela não percebeu que Mairen havia se recuperado. Ainda apoiada na parede, arfando, com o olho esquerdo inutilizado — agora de um tom opaco e morto —, a loba não pretendia ficar de braços cruzados.Sabendo que enfrentar Elyria seria uma tolice, Mairen decidiu usar sua carta na manga.“Vou medir o poder e a força dessa desgraçada com meu rato de teste. Farei com que a enfraqueça e depois arrancarei os dois olhos
Elyria, que havia tentado sair da alcateia para procurar seu telefone na floresta, voltou derrotada, sentindo a frustração arder em seu peito como um fogo sufocante, já que os lobos que guardavam a barreira lhe impediram a passagem.Acontece que Gregor havia dado ordens rígidas para que não a deixassem sair sob nenhuma circunstância.— O que há de errado com esse idiota?Cada músculo de seu corpo tremia de fúria enquanto avançava a grandes passadas em direção ao escritório de Gregor.Ao chegar, tentou abrir a porta com força, mas antes que sua mão sequer tocasse a maçaneta, Ewan se interpôs em seu caminho.Ele a olhou com sua eterna expressão de calma pétrea, mas com os olhos de um amarelo profundo fixos nos dela.— O alfa não quer recebê-la agora. Disse que mais tarde irá procurá-la.Elyria soltou uma risada seca.— Isso é ridículo! Faz horas ele me defendeu como uma mãe a seu filhote, e agora não só me impõe limites, como ainda diz que não quer me ver! — rosnou, tentando empurrá-lo,
Apesar de terem se passado horas desde o incidente, Mairen ainda ardia de fúria.A raiva lhe corroía o peito como um fogo inextinguível, avivando-se a cada lembrança de como Gregor a havia pisoteado por culpa da princesa. E sua impotência era tão grande que mais da metade das roupas de Elyria jazia em farrapos no chão, reduzidas a pedaços irreconhecíveis.Batidas na porta a interromperam. Com um último resmungo, deixou cair a tesoura ao lado.Semicerrou os olhos e avançou com passo firme, convencida de que Elyria estava ali para expulsá-la mais uma vez, para esfregar em sua cara que aquele era o quarto dela e que Mairen não tinha lugar ali.Mas ao abrir a porta e se deparar com uma criada, sua expressão suavizou-se apenas um pouco. Ainda assim, não se deu ao trabalho de esconder uma careta de desprezo enquanto se apoiava no batente, observando a mulher com desdém e tédio.“Suponho que essa princesa inútil já não virá mais impor sua presença… Aposto que agora está no quarto de Gregor,
Continuação:—E à sua mãe, o que fará? —sussurrou Elyria, inclinando-se sobre a escrivaninha com um sorriso que não chegava a tocar seus olhos.Gregor a observou com o cenho franzido.—À minha mãe…? —perguntou, sem compreender a que Elyria se referia.—Sim. A ela —Elyria inclinou a cabeça—. Porque há pouco ela fez com que alguns lobos me batessem. Não deveria castigá-la?Gregor apoiou ambas as mãos na escrivaninha, com tanta força que seus nós dos dedos ficaram brancos de fúria.—Mas eu não a vejo machucada.Elyria soltou uma risada seca, quase zombeteira.—Obviamente não. Depois que me torturaram, Mairen usou seu poder de cura —explicou ela, cruzando os braços—. Mas isso não apaga o que aconteceu.Gregor aguçou o olfato, buscando qualquer rastro que confirmasse sua declaração. E lá estava… a essência de Mairen impregnada em sua pele.Um fogo denso e sufocante, impossível de controlar, ardeu em seu peito.Ergueu-se lentamente, enquanto seu olhar se tornava sombrio e letal.—Bateram em
Vinte minutos antes:O cheiro de madeira velha e umidade impregnava a cabana, misturando-se ao leve aroma metálico do sangue.Elyria estava amarrada a um poste de madeira, com os pulsos avermelhados pela fricção das cordas. Tentou se concentrar, forçando o corpo a canalizar o poder que as braçadeiras contenção não retinham por completo, mas nada aconteceu.A impotência a consumia.Um golpe fez-lhe desviar o rosto. Depois outro. Não eram golpes para matá-la, mas eram fortes o suficiente para fazer a pele arder.Seus olhos brilhavam com uma fúria sombria enquanto os dois lobos a observavam com indiferença.—Bater em um humano é como brincar com argila… são tão frágeis. Não é agradável —murmurou um deles, recuando com uma careta de desgosto.Elyria cuspiu sangue no chão, levantando o olhar com um sorriso torto.—Covardes. Vou matá-los assim que puder.—Como pensa fazer isso? Com uma faca de cozinha? —zombou um deles, provocando a risada do companheiro.De repente, a porta se abriu de gol
20 minutos antes.O sol mal começava a se filtrar pelas altas janelas quando Mairen despertou com um sorriso de satisfação no rosto.Não conseguia se lembrar da última vez que estivera de tão bom humor. A ideia de que Elyria estivesse morta a enchia de um prazer indescritível, quase embriagador.«Finalmente… finalmente me livrei daquela princesa insignificante», sussurrou para si mesma, espreguiçando-se preguiçosamente sobre os suaves lençóis de seda.Virou-se com ar despreocupado, agarrando as cobertas com um ronronar de satisfação, como um gato que acabara de se apropriar do melhor canto da casa.—Já me encarregarei de chamar o alfa supremo para dar-lhe a má notícia —murmurou com um sorriso pérfido—. Terei que inventar uma história muito convincente… algo que soe crível e trágico...—Oh, senhor! Foi um acidente terrível! Pobre Elyria! Fiz todo o possível para protegê-la, mas fui uma guardiã terrível, não a cuidei como deveria…A gargalhada desvairada que escapou de seus lábios retum
Último capítulo