Paloma arregalou os olhos quando César simplesmente tomou a mala de suas mãos, abriu o zíper e despejou todas as roupas sobre a cama.
— Ficou louco?
— Sim. Estou louco, Paloma. — largou a mala e apoiou as mãos na cintura, o peito arfando, tentando parecer no controle. — E você não vai embora.
Ela bufou, incrédula.
— Eu não estou entendendo nada, sabia? Por que não aproveita que eu estou te deixando livre?
— Livre? — ele deu um passo à frente, a voz baixa, mas carregada de tensão. — Eu não sou livre desde o dia em que você entrou na minha sala, me encarou com esses olhos e ameaçou me processar. A partir dali, Paloma, eu fiquei preso em você.
Ela o olhou, confusa, com o coração acelerado.
— Você está mais louco do que eu imaginava. Não fala coisa com coisa. — deu um passo para trás, sentindo o ar rarefeito entre eles. — Daqui a pouco vai acabar dizendo que gosta de mim.
Os olhos dele brilharam. Um sorriso lento, perigoso, surgiu em seus lábios.
— Não percebeu, Paloma?
— Percebi o quê?
—