A música agora ecoava forte, o ritmo quente de um forró adaptado fazia os convidados baterem palmas e sorrirem, enquanto pares se aventuravam na pista improvisada. Paloma olhou para César, sentindo a coragem surgir dentro dela.
— Vem, quero dançar. — disse, quase em súplica, mas com um brilho nos olhos.
Ele a fitou por um instante, sério, como se fosse recusar. O coração dela se apertou. Então, para sua surpresa, César estendeu a mão, puxou-a pela cintura e a levou para o centro.
— Vamos dançar, então.
Ela riu, aliviada.
Os passos dele eram firmes, simples, mas se ajustavam aos dela como se sempre tivessem dançado juntos. O vestido leve de Paloma rodava quando ele a girava, e ela sentiu uma onda de alegria pura. Esqueceu as palavras venenosas, os olhares atravessados, as inseguranças. Ali, só havia o calor da música e os braços dele em sua cintura.
— Você dança bem — disse, sorrindo.
— Não tanto quanto você. — Ele respondeu sem sorrir, mas o tom tinha algo de cúmplice.
Rodaram pela pi