Capítulo 97

Paloma arregalou os olhos quando César simplesmente tomou a mala de suas mãos, abriu o zíper e despejou todas as roupas sobre a cama.

— Ficou louco?

— Sim. Estou louco, Paloma. — largou a mala e apoiou as mãos na cintura, o peito arfando, tentando parecer no controle. — E você não vai embora.

Ela bufou, incrédula.

— Eu não estou entendendo nada, sabia? Por que não aproveita que eu estou te deixando livre?

— Livre? — ele deu um passo à frente, a voz baixa, mas carregada de tensão. — Eu não sou livre desde o dia em que você entrou na minha sala, me encarou com esses olhos e ameaçou me processar. A partir dali, Paloma, eu fiquei preso em você.

Ela o olhou, confusa, com o coração acelerado.

— Você está mais louco do que eu imaginava. Não fala coisa com coisa. — deu um passo para trás, sentindo o ar rarefeito entre eles. — Daqui a pouco vai acabar dizendo que gosta de mim.

Os olhos dele brilharam. Um sorriso lento, perigoso, surgiu em seus lábios.

— Não percebeu, Paloma?

— Percebi o quê?

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