Hayla Baker só queria sobreviver à rotina caótica da empresa da família. Gregori Klaus, CEO de uma das maiores redes de hospitais, só queria uma secretária que não o tirasse do sério. Mas quando os dois colidem — literalmente — o que começa como um embate entre chefe e assistente se transforma em um jogo perigoso de tensão, segredos e desejo. Entre ameaças sombrias, traições internas e uma paixão proibida, confiar pode ser fatal... e resistir, será impossível.
Ler maisTempo depois… Ela… Nunca, em meus sonhos mais absurdos, imaginei que a vida pudesse me conduzir a este momento. O caminho foi tortuoso, marcado por cicatrizes profundas, noites sem fim e batalhas que pareciam insuperáveis. Mas agora, enquanto observo Klaus, meu marido, com um sorriso que ilumina o mundo, brincando com nosso pequeno Gael, sinto meu coração transborda. É uma gratidão tão gigantesca que quase não cabe no peito — gratidão por termos sobrevivido, por termos nos encontrado, por termos construído algo tão real, tão puro. A sala está banhada pela luz dourada do sol em uma tarde ensolarada, seus raios dançam pelas cortinas e acaricia o rosto de Gael enquanto ele ri, correndo em círculos com sua energia inesgotável. Cada gargalhada dele é como um hino à vida, um lembrete de que, mesmo após as tempestades mais escuras, o amor sempre encontra uma maneira de florescer. Sento-me a
Autora…A brisa quente do início da noite acariciava o rosto de Hayla, enquanto ela mantinha os olhos vendados, completamente entregue à direção firme de Klaus. O som das hélices do helicóptero havia desaparecido há alguns minutos, e agora o único barulho era o das ondas quebrando suavemente na areia e o farfalhar das palmeiras dançando com o vento.— Estamos quase lá — sussurrou Klaus pertinho do seu ouvido, com a voz rouca e baixa, provocando arrepios por todo seu corpo.Ela sorriu nervosa, sentindo o coração bater acelerado. Estava descalça, ele havia tirado sua sandália com muito cuidado e carinho, assim que deixaram o helicóptero. E agora ela estava sendo conduzida pelas mãos firmes do marido por um caminho de areia macia e fofa. A cada passo, ela ficava mais ansiosa.Ainda não fazia ideia de onde estavam, mas havia algo na brisa, no cheiro do mar e na textura da areia que lhe parecia familiar... íntimo.Klaus parou. Tirou
Nós…Não havia centenas de convidados, nem flores em excesso.Não havia vestido extravagante, nem músicas ensaiadas para impressionar.Havia o céu.O mar calmo.A brisa leve que brincava com meu cabelo.E havia ele.Klaus.Meu futuro. Meu agora.Optamos por um casamento intimista, nada de listas intermináveis ou protocolos. Queríamos algo que fosse só nosso — que tivesse a nossa verdade, a nossa simplicidade, o peso e a leveza do que havíamos construído.E ali, à beira de um penhasco com vista para o mar, cercados por poucos amigos e pela presença silenciosa do amor que nos unia, eu soube que havíamos acertado.Meu vestido era leve, com mangas delicadas de renda e um tecido fluído que acompanhava os passos do vento. Eu me sentia... livre.Bonita de um jeito sereno, como se a beleza estivesse em mim não pelos adornos, mas por tudo que estava transbordando de dentro.Do outro lado, Klaus.De terno cinza-c
Ele…Nunca imaginei que um dia pudesse sentir algo tão inesperado como a paz. Para mim, paz sempre foi uma palavra abstrata, uma promessa vaga para os outros, mas não para mim. Meu mundo sempre girou em torno do trabalho, das cirurgias, das emergências que exijiam minha presença, da pressão constante para manter um império que parecia exigir que eu sacrificasse tudo — até minha própria vida.Por anos, fui movido pela dor e pela culpa. A perda de Luísa me marcou profundamente. Eu me afundei no trabalho, tentando enterrar meus sentimentos nas decisões clínicas, nas reuniões, nos números. A verdade é que, no começo, achei que isso fosse me salvar, me manter firme, mas só me afastou mais das pessoas, da vida.Hoje, posso dizer que estou diferente, não sou mais o mesmo homem que já foi prisioneiro do relógio e da obrigação. Encontrei um equilíbrio que jamais pensei alcançar — um equilíbrio que nasceu do amor, da aceitação e da coragem d
Ela…Às vezes, quando a poeira da correria assenta, eu paro e olho para trás, quase sem acreditar no caminho que trilhei. Meu nome é Hayla, e já fui a garota que entrou na Baker and Baker com o coração na mão, carregando uma pasta de documentos e um sonho maior que o próprio prédio. Cresci vendo meu pai fazer acontecer essa empresa e ele não iria facilitar para mim, somente por eu ser sua filha e herdeira. Comecei por onde ele me achava capaz e isso não me diminuiu em nada, ao contrário, tudo que é conquistado tem um valor maior. Eu era só uma secretária, mas dentro de mim ardia uma chama que ninguém podia apagar.Aquele primeiro dia ainda pulsa na minha memória. O caos do escritório, o zumbido constante dos telefones, o cheiro de café requentado na copa. Eu corria de um lado para o outro, anotando recados, organizando reuniões, resolvendo crises que pareciam nunca acabar. “Sim, senhor”, “Já vou resolver” — essas eram minhas palavras d
Ela… O telefone tocou exatamente quando eu estava me afogando numa pilha de planilhas — ou melhor, fingindo que não estava me afogando enquanto tentava ignorar os e-mails urgentes. Quando vi o nome na tela, já sorri antes mesmo de atender. — Alô, Lúcio… ora, ora se não é o rei dos negócios internacionais, tudo bem meu amigo? — soltei, já sabendo que a conversa ia render. Do outro lado, a voz dele soava meio cansada, mas com aquele tom debochado que só ele sabe usar. — Sobrevivi, Hayla. Quase virei samurai no meio daquela selva corporativa, mas dei meu jeitinho. — Samurai? Explica essa aí, que eu fiquei curiosa — falei, puxando a cadeira para trás, preparada para o show. Lúcio não perdeu tempo: — Imagine a cena: eu, rodeado de executivos asiáticos, todos impecáveis e eficientes, e eu, com meu jeitão “gringo perdido”, tentando me fazer entender e não passar vergonha. — Ah, o clás
Último capítulo