Andreas é o Alfa dos Alfas, a criatura mais poderosa do mundo licantropo, o rei absoluto entre os lobisomens — ou matadores, como alguns preferem chamar. Durante muitos anos, ele manteve sua espécie escondida dos humanos. Às vezes, permitia que seus lobos se casassem com humanos apenas como distração, mas, no fundo, o ódio que Andreas nutria pela humanidade era implacável. Esse ódio era tão intenso que o levava a matar qualquer lobo que ousasse se unir de verdade a um humano, mesmo que esse fosse o seu companheiro destinado. Para sobreviver, os lobos precisavam rejeitar suas companheiras humanas ou encarar a morte certa pelas mãos de Andreas. Mas a Deusa da Lua, cansada de sua crueldade, decidiu puni-lo. Como vingança, amaldiçoou o Alfa, tornando uma humana sua verdadeira companheira. Agora, Andreas terá de enfrentar o destino: aceitará essa mulher ao seu lado ou preferirá matá-la para manter sua honra e seu ódio intactos? E se essa humana, chamada Anabela, for justamente a única capaz de despertar o coração selvagem do lobo mais temido do mundo?
Ler maisO silêncio que pairava após a batalha final ainda era estranho para todos. Depois de tanto tempo de guerra, perseguições e medo constante, o simples som da natureza voltando à sua rotina parecia quase um milagre. Os ventos já não traziam o cheiro de sangue e destruição, e a lua, que antes se cobria de sombras, agora brilhava limpa, como um lembrete da promessa da Deusa.As criaturas sobrenaturais que sobreviveram estavam, pouco a pouco, tentando voltar às suas vidas. O mundo estava diferente. As marcas da guerra eram profundas, mas ao mesmo tempo, havia uma sensação de recomeço, de páginas sendo viradas.O destino de ErosO alfa Eros, do Alasca, caminhava pelo jardim do refúgio dos híbridos de mãos dadas com Branca, sua filha. Ao lado dela estava Arthur, seu companheiro, segurando uma das crianças no colo. O reencontro entre pai e filha havia sido emocionante, cheio de lágrimas e arrependimentos.— Eu perdi tanto tempo tentando controlar você… — Eros confessara, ainda na noite anterio
O silêncio que pairava após a batalha final ainda era estranho para todos. Depois de tanto tempo de guerra, perseguições e medo constante, o simples som da natureza voltando à sua rotina parecia quase um milagre. Os ventos já não traziam o cheiro de sangue e destruição, e a lua, que antes se cobria de sombras, agora brilhava limpa, como um lembrete da promessa da Deusa.As criaturas sobrenaturais que sobreviveram estavam, pouco a pouco, tentando voltar às suas vidas. O mundo estava diferente. As marcas da guerra eram profundas, mas ao mesmo tempo, havia uma sensação de recomeço, de páginas sendo viradas.O destino de ErosO alfa Eros, do Alasca, caminhava pelo jardim do refúgio dos híbridos de mãos dadas com Branca, sua filha. Ao lado dela estava Arthur, seu companheiro, segurando uma das crianças no colo. O reencontro entre pai e filha havia sido emocionante, cheio de lágrimas e arrependimentos.— Eu perdi tanto tempo tentando controlar você… — Eros confessara, ainda na noite anterio
O silêncio após a partida da Deusa da Lua ainda ecoava no coração de todos. O decreto estava feito, e a verdade pesava como uma corrente em cada alma: nenhum sobrenatural encontraria seu companheiro até que Selene, a reencarnação da Deusa, estivesse pronta para cumprir o destino.Entre suspiros de desespero e murmúrios de esperança, as criaturas sobreviventes começaram a se mover. Era hora de reconstruir. O campo de batalha, antes tomado pelas sombras, agora era apenas terra marcada pelo sangue e pela poeira.Bruxas erguiam mãos para purificar o ar. Lobos se ajudavam, curando feridas e recolhendo os corpos daqueles que não resistiram. Homens-fera e vampiros, tão poucos que restaram, juntavam forças para erguer tendas improvisadas. Ali, no meio de um mundo quebrado, nascia uma promessa de renascimento.Mas no centro de tudo, Andreas não se importava com o barulho ao redor. Seus olhos estavam fixos apenas em Annabelle.Ela repousava em seus braços, exausta, como se o corpo fosse pequeno
O campo de batalha estava em silêncio. Apenas o vento frio corria entre as ruínas, levando consigo o cheiro da fumaça que ainda subia de alguns destroços. Os guerreiros sobreviventes, lobos, bruxas, híbridos e homens-fera, estavam reunidos em volta de Annabelle, que mal conseguia se manter de pé.Se não fosse por Andreas, seu companheiro, que a segurava firme em seus braços, ela já teria desabado. O corpo de Annabelle estava exausto, drenado até a última gota de energia. Sua pele estava pálida, os olhos semicerrados, mas havia algo ali… algo que não pertencia apenas a ela.Uma luz prateada envolveu seu corpo, irradiando como um clarão suave que se espalhava por todo o campo. O poder da lua brilhava através dela. Não era mais Annabelle quem falava — era a própria Deusa.O silêncio se aprofundou. Todos os olhares estavam fixos nela. Até mesmo o vento pareceu parar, como se a própria natureza aguardasse o recado divino.A voz que saiu de Annabelle não era sua. Era mais profunda, ecoava c
O ar estava pesado, impregnado com o cheiro de cinzas e sangue. O campo de batalha já havia silenciado, mas uma última presença ainda permanecia: Maginos, o traidor, aquele que um dia foi alfa, mas que agora não passava de um espectro deformado pela escuridão.Seu corpo já não lembrava o de um lobo. Não havia pelos, não havia carne como a de um ser vivo. Apenas um amontoado de sombras retorcidas que se moviam como tentáculos, sustentando uma figura humanoide de olhos rubros. Sua pele, quando ainda se via algum traço, parecia queimada, rachada, como carvão prestes a se apagar.Ele rugiu contra o céu, sentindo o poder da Deusa que ainda reverberava na terra. O ódio queimava dentro dele, mas sua força já não era a mesma. O pacto que fizera com o demônio poderoso havia lhe dado o que sempre quisera — poder, destruição, domínio sobre as sombras — mas agora cobrava o preço final.Maginos já não era mais um alfa. Já não era lobo. Já não era sequer vivo.Ele era apenas uma sombra caminhando p
O campo de batalha estava em silêncio, apenas o brilho da lua iluminava os rostos dos sobreviventes. Muitos ainda não acreditavam no que haviam visto. Annabelle permanecia erguida, envolta pela luz prateada que já não parecia apenas energia, mas sim a própria presença da Deusa encarnada. Seus olhos ardiam como duas estrelas, e sua pele cintilava como se tivesse se fundido ao luar.O silêncio durou apenas alguns segundos, até que a terra começou a tremer suavemente. Um vento sereno percorreu os campos, carregando com ele o cheiro das flores, da chuva e da vida. O que todos não sabiam é que a purificação ainda não havia terminado. A Deusa tinha muito mais a fazer.Annabelle ergueu os braços em direção ao céu. A lua, já plena e magnífica, brilhou ainda mais, iluminando cada canto da terra. O clarão não ficou apenas no refúgio: ele se expandiu como ondas prateadas, correndo para além das fronteiras, atravessando florestas, mares e montanhas.As ondas de luz alcançaram as cidades destruída
Último capítulo