Paloma manteve-se próxima a César, o braço dele lhe servindo de guia naquele mar de desconhecidos.
Ele caminhava com segurança, o olhar firme, cumprimentando conhecidos com um aceno discreto ou um aperto de mão. Não demorou para que os primeiros viessem até eles.
— César! — exclamou um homem de estatura mediana, cabelos grisalhos nas têmporas e sorriso expansivo. Seu sotaque carregado denunciava que era um nordestino puro. — Faz tempo demais, homem! Pensei que tinha se esquecido dos amigos da Paraíba.
César abriu um raro sorriso.
— Aldo, você não muda nada. Continua o mesmo.
O tal Aldo riu, abraçando-o de maneira calorosa. Havia nele um ar afável, em contraste com a sobriedade de César. Quando seus olhos se voltaram para Paloma, o sorriso se manteve.
— E esta mocinha? — perguntou, com genuína curiosidade.
César apoiou a mão nas costas dela, apresentando-a com firmeza:
— Esta é Paloma, minha esposa.
O coração dela deu um salto. Aquela palavra dita em público, com tanta clareza, ecoou d