Paloma manteve os olhos fixos no vestido sobre a cama, o coração disparado. O silêncio no quarto era tenso, quebrado apenas pela respiração compassada de César.
— Por quê? — ela perguntou, a voz baixa, mas firme. — Por que agora?
César passou a mão pelo queixo, pensativo, antes de responder:
— Porque minha mãe tem razão. — Seus olhos encontraram os dela, sérios. — Falhei em mantê-la longe dos olhares e das línguas venenosas. Deveria ter mostrado você aos meus amigos, desde o início. Deveria ter protegido sua imagem, mas deixei que fizessem de você o que quiseram.
Paloma franziu o cenho.
— Não foi só isso. — murmurou. — Você não conteve os boatos sobre Leliana. Todos acreditam que ela ainda é a mulher certa para você.
Ele suspirou, visivelmente contrariado.
— É verdade. — admitiu, sem desviar o olhar. — Não coloquei fim aos comentários. Mas quero deixar claro: não houve nada entre nós desde que ela se casou com Jonas. Nada.
— Mas todos pensam o contrário… — disse Paloma, a voz carrega