— Por favor, acredite em mim. Eu não fiz nada! — Thalassa Thompson implorou desesperada. — Levem-na. — Disse Kris Miller, seu marido, com frieza. Ele não se importou enquanto ela era humilhada diante do mundo inteiro. O que você faria se o amor da sua vida e a pessoa que você considerava sua melhor amiga te traíssem da pior forma possível? Para Thalassa, só havia uma resposta: voltar mais forte, melhor e fazer todos que a fizeram sofrer se ajoelharem. Que os jogos comecem! … — Eu te odeio. — Disse Kris entre dentes, olhando diretamente nos olhos dela. Thalassa riu. — Sr. Miller, se você me odeia tanto, então por que seu pau está tão duro?
Ler maisPor um instante, seus olhos se encontraram, mas Thalassa foi quem desviou o olhar primeiro.Ao perceber, de repente, que ele ainda segurava sua mão, ela a moveu sutilmente, fazendo com que ele finalmente a soltasse.Com isso, Clark pigarreou.— Me desculpa por te fazer ficar mais tempo do que o esperado com essa vinda ao hospital. Vou te levar para casa assim que sairmos daqui. Quanto ao boletim, não se preocupe. Eu mesmo vou cuidar disso. Mas antes... Eu realmente preciso saber, Lassa, quem você acha que mandou aquele homem te atacar?A expressão de Thalassa se fechou.— Prefiro não falar sobre isso.Ao ouvir sua resposta, Clark soltou um longo suspiro.— Você nunca quer falar sobre nada do que eu pergunto. Nem mesmo contou o que aconteceu entre você e o Kris para que vocês acabassem se divorciando.Estalando a língua, ela se irritou com a insistência dele e zombou:— Vai me dizer que nunca se deu ao trabalho de procurar, mesmo depois que eu falei que estava tudo nos noticiários?— Nã
Clark a observava, aguardando por uma resposta. Uma resposta que não veio, pois Thalassa rapidamente mudou de assunto.— É melhor a gente sair daqui antes que aquele desgraçado volte, não acha? — Disse ela.Clark assentiu, entendendo que ela não queria falar sobre o ocorrido.— Precisamos denunciar isso à polícia.— Claro. Mas vamos ao hospital primeiro, Clark. — Respondeu, com a voz indiferente.Com a chave, Clark destravou a porta do carro, mas, antes que pudesse abrir o lado do motorista, ela pegou a chave de sua mão.— Eu dirijo.Contudo, ele não protestou.— Tudo bem, mas preciso pegar uma coisa.Na sequência, ele abriu a porta e apanhou o que parecia ser um guardanapo. Enquanto isso, Thalassa o observou com atenção, vendo-o se abaixar com dificuldade e, gemendo de dor, recolher tanto a arma quanto a faca usando o pano.— O que você está fazendo?— Isso é uma prova. Podemos entregar à polícia quando fizermos o boletim.Thalassa franziu os lábios antes de lembrá-lo:— Ele estava us
— Clark! — Gritou Thalassa, com o pânico cintilando em seus olhos, ao imaginar que ele havia sido esfaqueado no estômago.Ao lado, Clark fez uma careta, mas tentou se manter de pé, com a mão apertando o lado do corpo. A faca havia apenas rasgado o lado esquerdo do torso e, embora o corte não fosse profundo, o sangue já empapava a camisa azul que ele usava.— Eu... Eu estou bem. — Murmurou entre os dentes cerrados.Mas o homem não hesitou. Voltou sua atenção para Thalassa, investindo contra ela mais uma vez com a faca em punho. Desta vez, no entanto, Thalassa estava preparada: desviou do golpe e agarrou o braço dele, usando o impulso do agressor contra ele mesmo.Os dois lutaram pelo controle, com a lâmina reluzindo sob a luz fraca, até que ela conseguiu torcer o punho dele, forçando-o a soltar a arma. Então, com um chute rápido, afastou a faca para longe, tirando-a do alcance, e logo depois cravou o joelho no estômago do homem, derrubando-o no chão.Assim, agarrando-o pela frente da ca
Seu coração deu um salto assim que algo duro foi pressionado contra suas costas: era o inconfundível cano de uma arma.— Não se mexa. — Sibilou uma voz grave atrás dela. Era a voz de um homem. — Você vai vir comigo sem fazer nenhum som. Está claro?Embora o coração de Thalassa disparasse, ela se forçou a manter a calma.— E se eu não quiser?O homem soltou um ruído abafado na garganta, como se não esperasse que ela respondesse.— Em outras palavras, você não verá o amanhã. Ou quer que eu desenhe?Ah, não havia dúvida de que estava claro, mas Thalassa tinha consciência de que entrar em pânico não era uma opção. Portanto, precisava manter o controle a qualquer custo.— Você realmente não quer fazer isso… — Declarou com firmeza, sem permitir que sua voz revelasse o menor sinal do medo que a corroía por dentro. — Pense bem no que está prestes a...— Cala a boca. — O homem rosnou, pressionando a arma com mais força contra sua coluna. — Apenas ande. Agora!Thalassa avançou um passo de forma
— Então o giro... Não, não! Quantas vezes eu vou ter que repetir que o giro do vestido precisa acompanhar o movimento de virar no final? Preciso de mais elegância e leveza... O que é isso? O que está acontecendo com você hoje, Carmen?... Não, assim não! Por que está tão rígida?Thalassa continuava disparando crítica atrás de crítica enquanto observava a modelo desfilar para lá e para cá na passarela improvisada, usando um dos vestidos principais da coleção. Nada do que Carmen fazia parecia bom o suficiente para agradá-la.Carmen, por sua vez, parecia prestes a chorar, pois já não sabia mais como mover o corpo para satisfazer as exigências de Thalassa.— Me desculpa, Lassa.Thalassa bufou.— Não preciso do seu pedido de desculpas, Carmen. Só preciso que se esforce de verdade. Será que é pedir demais?— Lassa! — Sussurrou Luisa, finalmente decidindo intervir. — O que está acontecendo com você? Por que está falando com ela desse jeito?Então, ela se virou para a modelo.— Carmen, por favo
No mesmo momento, as mãos de Karen começaram a tremer, enquanto ela levantava o rosto para encarar os olhos frios de Kris.— Eu... Eu não entendo. O que é isso?As narinas dele se inflaram com impaciência.— Não me lembro de você ser analfabeta.— Divórcio? Kris, você não pode se divorciar de mim! — Protestou.— Ainda duvida, mesmo com as provas na sua mão? Apenas assine os papéis, Karen. Eu não posso continuar casado com uma mulher como você. Esse casamento nem deveria ter acontecido.— Mas... Mas e as malas? Por que você trouxe todas as minhas coisas para cá?Kris lançou um olhar fulminante.— Já que parece ter perdido a capacidade de compreender, eu vou explicar. Eu não te quero mais nesta casa, muito menos na minha vida.— Mas... A Tessa... E nossa filha? Você não pode me separar dela! — Disse Karen, voltando o olhar, desesperada, para a mãe, que estava parada atrás dela. — Mãe, por favor, diga a ele que isso é errado.Rita, por sua vez, se sentiu impotente, incapaz de dizer qualqu
Último capítulo