Sergio Narrando
Por volta das 3 da madrugada, senti Hellen se mexer ao meu lado. Ela despertou lentamente, e eu, que na verdade apenas dormitava, observei cada microexpressão em seu rosto à fraca luz do abajur. Um pequeno estremecimento, um suspiro quase inaudível. Ela estava dolorida.
E eu sabia porquê. Pois percebi enquanto tomava Hellem que fazia muito tempo que ela não fazia sexo com ninguém. Aquele pensamento, longe de me preocupar, fez uma onda de pura posse e satisfação brutal percorrer cada fibra do meu ser. Aquele corpo lindo, dolorido e marcado... era meu. Eu tinha feito isso. Eu tinha sido o único a tirá-la daquele estado de inatividade e levá-la a um limite que ela mesma desconhecia.
A mão dela se moveu num gesto inconscientemente sensual, ajustando os lençóis, e esse simples ato foi o suficiente para me despertar completamente. Abri os olhos e deixei que ela visse o que estava neles: não apenas luxúria, mas um desejo renovado, mais profundo, que ia muito além do fí