Um amor proibido que desafia o passado e ameaça destruir o futuro. Sergio Vance, um magnata poderoso e implacável de quarenta e sete anos, conhece por acaso a encantadora doutora Hellen Bennett, uma jovem pediatra de vinte e quatro anos que ilumina os corredores do hospital com sua dedicação e beleza singular. A atração entre os dois é imediata e avassaladora, uma faísca que rapidamente se transforma em uma chama intensa e incontrolável. Sob o olhar deslumbrado de sua afilhada, Sergio se vê cativado pela doçura e força de Hellen, encontrando nela uma luz que há muito tempo não sentia em sua vida. Hellen, por sua vez, se permite mergulhar de cabeça nessa paixão arrebatadora, acreditando ter encontrado em Sergio o amor capaz de curar suas feridas passadas. No entanto, o que nenhum dos dois desconfia é que Hellen guarda um segredo profundamente enterrado em seu coração – um segredo ligado à família Thorne, a família de seu falecido marido. Quando a verdade finalmente vier à tona, revelando identidades ocultas e um doloroso passado que ambos pensavam ter superado, esse amor intenso será colocado à prova. Será forte o suficiente para sobreviver à revelação de que estão ligados por uma tragédia? Ou a descoberta destruirá para sempre a frágil felicidade que construíram? Uma história de amor proibido, segredos familiares e a luta entre a redenção e o perdão.
Ler maisSergio Narrando No momento exato em que terminei a ligação, Hellen saiu do banheiro, envolta em vapor, o rosto lavado e radiante. Retribuí o sorriso dela, sentindo um peso saindo dos meus ombros. Muitas horas depois, depois de um café da manhã delicioso no apartamento pequeno e aconchegante dela, levei-a até o hospital. Antes de ela sair do carro, segurei seu pulso. — Eu vou buscar você hoje à noite. Para um jantar — disse, mas não era pedido, era uma ordem. — Um jantar de verdade. Ela sorriu, aquele rubor lindo subindo em suas faces, e acenou com a cabeça antes de desaparecer pela porta. Fiquei parado um tempão, olhando o lugar onde ela tinha sumido. Pela primeira vez na vida, eu não estava lutando por um negócio. Estava lutando por ela. Muitas horas depois, ao anoitecer, quando finalmente nos encontramos, levei-a para um lugar aconchegante, mas longe de olhares curiosos. De novo. Eu precisava contar a verdade para ela. Precisava dizer que era casado, que estava no meio de um
Sergio Narrando Por volta das 3 da madrugada, senti Hellen se mexer ao meu lado. Ela despertou lentamente, e eu, que na verdade apenas dormitava, observei cada microexpressão em seu rosto à fraca luz do abajur. Um pequeno estremecimento, um suspiro quase inaudível. Ela estava dolorida. E eu sabia porquê. Pois percebi enquanto tomava Hellem que fazia muito tempo que ela não fazia sexo com ninguém. Aquele pensamento, longe de me preocupar, fez uma onda de pura posse e satisfação brutal percorrer cada fibra do meu ser. Aquele corpo lindo, dolorido e marcado... era meu. Eu tinha feito isso. Eu tinha sido o único a tirá-la daquele estado de inatividade e levá-la a um limite que ela mesma desconhecia. A mão dela se moveu num gesto inconscientemente sensual, ajustando os lençóis, e esse simples ato foi o suficiente para me despertar completamente. Abri os olhos e deixei que ela visse o que estava neles: não apenas luxúria, mas um desejo renovado, mais profundo, que ia muito além do fí
Sergio Narrando E quando me virei para ela e contemplei aquele corpo perfeito, deitado ao meu lado como a única oferenda que eu alguma vez desejei, meus olhos de um desejo tão puro e cru que quase me assustou. Cada curva, cada sombra, era um convite à devassidão. À nossa devassidão. Aquela que sempre esteve dentro de mim, desde o primeiro dia em que pus os olhos sobre ela e soube que seria meu, não importassem os obstáculos. — Minha — a palavra saiu um rosnado, minha mão marcando possessivamente a curva do seu quadril. — Toda minha. Só minha. Hellen, longe de recuar, encarou o desafio nos meus olhos. Um sorriso malicioso e sensual surgiu em seus lábios. Para me provocar, para me levar ao limite, ela tocou o próprio corpo com uma lentidão agonizante, os dedos traçando a linha do pescoço até a curva do seio, um espetáculo de autoerotismo que era só para mim. Depois, ela se arrastou sobre mim como uma doce serpente e me beijou. Não foi um beijo, foi uma mordida de posse. Um aperto d
( Narrado por Sergio) Ela balançou a cabeça, as lágrimas finalmente escapando e misturando-se à maquiagem. —Esquece, Sergio. Por favor, apenas me leva pra casa. Para aquele maldito mausoléu. Só quero ficar em paz. Sem opção, e com o coração pesado de uma preocupação que não entendia completamente, a levei para seu apartamento. A viagem foi silenciosa, tensa. Ao chegar, ela saiu do carro antes que eu pudesse desligar o motor e cruzou os braços, fazendo birra como uma criança exausta. — O que você realmente quer, Hellen? — perguntei, saindo do carro e me aproximando. Ela não respondeu. Apenas começou a chorar novamente, virando as costas para mim sob a chuva fina que começava a cair. — Hellen — chamei, minha voz mais suave. Ela não se virou. A chuva molhava seus cabelos e seus ombros nus. Caminhei até ela e coloquei uma mão em seu ombro, gentilmente. Ela estremeceu sob meu toque, mas não se afastou. Aos poucos, ela se virou para mim, seu rosto um mapa de lágrimas e chuva
(Hellen narrando) Assim que terminei de me vestir – ou melhor, me armar para uma guerra contra minha própria dor –, mordi os lábios enquanto me olhava no espelho. Será que não exagerei no look? Não sou do tipo de mulher egocêntrica com a aparência, mas sei que tenho uma boa genética e um corpo bonito, embora ache um absurdo que o ser humano ainda seja reduzido a isso. Vesti um vestido vermelho vivo, da cor de uma paixão proibida. Atrás, era aberto, amarrado por tiras finas de seda que deixavam boa parte das minhas costas nuas, revelando a curva da minha coluna. Na frente, era de alça fina, com um decote bem cavado onde meus seios se encaixavam perfeitamente, formando uma curva suave e… convidativa. A barra era curta, mas não vulgar, terminando em um godê suave que balançava a cada movimento, dando um ar brincalhão e adulto ao mesmo tempo. Completei com sandálias de salto agulha, finas e perigosas, da mesma cor preta do meu humor. A maquiagem era suave, mas estratégica: um lábio
(Narrado por Hellen) Naquela manhã, quando encontrei Sergio já me esperando, encostado naquela mureta, de camiseta regata, short de corrida e aquele olhar que sempre me devorava de longe, sorrindo... meu coração novamente deu um salto. Era sempre assim com ele. Cada mensagem dele no celular fazia meu coração acelerar. Era um bom-dia, uma piada boba, uma pergunta sobre meu plantão. Sempre me pegava sorrindo sozinha, lutando contra a atração crescente por aquele homem mais velho e misterioso. O flerte se intensificava por mensagens, e eu, embora lutasse contra a atração e o luto que ainda me perseguia, me via cedendo. Sua presença estava se tornando uma constante, um calor que lentamente substituía o frio que habitava meu peito há tanto tempo. Ficava encantada por ele, mesmo sendo um homem tão rico e conhecido. Adorava a forma como me tratava como alguém especial, único. E, mesmo sem querer admitir, meu coração começou a se abrir, frágil e cauteloso, para a possibilidade do amor. Ma
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