Sob a Luz da Lua Sangrenta

Sob a Luz da Lua SangrentaPT

Lobisomem
Última actualización: 2025-06-30
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Resumen
Índice

Em uma vila esquecida pelo tempo, onde as lendas caminham ao lado dos vivos e as noites de lua cheia são regidas pelo medo, Elena, filha de um curandeiro, é guiada por um chamado misterioso que a leva ao coração proibido da floresta. Lá, ela encontra Lucas, um forasteiro marcado por uma maldição ancestral: ele é um lobisomem, dividido entre o homem que deseja ser e a fera que habita seu sangue. Quando uma antiga profecia ameaça despertar um clã de lobisomens selvagens — liderado por seu próprio irmão — Elena e Lucas são forçados a unir forças. Em uma jornada através de montanhas gélidas, templos esquecidos e segredos enterrados, eles enfrentarão criaturas sombrias, provações mágicas e o peso de escolhas que podem salvar ou destruir tudo o que conhecem. Entre a luz do amor e a sombra da fera, Elena terá que decidir até onde vai para salvar um coração condenado — e o próprio mundo.

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Capítulo 1

Capítulo 1 - A Vila e as Sombras

O céu daquela noite parecia mais escuro do que o habitual, como se as estrelas tivessem decidido se esconder por algum motivo que os homens ainda não compreendiam. As árvores altas da floresta balançavam levemente, embaladas por um vento que sussurrava nomes esquecidos. Elena sentia algo no ar — não medo, exatamente, mas uma inquietação que fazia sua pele arrepiar.

A aldeia de Varnell adormecia ao longe, envolta pela bruma leve que descia das colinas. Ela caminhava em silêncio pelos limites da floresta, os pés descalços pisando com cuidado sobre o chão úmido. Tinha ido até ali para pensar. Para fugir dos olhares pesados e das perguntas sussurradas. Desde a morte de sua mãe, tudo parecia suspenso. As pessoas falavam em maldição, em destino. Em sangue.

Ela odiava esse tipo de conversa.

O silêncio era quebrado apenas pelo som ritmado do riacho próximo e pelos galhos estalando sob o peso de algum animal noturno. Elena ergueu o olhar, os olhos fixos em uma das trilhas que levava mais fundo na mata. Era como se algo a chamasse. Um sussurro inaudível, mas insistente.

Não deveria seguir adiante. A floresta à noite não era lugar para uma jovem sozinha. Mas ela foi.

Cada passo parecia afundá-la mais em uma realidade paralela. As árvores pareciam observar. A névoa ganhava forma. E então, ela o viu.

Primeiro, apenas uma sombra entre os troncos. Depois, um par de olhos prateados brilhando sob a luz da lua que enfim surgira entre as nuvens.

Elena parou.

A figura surgiu com elegância contida, como se o próprio ar se moldasse em torno dele. Alto, cabelos escuros e selvagens, vestia roupas simples, mas carregava uma presença impossível de ignorar. Um estranho.

— Não é seguro andar sozinha por aqui — disse ele, a voz grave, mas suave.

Ela não recuou. — E você é quem para dizer isso?

Um sorriso leve tocou os lábios dele, como se sua ousadia o divertisse. Mas não respondeu. Limitou-se a observá-la.

Algo nele era familiar, e ainda assim... errado. Como se ela o conhecesse de um sonho. Ou de um pesadelo.

— Está me seguindo? — Elena perguntou, cruzando os braços.

— Talvez eu estivesse apenas esperando — respondeu ele, enigmático.

Ela franziu a testa. — Esperando por mim?

Ele não respondeu. Deu um passo à frente, e ela instintivamente recuou. Foi nesse momento que percebeu: não havia som algum ao redor. Nenhum animal. Nem mesmo o vento. Só os dois.

— Quem é você? — insistiu.

Ele inclinou levemente a cabeça.

— Você descobrirá em breve.

Ela tentou conter o arrepio que percorreu sua coluna.

— Isso não responde minha pergunta.

— E se eu disser que sua vida está prestes a mudar?

Elena sentiu um frio tomar conta de seu corpo. Não era ameaça. Era uma promessa.

Ela deveria ter fugido naquele instante. Mas algo mais forte a prendia ali. Algo nos olhos dele.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, um uivo ecoou à distância. Longo. Cortante. Selvagem.

Os olhos dele se estreitaram, e por um instante, Elena viu sua expressão mudar — os traços se tornarem mais duros, mais... instintivos.

— Preciso ir — disse ele, virando-se.

— Espere! — ela tentou alcançá-lo, mas a névoa pareceu crescer ao redor. Num piscar de olhos, ele desapareceu entre as árvores, como se nunca tivesse estado ali.

Elena ficou sozinha, o coração disparado. Os galhos estalaram mais uma vez atrás dela, e dessa vez, o som foi real. Pesado. Como de algo que não deveria estar ali.

Ela se virou lentamente. E então viu — não uma figura humana, mas algo enorme, de olhos brilhantes e pele que parecia feita de sombra e músculo.

E o mais assustador: os olhos eram os mesmos do homem que acabara de desaparecer.

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Capítulo 1 - A Vila e as Sombras
Capítulo 2 - Vozes na Névoa
Capítulo 3 - O Forasteiro
Capítulo 4 - Rastros de Sangue
Capítulo 5 - O Círculo de Pedra
Capítulo 6 - Sob a Pele da Fera
Capítulo 7 - Ecos da Primeira Lua
Capítulo 8 - Sangue Antigo
Capítulo 9 - O Segundo Altar
Capítulo 10 - A Lua Vermelha
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