O céu estava limpo, com o sol se derramando sobre a cidade em tons dourados. Luna caminhava devagar pelo jardim da nova casa com as mãos apoiadas nas costas, tentando aliviar o desconforto da barriga. O tempo parecia desacelerar, como se respeitasse o momento delicado que ela vivia: o entrelaçar do fim de uma etapa e o nascimento de outra — literal e simbolicamente.
Leonel a observava da varanda, encantado. Aquela mulher, antes arredia, marcada pelas cicatrizes da vida, agora transbordava luz. Uma deusa terrena, forte e serena, prestes a dar à luz o fruto de um amor que nasceu entre espinhos e floresceu contra todas as apostas.
— Está tudo bem aí? — ele chamou, com um sorriso.
— Está. Só… pesado — Luna respondeu, rindo, enquanto massageava a base da barriga. — Esse bebê resolveu crescer em dobro nesse último mês.
Ele desceu os degraus correndo e foi até ela.
— Vamos entrar. Você precisa descansar um pouco.
— Eu preciso me mover. Sentada o dia todo, fico ainda mais inchada.
— E se ele