3 – Tudo tem um preço

IVY CARTER

Caminhei atrás dele e o segui até o estacionamento. Ele estava se aproximando do carro dele, um Ashton Martin. Agora entendi, ele é rico.

— Ei, cara! — Ele se virou. Fui até ele e enfiei o dinheiro na sua mão, recebendo um olhar irritado

— O que foi agora? — ele perguntou sendo palerma o suficiente para não entender.

— O senhor esqueceu o troco.

— Eu disse para ficar com o troco e comprar algo bom. Para não ter que vê-la da próxima vez com esses panos patéticos que você chama de roupa. —Ele disse.

Patético isso, patética aquilo, blá blá blá. Ele não conhece outra palavra ofensiva?

— Eu realmente não quero seu dinheiro nem ter nada a ver com você. Você rejeitou as panquecas que eu fiz e me insultou na frente de todo o restaurante e depois diz que minha roupa não é decente o suficiente para você? Bem, senhor “Quem quer que você seja”. Seu ego é grande demais para o seu cérebro. E eu quero receber nada de uma pessoa com um ego tão grande. — Eu disse dando as costas para ele.

De repente, ele me puxou para si.

— Cuidado! — Senti um carro passar por mim em alta velocidade. Minha raiva havia se dissipado.

De repente, eu estava muito ciente da nossa proximidade.

— Obrigada. — Agradeci, porque afinal uma coisa não tinha nada a ver com a outra e ele meio que salvou minha vida.

— Você devia mesmo tomar cuidado por onde anda, eu não estarei sempre por perto para te salvar, pequena. — Ele acariciou minha bochecha suavemente.

O quê? Pequena? E o que é esse carinho do nada? Deus, eu cruzei o caminho de um maluco com dupla personalidade?

Eu me afastei de suas mãos e sua expressão endureceu.

— Você deveria ir embora. — eu disse.

— Eu vou embora. Mas não vou te deixar tão facilmente, Ivy. Você ainda me deve e eu vou te cobrae cada pequena coisa. A partir de agora. — Franzi a testa ao ouvir isso. — Em breve eu te direi o que eu quero que você faça, e você fará isso se quiser manter aquela casa e aquela bolsa de estudos que você tem para a faculdade. — Ele disse sorrindo.

— Do que você está falando? Você não pode...

— Ah, mas eu posso, pequena. Você ainda não me conhece. Você não sabe do que Aiden Wolfe é capaz. — Porque esse cara fica dizendo o nome dele desse jeito como se fosse uma coisa impressionante?

Cortando completamente minha linha de raciocínio ele me puxou para si e me empurrou para o capô do seu carro, colando seus lábios nos meus. Empurrei-o com toda a minha força e ele cambaleou para trás, olhando para mim com uma expressão selvagem.

— Quem você pensa que é? Não sou nada sua para beijar, tocar ou fazer qualquer coisa, senhor. — eu disse. Seus olhos escureceram.

— Você será, tudo tem um preço. Só não sei o seu ainda.

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