Hayla Baker só queria sobreviver à rotina caótica da empresa da família. Gregori Klaus, CEO de uma das maiores redes de hospitais, só queria uma secretária que não o tirasse do sério. Mas quando os dois colidem — literalmente — o que começa como um embate entre chefe e assistente se transforma em um jogo perigoso de tensão, segredos e desejo. Entre ameaças sombrias, traições internas e uma paixão proibida, confiar pode ser fatal... e resistir, será impossível.
Ler maisEla…O silêncio era profundo, pesado, como uma névoa densa que se instalou ao redor de nós. O fogo na lareira crepitava, quebrando a quietude, mas o calor que emanava dele não era o suficiente para dissipar a tensão que pairava no ar. Klaus estava estirado no sofá, com os olhos fechados, a testa suada e respirando com esforço. O ferimento ainda era grave, por mais superficial que fosse, mas consegui estancar a maior parte do sangramento.E a bandagem segurou bem.Eu me sentava ao lado dele, vigiando cada movimento, cada respiração. Minhas mãos, que ainda tremiam, estavam delicadamente repousadas sobre a coberta que o envolvia. Ele estava febril, e por mais que eu soubesse que deveria ser cautelosa, havia algo em seu semblante que me deixava inquieta. Os minutos se arrastavam como horas, e a solidão da cabana parecia me engolir a cada suspiro mais forte de Klaus. O medo me corroía por dentro, e por mais que eu tentasse focar em
Ela… O carro rasgava a noite como um raio, os pneus cantando no asfalto molhado. Minhas mãos tremiam no volante, minha mente em caos absoluto. Klaus estava ferido. Muito ferido. Eu olhava de relance para ele no banco do passageiro, vendo a mancha vermelha se expandindo em sua camisa. Ele respirava com dificuldade, os olhos semicerrados, a pele pálida. — Klaus, fica comigo — Minha voz saiu embargada. Ele soltou um riso fraco. Um maldito riso. — Relaxa, Hayla. Já passei por coisa pior. — Não brinca com isso! Meu coração martelava. Ele estava lutando para manter a consciência, e eu precisava levá-lo a um hospital. Mas não podia. Se aquele ataque era uma armadilha, então quem quer que estivesse por trás disso sabia exat
Ela… A noite caía como um véu escuro sobre a cidade enquanto Klaus dirigia em direção ao depósito nos arredores industriais. O silêncio dentro do carro era quase sufocante, quebrado apenas pelo som do motor e pela minha respiração irregular. Eu segurava o cinto de segurança com força, minhas mãos suadas, enquanto tentava controlar o medo que crescia dentro de mim. As revelações do Dr. Menezes ainda ecoavam na minha cabeça — Lúcio e Lysandra, a Solaris Ventures, o depósito… tudo parecia um quebra-cabeça cujas peças eu não conseguia encaixar. Mas uma coisa era clara: o perigo estava mais próximo do que nunca, e eu não podia mais me esconder dele. Klaus mantinha os olhos fixos na estrada, mas sua mão esquerda repousava sobre a minha coxa, um gesto silencioso de apoio que me ajudava a manter a calma. De vez em quando, ele me lançava um olhar rápido, e eu podia ver a determinação em seus olhos, misturada com
Ela...O hospital parecia um labirinto de luzes brancas e sons abafados enquanto Klaus e eu caminhávamos pelos corredores. O cheiro de antisséptico pairava no ar, misturado ao zumbido constante de máquinas e ao murmúrio de vozes distantes. Minha mão estava firme na dele, os dedos entrelaçados como uma âncora contra a tempestade de emoções que girava dentro de mim. Meu coração batia descompassado, uma mistura de medo e esperança me consumindo a cada passo. Eu sabia que o que estava por vir poderia mudar tudo, mas ter Klaus ao meu lado me dava a coragem que eu precisava para enfrentar o que quer que fosse.Klaus caminhava com uma determinação que eu já conhecia bem, mas havia uma tensão em seus ombros, um brilho nos olhos que denunciava sua própria inquietação. Ele me lançou um olhar rápido, apertando minha mão com mais força, e eu consegui oferecer um sorriso fraco em retorno. — Estamos quase lá — ele disse, a voz baixa, mas firme, como se q
Ela…A manhã seguinte chegou como um sussurro gentil, o sol espreitando pelas cortinas do chalé e lançando feixes dourados sobre a cama onde Klaus e eu ainda estávamos entrelaçados. O calor do seu corpo contra o meu era um conforto que eu não queria abandonar, e o aroma das pétalas de rosa misturado ao cheiro de madeira queimada da lareira da noite anterior ainda pairava no ar. Meu coração batia em um ritmo tranquilo, algo que eu não sentia há dias, talvez semanas. Por um momento, esqueci as sombras que nos perseguiam — quem me espreitava, a boneca degolada, o peso das suspeitas que cresciam como uma tempestade prestes a explodir. Aqui, nos braços de Klaus, eu era apenas Hayla, uma mulher apaixonada, e ele era meu refúgio.Abri os olhos devagar, encontrando-o me observando, seus cabelos bagunçados caindo sobre a testa e um sorriso suave curvando seus lábios. — Bom dia — ele murmurou, a voz rouca de sono, mas carregada de uma ternura que me
Ela…O beijo começou lento, quase hesitante, como se ele estivesse saboreando cada segundo, mas logo se transformou em algo mais profundo, mais faminto. Nossas línguas se encontraram, dançando ao ritmo da música que ainda flutuava no ar, e eu senti um calor ardente subir pelo meu corpo, concentrando-se no meu peito, no meu ventre, em cada lugar onde ele me tocava. Minhas mãos subiram para o seu cabelo, os dedos se enroscando nos fios macios, e o puxei para mais perto, precisando sentir cada pedacinho dele.Ele gemeu baixo contra meus lábios, o som reverberando em meu corpo como uma onda de desejo, e suas mãos desceram pelas minhas costas, os dedos roçando a pele exposta pelo decote do vestido. O toque era elétrico, cada carícia enviando arrepios pela minha espinha, e eu arqueei o corpo contra o dele, sentindo a firmeza do seu peito, a força dos seus braços. — Hayla… — ele sussurrou meu nome, sua voz carregada de um desejo tão cru que fez meu coração
Último capítulo