Aiden Wolfe é um bilionário implacável, acostumado a vencer em todas as batalhas que escolhe travar, nos negócios e na vida. Arrogante, dominante e irresistivelmente sedutor, ele nunca ouviu um "não" que não conseguisse transformar em "sim". Mas tudo muda quando conhece Ivy Carter, a única mulher que ousa desafiá-lo sem medo. Determinada e orgulhosa, Ivy passou os últimos anos convencida de que o amor era uma mentira. Depois de ser traída por seu namorado de quatro anos, ela construiu muros altos em torno do coração e prometeu a si mesma nunca mais se perder por ninguém. Mas Aiden não é do tipo que aceita ser ignorado. Para ele, conquistar Ivy se torna uma obsessão. No entanto, o que ele ainda não entende é que há coisas que o dinheiro e o poder jamais poderão comprar, e Ivy é uma delas. Aiden e Ivy descobrirão que, para conquistar alguém de verdade, não basta vencer... é preciso se render
Leer másIVY CARTER
Observei minha mãe andando pelo café onde trabalhava. Ela parecia mais frágil e cansada. E ela tem apenas 35 anos. Agora estou na faculdade, no ano passado, consegui me formar mais cedo e também ganhei a bolsa de estudos.
Minha mãe sempre foi minha heroína, embora ela tenha me dado uma única regra: “nunca se apaixone por um bilionário”. Ela se apaixonou e se arrependeu, pois ele a usou apenas para uma noite e a deixou lá com uma criança para cuidar.
Ainda é um assunto delicado para ela, sobre o qual nunca pretendemos falar. Ela tinha apenas dezesseis anos quando me teve e largou tudo para me criar como uma pessoa responsável. Enfim... Não é como se eu fosse a pessoa mais bonita do mundo e um bilionário de repente me encontraria e se deixaria ser seduzido por meus encantos. É uma regra bem fácil de se cumprir, certo? De qualquer forma meu ex-namorado Christian, não era rico e mesmo assim era um cafajeste que me traiu inúmeras vezes antes que descobrisse.
Minha mãe sorriu para mim enquanto atendia outro cliente. Eu queria assumir o turno dela por alguns dias, pois estava livre depois das provas deste semestre. No próximo semestre, farei meu estágio em um escritório de advocacia renomado. Espero conseguir um emprego lá.
— Mãe, eu posso assumir o seu turno daqui, vá para casa e descanse. — eu pedi. Ela estava prestes a protestar, mas eu simplesmente a fiz ficar quieta. A chefe dela, que me conhecia desde criança, aprovou e disse para minha mãe descansar.
— Obrigada, tia Anne, por me deixar ficar com o turno dela. — eu disse. — Eu vejo sua mãe desde que você nasceu, Ivy. Ela trabalhou demais para esquecer o que aconteceu com ela anos atrás. Felizmente, não temos clientes suficientes hoje, pois o horário de pico está quase acabando. Você pode arrumar os livros ali, querida, por favor. — ela sugeriu.
Caminhei até minha estação e comecei a organizar os livros em ordem. Terminei em meia hora, andando de costas para admirar meu trabalho artesanal, apenas para colidir com algo ou, no meu caso, com alguém. Virei-me e me deparei com olhos escuros raivosos, olhos escuros muito, muito raivosos, e isso me fez engolir em seco.
— Qual é o seu problema, mulher? Você não consegue ver por onde anda?
Vi que sua camisa branca tinha uma grande mancha de café. Ótimo, é meu primeiro dia e eu faço isso. Peguei um guardanapo e comecei a limpá-lo. Quando eu me perdi na sensação do músculo sob meus dedos, ouvi ele suspirar novamente. — Não vai sair, sabe, e estou atrasado para o meu jantar. Você faz ideia do quanto isso vai me custar? — Ele murmurou com raiva.
— Desculpe, senhor, eu não sabia que o senhor estava aí. — Tentei pedir perdão com o tom mais educado possível, mas quem me conhece sabe que essa não é exatamente a minha especialidade.
— A senhora saberia se olhasse ao redor. Se nem uma coisa simples dessas você consegue fazer direito, o que mais você acha que consegue? — disse ele, ainda furioso. Senti minha raiva chegar ao ápice.
— O senhor também poderia saber observar, você tem dois olhos enormes. — eu disse.
Talvez eu não devesse ter dito isso a ele. Talvez eu não devesse, porque a próxima coisa que eu percebi foi que eu estava em apuros.
— Garota patética, você está me fazendo perder tempo aqui. Você definitivamente não tem respeito por ninguém. E minha melhor camisa está arruinada por sua causa. — disse ele, puxando a gola da camisa com força.
— Eu poderia te pagar de volta. — Eu vi os botões voar... junto com uma boa amostra daqueles músculos definidos.
— Posso... posso pagar pela camisa — respondi, sem conseguir desviar o olhar.
Ele riu. Um sorriso arrogante, mas bonito, admito.
— Duvido que seja possível, mesmo se você se vender, não poderá pagar por um centímetro deste tecido. — O senhor esnobe disse e eu franzi a testa.
— Você está me chamando de pobre? E o que faz você pensar que uma peça de roupa vale mais do que eu ou qualquer pessoa? Você não sabe o que é respeito! —
Sua expressão ficou gélida. — Você não sabe quem eu sou.
— Não preciso conhecer uma pessoa para saber que ela é um grande babaca. — Respondi com a mesma arrogância.
Ele deu um passo à frente e se inclinou, como se fosse me beijar. Fiquei completamente paralisada, só conseguia sentir o calor da sua respiração invadindo meu ouvido. — Você me deve muito mais do que dinheiro agora, e eu, Aiden Wolfe, sempre cobro até último centavo de uma dívida.
Ele se virou e foi embora.
Acordei com o som da porta se fechando, alto como uma explosão.
Desejei que nunca mais voltássemos a nos ver.
Mas “Nunca” nunca funciona.
DANTE KINGSTON Dois anos depois Axton e eu voltamos andando da sorveteria. — Tio Dante… eu tenho que voltar praquele lugar de novo? — perguntou ele, franzindo a testa. — Qual lugar? — perguntei. — O Canadá? Pra casa da sua mãe? Ele assentiu. — É um lugar legal e sua avó te adora. Além disso, o internato é bacana. Seria ótimo se você, um dia, sucedesse o tio nos negócios da família. — Mas eu quero ir pra uma escola normal… morar com você, a mamãe, a tia e a Serena. — Baguncei seus cabelos, sorrindo. — Ouvi dizer que eles têm um programa de basquete excelente este ano. — Não, meus cabelos! — reclamou Axton, tentando arrumá-los de novo. — Me diz uma coisa… Tem algum motivo especial pra você não querer ir? Aconteceu alguma coisa? — perguntei. Ele balançou a cabeça negativamente. — Ok, que tal um acordo? — propus. Ele me olhou curioso. — Que acordo? — Vou conversar com a sua mãe e pra cada semana que você completar no internato, você ganha uma ficha pra voltar e
DANTE KINGSTON Vi a bala atravessar em alta velocidade e em minha direção, cortando o ar. Alguém veio correndo em minha direção e me abraçou com força. Alguém que eu nunca imaginei que pudesse se sacrificar por mim. — Leona! — gritei. Eu a vi me segurando com força enquanto a bala perfurava suas costas. — Não… o que você fez? O que você fez? Ela estava sangrando, eu precisava levá-la ao hospital. — Não… eu não vou sobreviver a isso, eu sei. Quem diria que meus instintos me levariam a salvar alguém na minha lista de inimigos. — Ela riu. — Eu só desejo que você tenha uma vida feliz pela frente. — Pare de falar bobagens. Eu não vou deixar você morrer! — Leona! — vi Marina cair no chão ao nosso lado. — Por que estão tão triste? Dante, você sabe que eu odeio essa expressão. Sabe que não suporto despedidas… Não chore. Não é uma despedida. Segurei a mão dela. Ela tossiu sangue. — Não, Leona… por favor… deixe-me salvá-la. Por favor... Aquele desgraçado… como ousa?
DANTE KINGSTON Leona dirigiu-se para o local que eu nem me lembrava de ter visitado. Ele sabia muito bem que eu não teria nenhuma lembrança deste lugar.— Eu realmente não me lembrava de que a garota era irmã da Úrsula naquela época. — E ainda assim você diz amá-la… Que triste.— Ok, mandei mal, eu devia ter pensado melhor.— Não se sinta mal, Dante, a inteligência depende do tamanho do seu cérebro. — ela brincou.— Você não muda nunca.— Não, eu ainda sou eu. — E então ela parou o carro. — Chegamos. E antes de entrarmos, só quero fazer uma última coisa.Antes que eu pudesse perguntar o quê, ela me deu um beijo na bochecha.— É para dar sorte.Eu me lembrava… ela fazia isso antes de todos os seus grandes projetos.— Agora vamos, sua amante pode não ter muito tempo. — disse ela, saindo do carro.— Ela não é minha amante. — Bufei e também saí depois de verificar minha arma.— Desde quando você começou a usar armas de fogo? — ela perguntou.— Foi um presente seu, devo usar algumas veze
DANTE KINGSTON O avião pousou na Califórnia e eu não liguei o celular. Eu sabia que assim que a Marina me visse partir, ela me seguiria. Olhei para as abotoaduras que estou usando. Foi um presente da Marina no meu aniversário. — Marina, se eu sair daqui vivo, prometo que vou consertar tudo. Teremos o casamento dos sonhos que você quer. Lembro-me do enigma, do lugar onde a conheci, mas é "ela" no quebra-cabeça que me faz pensar há algum tempo. Quem? Quem pode ser ela? Úrsula? Pode ser ela? Mas, pensando bem, meu pai me apresentou a Úrsula pela primeira vez, eu tinha 15 anos. Foi em um hotel aqui na Califórnia, e ele apresentou Emily e seu pai alguns anos antes, quando eu tinha doze anos. Foi também uma reunião de negócios em algum hotel de luxo, em Nova York. Vi um telefone público e liguei para o número do Daniel. Ele atendeu depois de alguns toques. — Oi Daniel, é o Dante. — Dante, onde você está? Todo mundo está preocupado com você. — disse ele. Então a notícia da minha pa
DANTE KINGSTON " Você consegue salvá-los desta vez?"Salvá-los? Quem são eles? Pensei que só tivessem o filho da Úrsula. Quem é o segundo? Ethan me perguntou o que era e mostrei o bilhete a ele.— O primeiro é o filho da Úrsula, mas quem é o segundo? — perguntou ele.Estou tentando descobrir sozinho.— Quem mais não está aqui?— Nora e Daniel não estão aqui por causa dos negócios, e Emily estava quase chegando, então deixamos ela e Thomás...— Ligue para o Thomás agora — eu disse a Ethan.Comecei a tentar o número da Emily. Mas ela não atendia.— O Thomás também não está atendendo. — disse Ethan.— Vamos, Emily, querida, atende, atende. — murmurei enquanto tentava várias vezes. — Por que a Emily? — perguntou Marina.— Porque a Emily, bem... — Liguei para a Emily novamente e ela não atendeu mais uma vez.— O quê? Emily é o quê? — ela perguntou.— Agora não, por favor, Marina, agora não, amor. Prometo te contar tudo — eu disse. — Ethan, Thomás atendeu?— Não, ele não está atendendo t
DANTE KINGSTON Marina segurou minha mão com força. — Dante, eu não sou corajosa. Ri, mesmo com o coração apertado. — Isso está tão errado, amor… você é uma das pessoas mais corajosas que eu conheço. — Ela balançou a cabeça em negação.— Ei, olha para mim, querida — sussurrei baixinho, tentando encontrar seus olhos assustados. — Nós vamos conseguir, ok? Nós vamos conseguir, não importa o que aconteça. O avião tremeu violentamente enquanto o vento ameaçava despedaçá-lo. — Prepare-se, senhor. — ouvi pelo interfone. Abracei Marina, protegendo-a com o meu corpo. O avião mergulhou em direção à terra e sacudiu com tanta força que quase fomos arremessados contra o teto. Segurei-a firme. — Está tudo bem, querida. Vai ficar tudo bem. Estou aqui, bem ao seu lado. Estamos juntos. Estamos aqui. — sussurrei em seu ouvido. O avião atingiu algo duro e o impacto foi tão brutal que pedaços de metal se soltaram. Não estávamos mais no ar, mas ainda não diminuímos a velocidade o suficiente. Vi a
Último capítulo