QUEM É O  LOBISOMEM NO QUINTAL?

QUEM É O LOBISOMEM NO QUINTAL?PT

Fantasia
Última actualización: 2025-11-14
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Quem é o Lobisomem no Quintal? Quando a tranquilidade da casa é quebrada por uivos que atravessam a noite, a família percebe que algo muito além do imaginável ronda o quintal. Entre marcas de garras, cheiros desconhecidos e sombras que parecem se multiplicar, uma pergunta começa a ecoar: quem — ou o que — está lá fora? À medida que a narrativa se desenrola, descobrimos que o lobisomem não é apenas uma criatura solitária, mas o ponto de partida para uma metamorfose inesperada que envolve várias gerações de uma mesma linhagem. Sabores proibidos, instintos despertos e um toque de humor macabro se misturam enquanto o inferno observa, comenta e, por vezes, orienta. Com atmosfera mística e um fio de ironia demoníaca, Quem é o Lobisomem no Quintal? revela que nem todo monstro vem para destruir — alguns vêm para revelar verdades escondidas, rearrumar o caos familiar e provar que, no fim das contas, nem o diabo resiste a uma boa história de lobisomens em noite de transformação.

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Capítulo 1

PREFÁCIO QUEM É O LOBISOMEM NO QUINTAL?

Autora: Andréia Morena de Mello Murbach
Filha de: André Murbach e Alba de Mello Murbach
Nascida em: 15/02/1969 — Pitanga/PR
Formada em: Artes Visuais — UNIP Guarapuava

Dedico este livro aos amigos que amam a alegria, que são felizes e lutam pelo que desejam —

entre eles, Júlio César Teixeira dos Santos.

Esta história gira em torno de uma mulher que passava a vida observando — e julgando — os vizinhos, apenas para encontrar motivos para acusá-los. Ao morrer, ela passa a viver na escuridão espiritual, entendendo que esse destino é fruto de suas próprias escolhas: do que fez, falou, pensou e, principalmente, do que deixou de fazer quando deveria.

Para que aceite que é merecedora de tal condição, viverá diversas experiências na escuridão até perceber o que fez de sua última vida encarnada — e de todas as anteriores. Ela dará muito trabalho aos demônios.

Em sua última passagem pelo mundo dos encarnados, vivia perturbando a vizinhança com sua falsa moralidade e sua vontade de interferir na vida íntima alheia. Casou-se, ficou viúva, e passou a detestar ver alguém feliz, já que ela mesma não tinha ninguém ao lado para compartilhar a própria felicidade. Seu prazer era tornar infelizes todos ao seu redor — do “maternal” à “idade geriátrica”.

Entenda por “maternal” o início da vida sexual; “creche”, a fase da vida sexual ativa; e “idade geriátrica”, o grupo dos “enta” — quarenta, cinquenta, sessenta e assim por diante — o período final do ciclo sexual. Maternal e geriátrica são semelhantes por viverem relações esporádicas, mas diferentes porque um inicia o ciclo enquanto o outro o encerra.

Em resumo, ela viveu sendo má. Sua consciência não a deixava dormir, e a insônia lhe dava tempo de atormentar os demais. Ao morrer, presa às próprias convicções, foi parar no umbral. Por não querer se afastar de tudo e de todos — e por ter o hábito de controlar tudo ao redor, fossem pessoas ou objetos —, lutará para permanecer próxima dos encarnados e fazer com que eles façam o que ela acredita ser certo.

Quando finalmente perceber que desencarnou, tentará se divertir às custas das pessoas e buscará maneiras de se fazer presente na vida daqueles que ainda vivem. Ela tentará assombrá-los, atrapalhando sempre o “fogo no parquinho” da turma encarnada — entenda por “fogo no parquinho” a vida sexual.

Desejará, a todo custo, permanecer viva na memória dos que conheceu, procurando aparecer para eles e trazer desespero, já que agora vive no umbral, mesmo sabendo que, em vida, foi uma mulher profundamente equivocada.

Silvânia — assim se chamava — é o tipo de pessoa que vive a vida dos outros e para os outros. Pessoas assim não se importam com Deus nem com a espiritualidade positiva. Seu foco é prejudicar o próximo de todas as formas possível; por isso, quando morrem, ficam presas à Terra e ao ontem, tornando-se prisioneiras da escuridão espiritual.

Após a morte, buscam visitar pessoas — em sonhos ou em lembranças — para permanecerem por perto. Silvânia tinha locais e pessoas que queria atingir, pois acreditava possuir alguma autoridade sobre elas, autoridade essa que nunca teve, pois não é Deus. Depois de morta, ainda deseja obter o que não conseguiu em vida. Como muitos espíritos atormentados, não se importava com ninguém.

As pessoas que esses espíritos tentam assombrar são, via de regra, aquelas às quais fizeram muito mal. Quando não conseguem perturbar a mente dessas pessoas — especialmente quando o ódio delas é grande, mas a pessoa-alvo é pura e não guarda rancor —, buscam atingir quem não tem nada a ver com a história. Assim, acabam atormentando pessoas inesperadas, geralmente aquelas de quem tinham medo em vida.

O demônio, ao lidar com essências repetitivas no erro e na ignorância, transforma esses espíritos em lobisomens — criaturas destinadas a assombrar a vida de quem o universo deseja que evolua, mas que está muito aquém desse caminho.

Entre os atingidos está a figura emblemática de um assassino de facções criminosas que, ao ouvir falar do lobisomem, se arrepia até o último fio de cabelo. Ele não teme assombrações comuns, mas teme o lobisomem, pois entende, de certo modo, que essa entidade vem vingar as mortes de pessoas assassinadas por matadores profissionais. Sendo um deles, teme ser alcançado um dia.

Poucos têm uma percepção real do que é o lobisomem. Ele é um deles.

A vida mostrará muitas faces para muitas pessoas. Muitos têm medo de lendas e mistérios sobrenaturais e dirão que o lobisomem é apenas invenção de quem vive no espiritismo. Porém, se forem de mau caráter, serão decepcionados: estes sim o verão — e serão atingidos. Já os inocentes sequer notarão sua presença e acreditarão que ele não existe.

Para alguns, o monstro será fruto da imaginação. Para outros, será real, pois sua energia espiritual corresponderá à dele. A criatura sanguinária só alcança seres igualmente sanguinários, que sugam a vida das pessoas com maldades, manipulações, exploração e morte.

Inocentes raramente percebem os desencarnados, pois são da luz, enquanto aqueles são da escuridão. Mentores espirituais os protegem e impedem a aproximação.

Assim, veremos como a crença, a bondade — ou a banalização do mal — molda a forma como cada personagem enxerga o mundo ao seu redor. Dizem os médiuns que tudo o que você teme com força, você atrai; e tudo o que abusa, também atrai. Espiritualistas, religiosos, médicos e cientistas concordam que a mente pode nos mostrar coisas assustadoras, especialmente em sonhos, que revelam cicatrizes emocionais e espirituais.

Para cada personagem, os presságios da criatura serão diferentes. Alguns perceberão até nos bocejos constantes — que, segundo espiritualistas, são sinais de presença sobrenatural.

A fé ajuda muitos, mas prejudica outros: fanáticos acabam chamando influências negativas pela insistência em falar delas. Cada crença explica o que pode haver do outro lado da vida, mas certezas ninguém tem. E quando o lobisomem aparecer, todos se agarrarão ao que acreditam.

A curiosidade humana fará muitos se meterem onde não devem. Tentar comprovar o que não compreendem trará consequências. Manifestar-se sem preparo pode prejudicar tanto o encarnado quanto o espírito que quer chamar atenção.

Em sua última encarnação, nossa “beata” foi filha de um pai escravocrata e cruel; por isso, sua família permanece presa em uma dimensão onde as sombras sempre os alcançam. Em noites de lua cheia, ela e seus familiares infernais se reúnem em um círculo. Homens e mulheres se unem numa forma masculina que, vista de longe, parece ora cão, ora homem — um verdadeiro lobisomem.

Alguns médiuns conseguem percebê-los e se unem para libertá-los, levando-os à luz. Com isso, o lobisomem desaparecerá das matas, mas na verdade os libertos serão os médiuns — não os lobisomens.

As reações aos acontecimentos serão variadas. Até o final, muitas situações ocorrerão, inclusive pessoas tentando brincar com o fenômeno e levando uma forte resposta do desconhecido.

Alguns personagens terão suas vidas transformadas pelo aparecimento do lobisomem, acreditando estar sendo assombrados por causa de seus próprios passados sombrios.

Chegará um momento em que cada um verá no rosto do lobisomem aquilo que precisa acertar em sua própria vida.

Uma história cheia de nuances que fará você rir, mas também refletir sobre os motivos pelos quais tememos tantas coisas.

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