A primeira reação de Paloma foi de raiva.
— O quê?! — ela exclamou, sentindo o calor subir ao rosto. — Ninguém pode substituir o Charles!
A simples menção mexia com algo sensível dentro dela; a morte do primo ainda era uma ferida aberta.
Nicacio Prates se desmanchou em desculpas.
— Me desculpe, — o homem hesitou, procurando as palavras. — Não quis ser desrespeitoso.
Ela respirou fundo, tentando controlar a emoção.
— Ele era meu primo. Quase um irmão.
— Entendo. — Nicácio ajeitou a postura, a voz mais baixa. — E, se me permite, é uma honra poder continuar o trabalho que ele começou.
Paloma logo percebeu que tinha sido injusta.
Claro que ele não tinha “tomado” o lugar de Charles, só estava no mesmo ramo que ele.
Ainda assim, aquele homem podia saber alguma coisa sobre o primo, sobre sua descoberta, suas pesquisas...
Ela forçou o sorriso mais simpático que conseguiu e Nicácio Prates parou de se desculpar.
— Eu sou a Paloma. Não devia ter me exaltado com o que você disse, mas a morte