O dia seguinte amanheceu silencioso e frio. A clareira marcada pela batalha contra os Devotos da Máscara estava irreconhecível. Galhos queimados, raízes partidas, e o cheiro de cinzas pairando no ar como o lamento de uma floresta ferida.
Elena sentou-se à beira do altar de pedra, os olhos fixos nos dois selos — o Coração do Início e o Selo Âmbar da Casa dos Espinhos — repousando juntos sobre uma manta cerimonial. Embora aparentemente intactos, ela sentia algo diferente neles. Como se estivessem se transformando por dentro, absorvendo o impacto do que haviam testemunhado.
— Eles estão... mais pesados — disse Kaela, ao se aproximar. — Como se carregassem memórias novas.
— Ou feridas novas — completou Elena. — Como se estivessem começando a entender que essa aliança pode não sobreviver.
Kaela se ajoelhou ao lado dela. Havia uma marca escura no pulso da feiticeira, deixada por um toque de um dos encapuzados. Ela a observava com calma.
— Nunca achei que os selos fossem apenas ferramentas —