Summer Monteiro levava uma vida simples no interior da Sicília até que seu mundo foi destruído pelas mãos de Gael Martínez, conhecido como Hades - um mafioso cruel que reina através do sangue e do medo. Forçada a encarar o inferno que ele criou, Summer percebe que sua inocência pode ser tanto sua maior arma quanto sua sentença de morte. Mas o que ela não esperava era despertar algo em Hades, um sentimento que ele nunca conheceu... e que pode ser ainda mais perigoso do que sua fúria. Resgatada pela mãe e pelo meio-irmão de Hades, Lucca Moretti, Summer encontra na Hungria um novo lar - e uma nova missão. Treinada para sobreviver no submundo da máfia, ela se vê cada vez mais envolvida na vingança contra Hades. Mas conforme a guerra se aproxima, Summer se vê dividida entre dois homens que representam extremos opostos: Lucca, o mafioso que a protege e a trata como uma rainha, e Hades, o homem sombrio que prometeu nunca mudar... mas que talvez esteja disposto a quebrar essa promessa por ela. Entre traição, redenção e um passado que se recusa a morrer, Summer terá que fazer a escolha mais difícil de sua vida. Quando o amor e a vingança caminham lado a lado, será possível escapar sem se queimar? ⚠️ Alerta de Gatilhos: Esta obra contém cenas de violência, coerção, abuso emocional e físico, além de lutas pelo poder. Não recomendado aos leitores mais sensíveis. A autora não compactua nem apoia tais ações.
Leer más~ Summer ~ Um ano depois O som do choro atravessa a casa enquanto a luz suave da manhã invade o quarto. Meus olhos se abrem devagar, pesados, marcados por noites mal dormidas. Não sei mais o que é dormir mais de três horas seguidas. Mas, curiosamente, não reclamo. Não desta vez. Ao meu lado, Lucca ainda tenta fingir que dorme — até que o segundo choro começa, mais agudo e exigente. — Sua filha — murmuro com a voz rouca, cutucando Lucca com o cotovelo. — Nossa filha — ele corrige, os olhos ainda fechados, mas o sorriso surgindo no canto da boca. — Aposto que é o Matteo. Ele sempre começa a orquestra. Como se quisesse provar o ponto, outro choro explode, mais grave. Matteo. — Eu disse — ele resmunga, jogando as pernas para fora da cama. — Missão dupla. Nos olhamos e rimos baixinho. Aquela risada cúmplice de quem compartilha o caos e, mesmo assim, escolheria tudo de novo, mil vezes. Levanto com ele. Meus pés tocam o chão frio, e por um segundo, olho no espelho. Me vejo diferente.
~ Lucca ~A sala estava carregada de tensão. O ar denso, saturado de olhares calculados e murmúrios abafados. Eu poderia sentir o peso dos olhos em cada canto da mansão, mas, naquele momento, nada importava além de Summer. Ela estava ao meu lado, perfeita em sua fragilidade, mas com uma força silenciosa que me deixava sem palavras. O medo estava estampado em seus olhos, mas havia algo mais ali, algo que me fazia sentir que, mesmo em um mar revolto, ela se manteria à tona.Quando Gael entrou na sala, uma sensação instintiva de perigo se acendeu dentro de mim. Eu sabia o que ele significava, sabia o tipo de homem que era. Mas, ao ver aquele olhar penetrante sobre Summer, o que vi foi uma ameaça direta, algo que não poderia permitir.A tensão cresceu na sala como uma tempestade prestes a explodir. Eu sabia que ele havia notado algo em Summer, e naquele momento, parecia que tudo o que tínhamos construído estava prestes a ser destruído. E eu não podia permitir
~ Gael ~A fumaça do charuto sobe lenta no ar, espiralando até desaparecer no teto alto do meu escritório. O copo de uísque pesa em minha mão, mas não bebo. O líquido âmbar reflete a luz do abajur, distorcendo minha expressão cansada no vidro.Summer.Seu nome ainda ecoa na minha mente como um fantasma que se recusa a partir. Faz meses que ela sumiu, levada debaixo do meu nariz, e desde então, não houve um único dia em que eu não tentasse rastrear seu paradeiro. Mas é como se ela tivesse evaporado, desaparecido sem deixar rastros.— Chefe.A voz de Marco me tira do transe. Ele está parado diante da mesa, os olhos atentos, aguardando instruções.— O evento vai começar — ele diz.A informação me faz soltar um riso seco, sem humor.— Claro que vai. E o velho Salvatore fez questão de manter a tradição de sempre convidar apenas os mais poderosos.Marco inclina a cabeça, concordando.— Exato. O que s
~ Lucca ~Os dias passam voando. Cada amanhecer traz consigo um peso maior nos ombros, e a ansiedade se torna uma sombra constante. Faltam apenas três dias para o evento. Três dias para encararmos o passado e garantirmos que o futuro não seja definido por Gael.Vamós viajar hoje, para termos tempo habil de nos instalar e conhecer o território inimigo e isso me deixa tenso.Summer percebe minha tensão. Não preciso dizer nada; ela sempre sabe. No fim da tarde, quando estou sentado no sofá do nosso quarto, massageando minhas têmporas, ela se aproxima e desliza as mãos pelos meus ombros.— Você está tenso — diz suavemente, iniciando uma massagem firme.— Difícil não estar — respiro fundo, fechando os olhos ao sentir seus dedos percorrerem minha nuca.— Vai dar tudo certo, Lucca. Nós estamos prontos.Viro-me para encará-la. Seus olhos são determinados, sem hesitação. Isso me dá forças.— Eu só quero garantir que você
~ Summer ~Acordo com o toque delicado de algo roçando meu rosto. O calor dos lençóis ainda me envolve, e o aroma inconfundível de café fresco invade meus sentidos. Abro os olhos devagar e encontro Lucca sentado na beira da cama, com aquele sorriso preguiçoso e apaixonado, segurando uma bandeja de café da manhã digna de novela.— Bom dia meu amor — ele murmura, com a voz ainda rouca de sono.Sorrio ao ver os detalhes: pães douradinhos, frutas cortadas com capricho e minha xícara de café favorita, fumegando do jeitinho que gosto. Me sento devagar, a seda da camisola deslizando pela pele, e Lucca se inclina para me dar um beijo lento, cheio de ternura.— Isso tudo é pra mim... ou tem alguma intenção escondida aqui? — brinco, com um sorriso malicioso.— É pra você. E pro... nosso bebê — ele responde, pousando a mão suavemente sobre minha barriga ainda discreta.— Ah, então agora você já sabe que é um menino? — digo, arqueando uma so
~ Summer ~Acordo cedo, sentindo a suavidade do sol filtrando pelas cortinas. Meu corpo ainda se acostuma com as mudanças sutis da gravidez, mas hoje algo dentro de mim diz que é o momento certo. Vou contar para Elza. Ela merece saber que será avó.Levanto-me com um sorriso, mais leve do que nos últimos dias. A casa está em silêncio, e decido preparar um café da manhã especial. Penso que o bolo de cenoura seria o toque perfeito. É simples, mas cheio de significado, e tenho certeza de que Elza vai adorar. Enquanto a massa bate na batedeira, o cheiro doce e acolhedor começa a preencher a casa, e, em um impulso, começo a cantarolar baixinho.Quando o bolo está no forno e o cheiro já começa a se espalhar pela casa, sigo para o escritório de Lucca, animada para dar bom dia ao amor da minha vida. Ele acordou cedo, como sempre, e imagino que está ocupado com algum dos seus compromissos. Quero surpreendê-lo, fazer algo bom para ele também. Mas, ao chegar, encontro o escritório vazio.Franzo
Último capítulo