Sergio Narrando
E quando me virei para ela e contemplei aquele corpo perfeito, deitado ao meu lado como a única oferenda que eu alguma vez desejei, meus olhos de um desejo tão puro e cru que quase me assustou. Cada curva, cada sombra, era um convite à devassidão. À nossa devassidão. Aquela que sempre esteve dentro de mim, desde o primeiro dia em que pus os olhos sobre ela e soube que seria meu, não importassem os obstáculos.
— Minha — a palavra saiu um rosnado, minha mão marcando possessivamente a curva do seu quadril. — Toda minha. Só minha.
Hellen, longe de recuar, encarou o desafio nos meus olhos. Um sorriso malicioso e sensual surgiu em seus lábios. Para me provocar, para me levar ao limite, ela tocou o próprio corpo com uma lentidão agonizante, os dedos traçando a linha do pescoço até a curva do seio, um espetáculo de autoerotismo que era só para mim.
Depois, ela se arrastou sobre mim como uma doce serpente e me beijou. Não foi um beijo, foi uma mordida de posse. Um aperto d