Hayla Baker só queria sobreviver à rotina caótica da empresa da família. Gregori Klaus, CEO de uma das maiores redes de hospitais, só queria uma secretária que não o tirasse do sério. Mas quando os dois colidem — literalmente — o que começa como um embate entre chefe e assistente se transforma em um jogo perigoso de tensão, segredos e desejo. Entre ameaças sombrias, traições internas e uma paixão proibida, confiar pode ser fatal... e resistir, será impossível.
Leer másEla… Assim que terminei a árdua tarefa de dar um descanso àqueles que já não estavam mais conosco, senti o peso do cansaço se agarrando ao meu corpo. Minhas mãos tremiam, não apenas pela exaustão física, mas pela carga emocional que me consumia. Não era apenas uma questão de sobrevivência, era também sobre respeitar vidas que se perderam tão abruptamente. Um gesto pequeno, talvez insignificante para o mundo, mas essencial para mim. O ar salgado parecia ainda mais pesado, e o som das ondas, que antes trazia certo consolo, agora era um eco do vazio que carregava no peito. Mas não podia me deixar abater. Klaus ainda estava ali, e sua vida dependia de mim. Só que, antes de voltar para ele, algo me dizia que eu precisava entender mais sobre onde estávamos. Achei que deveria dar uma volta e reconhecer melhor o terreno, explorar qualquer recurso ou sinal que pudesse nos ajudar. E assim, saí andando pela praia, cada passo na areia úmida sendo um lembrete da minha fragilidad
Ela…O sol estava subindo devagar no horizonte, e eu já estava acordada há algumas horas, com o corpo dolorido e o cansaço me pesando a cada movimento. O cheiro do mar estava no ar, e a brisa fria da manhã me fazia sentir um pouco mais viva, apesar da situação que enfrentávamos. O som das ondas quebrando nas pedras era o único consolo em meio ao caos. A areia ainda estava quente da noite anterior, mas não podia descansar mais. Eu precisava agir, precisava fazer algo.Eu peguei os poucos biscoitos e o suco que tinha restado de nossas provisões. Eles estavam quase racionados, mas o suficiente para me dar algum tipo de energia. Mastiguei lentamente, pensando em como o dia se desenrolaria. As horas passavam, e Klaus ainda não havia dado sinais de recuperação. A esperança começava a se esgotar, mas eu me recusava a sucumbir ao desespero. O silêncio que me cercava parecia consumir tudo ao meu redor. A praia, com suas ondas suaves quebrando à distância, agora parecia um lugar dista
Ela…O som das ondas quebrando na praia era a única coisa que eu conseguia ouvir enquanto organizava o que restou do nosso avião.O sol começava a se pôr, e o calor da manhã estava cedendo aos ventos frescos da noite. Eu não sabia exatamente por quanto tempo precisaríamos ficar ali, mas uma coisa eu sabia: Klaus precisava se recuperar. A cada segundo que passava, ele parecia mais frágil e vulnerável. Primeiro, arrumei as coisas que consegui encontrar entre os destroços do avião. Os sacos de dormir estavam intactos, apesar da sujeira e da água salgada que havia invadido quase tudo. O saco de dormir estava ali, esperando para serem usados, mas eu não tinha forças para seguir os procedimentos normais. Eu precisava agir rápido.Puxei Klaus com cuidado, ainda consciente de seu corpo quase inerte, e comecei a ajeitar o saco de dormir. Ele estava ainda desacordado, sua respiração irregular, e eu pude ver o estado deplorável em que ele estava. Apesar de tudo o que ele me fez passar, m
Ela…Acordei com o coração acelerado, os olhos ainda fechados. Por um momento, pensei que tudo fosse um pesadelo. O som das ondas quebrando, o calor do sol em minha pele, o cheiro salgado do mar — tudo isso parecia tão distante, tão irreconhecível. Meus olhos se abriram lentamente, e a areia fria sob mim me trouxe de volta à realidade. A memória do acidente veio com força total, e uma onda de pânico me tomou.O acidente não havia sido um sonho. O avião realmente havia caído. E, de alguma forma, eu havia sobrevivido. Eu… sobrevivi!A sensação de estar viva, de respirar, de sentir a dor em meus músculos e a tensão em cada fibra do meu corpo era algo muito real.Olhei ao redor, confusa e desorientada, até que meu olhar encontrou Klaus. Ele ainda estava ali, desacordado, estirado na areia perto de mim. Seu corpo estava inerte, os cabelos molhados e o rosto pálido, sem vida. O medo apertou meu peito. Eu sabia que precisava agir rápido. Não havia tempo para lamentações ou hesita
Ela…O frio da água me envolveu como um abraço gelado e implacável. Eu estava submersa até o pescoço, meus pulmões queimando de tanto que eu precisava respirar, mas ainda assim, o desespero me impedia de agir com clareza. O som do mar, as ondas batendo com força, misturado com o silêncio ensurdecedor da minha mente, faziam tudo parecer um pesadelo. Eu piscava, tentando entender onde estava, tentando colocar as ideias no lugar. O caos da queda, o impacto do avião, tudo aquilo ainda ecoava dentro de mim, mas agora, era a luta pela sobrevivência que tomava conta.Foi quando vi Klaus. Ele estava flutuando, preso na poltrona do avião, a água tomando conta de tudo ao seu redor. Seus cabelos estavam molhados, seus olhos fechados, e ele parecia tão frágil, tão vulnerável. Eu queria odiá-lo. Queria que ele ficasse ali, entregue ao destino. Mas, no fundo, eu sabia que ele também era um ser humano, e, mesmo com toda a sua arrogância, ele ainda estava ali, à mercê do mar, como eu. O eg
Ela...Se tem uma coisa que eu nunca mais quero ver na vida é esse hotel.As paredes impecáveis, os móveis padronizados, o cheiro enjoativo de luxo disfarçado de conforto.Cada detalhe parecia apertar minha paciência, como uma prisão elegante, sufocante, onde passei dias sendo testada até o limite.Hoje, enfim, era o último dia.A última reunião.A última vez que eu teria que respirar o mesmo ar que Gregori Klaus sem poder sair correndo.A simples ideia de que, depois de amanhã, ele seria apenas um nome na minha planilha de experiências profissionais, quase me fazia sorrir.Porque, sejamos sinceros.Nem a noite que tivemos e que meu corpo insiste em não esquecer, foi capaz de suavizar o tormento que é trabalhar com ele.Terrível. Da pior maneira possível.Agradeço aos céus todos os dias que esse homem não é meu chefe em tempo integral.Porque, sinceramente? Eu não suportaria.Entrei na sala de conferências com os braços carregando os relatórios que ele me obrigou a revisar até o últi
Último capítulo