O Criador, em sua sabedoria silenciosa que permeia todos os mundos, nos concede o direito de escolha.
Não é um presente trivial.
É o maior e mais perigoso dom que um ser pode receber.
Pois toda escolha nos conduz inevitavelmente a consequências — e estas, por mais que tentemos negar, pertencem exclusivamente a nós e ao rastro de intenções que deixamos pelo caminho.
Dentro de cada ser humano repousam dois arquétipos ancestrais:
o lobisomem — símbolo das sombras, dos instintos, do descontrole;
e o anjo — símbolo da luz, da lucidez e da consciência mais elevada.
Ninguém nasce pré-escolhido.
Somos nós que decidimos, a cada gesto, pensamento e silêncio, qual deles alimentamos até que se torne dominante.
Ser o lobisomem pode ser aterrorizante; ser o anjo, igualmente.
Ambos exigem coragem — um para domar-se, outro para iluminar-se.
E ambos são partes que o Criador colocou em nós, porque nada no universo é acidental.
O amor que sentimos nasce da essência luminosa com a qual fomos mold