O sol atravessava suavemente as janelas da casa Bragança naquela manhã, filtrado pelas cortinas brancas do quarto recém-reformado, agora adaptado para o conforto da pequena Lara. Luna estava sentada na poltrona de amamentação, com a filha aconchegada ao peito, os olhos fixos na expressão serena da bebê que se alimentava calmamente.
Cada pequeno suspiro de Lara, cada bocejo, cada movimento dos dedinhos minúsculos era, para Luna, um milagre. A vida inteira parecia ter sido um enorme labirinto que finalmente encontrava sua saída naquele instante de plenitude silenciosa.
Leonel entrou no quarto com uma bandeja de café da manhã.
— Você acordou antes do despertador de novo — ele comentou, sorrindo.
— Eu acordo com ela — Luna respondeu, fazendo carinho nos cabelos da bebê. — Como se o meu corpo sentisse quando ela precisa de mim… mesmo antes do choro.
— Eu sinto o mesmo — ele disse, ajoelhando-se ao lado das duas. — Às vezes, só de ouvir a respiração dela, meu coração parece... reorganizar t