A aurora estremeceu antes mesmo do sol surgir. Raios pálidos de luz prateada atravessaram as fendas das nuvens, banhando o alto da Torre da Casa da Névoa. Elena despertou com o coração acelerado, ajoelhada diante do altar onde descansava o Coração do Início — agora fundido com todos os selos ancestrais. A pedra pulsava com um brilho suave, como um farol interno que marcava o compasso de sua própria vida.
Ao seu lado, Kaela abria os olhos lentamente, o rosto iluminado pelo reflexo da lua ainda alta no céu. Malrik estava de pé, afiado e silencioso, limpando o fio da adaga que usara na última batalha. Aedan chegava por trás, mantendo-se em vigília permanente. Todos sentiam: algo mudara no ar desde que reuniram o último selo.
— Conseguimos — sussurrou Kaela, tocando o manto labareda do Selo da Cinza. — Mas sinto que não é tempo de comemorar.
Elena guardou o Coração em uma bolsa de couro. A fumaça mágica dos selos ainda se misturava ao vento.
— Eles estão se reagrupar — disse Aedan, a voz