Olhei para o rosto belo de “Aiden Wolfe” levei a mão aos lábios instantaneamente e ele sorriu. Ele se lembrava de mim. Eu logicamente me lembrava, é como se ele fosse onipresente. Ele nunca saia da minha cabeça por nada.
— Venha. sente-se, senhorita Carter. — disse ele com firmeza, com uma expressão de comando escondida no rosto. Mas mais importante que isso... De repente virei senhorita? — Então você quer estagiar no meu escritório de advocacia, estou certo? Não, vim apenas visitar sua empresa e achei que seria divertido tentar uma entrevista. — Sim, senhor, eu gostaria de me juntar ao escritório. — respondi, ignorando meus pensamentos impertinentes diante do seu olhar. Ele colocou a mão sob o queixo, coçando-o pensativamente. — Hummm... Você parece promissora, mas as aparências enganam. Senhorita Carter, o que você pode me oferecer em troca? — Ele perguntou me olhando de um jeito bem descarado. Hein? O quê? — Desculpe, senhor. Não entendi. — Digo enquanto me mexo desconfortavelmente. Ele se levantou e caminhou em direção à minha cadeira, ficando ao meu lado. O homem colocou o braço no encosto da minha cadeira e se inclinou para mais perto. — Fiz uma pergunta simples, Ivy. Se eu lhe der um cargo na minha empresa como consultora jurídica, o que você me dará em troca? — ele disse. Eu não estava tão animada com essa proximidade e estremeci ao sentir sua respiração no meu pescoço. — Não tenho nada a oferecer a você, senhor, além de minha lealdade, minha dedicação e meu trabalho duro. — Respondi sem mover um músculo com meu olhar fixo no lugar dele agora vazio. — Interessante escolha de palavras, senhorita Carter, no entanto... — Ele fez uma pausa e se recostou na mesa, cruzando um pé sobre o outro. — As outras garotas parecem mais promissoras, especialmente a loira que até se ofereceu para aquecer minha cama para este trabalho. Ele está falando sério? — Ninguém deveria se rebaixar tanto por um emprego, senhor. — Respondi encontrando seus olhos escuros. — Ela não queria o emprego, Ivy. ela queria a mim, e por isso estava disposta a fazer qualquer coisa, mas sabe... eu detesto garotas que se jogam em mim. — Ele comentou como se fosse um garanhão pelo qual todas morreriam. — Prefiro as difíceis. — Hum, que bom para você. — Comentei indiferente sem desviar o olhar. Isso não parecia deixá-lo contente. — Posso te dar o emprego, mas tenho uma condição, Ivy. Você ainda me deve e acho que durante dsse programa de estágio de seis meses pode me pagar. Então, se estiver interessada, gostaria de propor algo. — Explicou de uma forma bem duvidosa. Não custa nada saber o que é, certo? — O que você quer que eu faça? — Seja minha escrava pelos próximos seis meses. Vou usá-la como minha empregada, minha secretária e minha personal shopper. — Ele fez outra pausa. — Você vai cozinhar, organizar minhas reuniões e me acompanhar em festas também. — Não é um pedido tão absurdo como pensei. Mas ainda assim... vou para a faculdade e viro escrava, empregada doméstica, etc.!! Esse cara é bem... — Isso eu posso fazer. — respondi, mas ele me interrompeu. — Eu ainda não terminei, senhorita Carter. Preciso de alguém para tirar meu estresse. Quero que você aqueça minha cama à noite. Será uma transa simples, baseada em entendimento mútuo, sem compromisso. — Minha mão voou para o rosto dele por vontade própria, mas ele a segurou a tempo. Obrigada Deus, não tenho grana para bancar um processo de agressão. — Não se atreva a me bater, Ivy. — Puxei minha mão de volta. Como esse cara pode propor algo tão baixo? O que ele pensa que eu sou? — Como ousa me pedir algo assim? Eu não sou uma prostituta e se fosse, não dormiria com você nem por todo o dinheiro do mundo. — Se ele se sentir humilhado o problema é dele, me sinto humilhada em dobro. — Não é prostituição, é simplesmente um relacionamento sexual sem compromisso, baseado no entendimento mútuo. Tenho certeza de que você não desconhece esse negócio de amizade colorida. Não estou pronto para um relacionamento nem tenho paciência para lidar com as emoções femininas. — Parei de ouvir depois daquela coisa de sem compromisso. — Então eu preciso de alguém que nunca se apaixone por mim e nunca corra atrás do meu dinheiro. Você é a opção perfeita. Você pode sair quando quiser após os primeiros seis meses. Vou abrir uma conta em seu nome pelo tempo que você quiser. Também vou te ajudar a abrir seu próprio restaurante, se assim desejar. — Desculpe, me recuso a fazer isso. Posso ser tudo, menos sua escrava sexual. — Não vou ter minha primeira vez com alguém que desprezo. — Acredito que devo fazer isso com alguém que gosto, não com alguém que quer me foder apenas para seu próprio prazer. — Afinal por que tem que ser eu? Tem muita mulher por ai que vai gostar dos “beneficios” que ele oferece. Depois de tomar minha decisão levantei para ir embora. — Que pena, Ivy, porque isso poderia ter salvado a casa da sua mãe, que ela tanto se esforçou para manter. Que pena que a própria filha dela quer que ela fique sem teto. — Ele está mesmo partindo para as ameaças. Quanta satisfação pode obter em forçar alguém a dormir com ele? — Sem falar que ela quer trabalhar no café pelo resto da vida. Ela não está ficando mais jovem, Ivy. Ela precisa de apoio e bons cuidados agora. Ela precisa ser feliz e livre para viver a vida dela. — Com licença, senhor, minha mãe tem apenas 35 anos. Ela não tem 75. Depois de ouvi-lo e receber um prazo. Eu não disse nada, apenas bati a porta. Naquela noite, mal dormi. Ele me deu um número e disse para avisá-lo até o final da semana, e que minha mãe terá esse tempo. Eu queria jogá-lo do andar de cima. Mas infelizmente não pude. Fiquei rolando na cama relembrando das suas palavras: “Minha oferta vale até o final desta semana, Ivy. Não sou um homem paciente, e preciso que me ligue se você concordar, caso contrário, escolherá sua ruína e eu seguirei em frente.” Não conseguia saber se ele tinha mesmo como fazer isso. Mas ele é absurdamente rico e gente rica pode qualquer coisa. Se for verdade, farei qualquer coisa para salvá-la. Ela é minha mãe e farei qualquer coisa para garantir que ela tenha a melhor vida possível. Mal consegui dormir, todos os eventos estavam rondando minha mente. Eu estava mais cansada do que antes de deitar. Odeio minha aparência, agora eu parecia mais do que um guaxinim. Posso fazer qualquer coisa pela minha mãe, menos esquentar a cama dele a qualquer custo. Preciso encontrar algo para contornar essa exigência, talvez uma brecha. Fiquei em frente ao café onde deveria encontrar o advogado da minha mãe. Ela relutou em me dar o número dele, tive que mentir de novo, e disse que precisava de uma carta de recomendação para o meu emprego atual e que era só isso que estava me atrapalhando naquela empresa, então ela concordou. Ok, chegou o momento da verdade. Respirei fundo e entrei no café.Vi o senhor Oslon sentado, me esperando. Era um homem de quase 40 anos, não muito mais velho que minha mãe. Sentei e conversei um pouco até nossas bebidas chegarem.— Senhor Oslon, quero que me prometa uma coisa, não importa o que eu diga. O senhor não falará nada com minha mãe. É importante que toda essa conversa fique entre nós dois. — Ele assentiu.— Preciso saber se minha mãe tem alguma dívida ou alguma hipoteca para pagar. — Fui direto ao ponto. — Ela não tem nenhuma dívida para pagar, mas a hipoteca da casa dela ainda está vencida. Ela deveria ter sido paga há meses, mas, como ela adoeceu, não pôde fazer isso, e o tribunal emitiu uma notificação judicial informando que, se ela não conseguisse pagar o preço da casa até o final deste mês, deveria deixá-la imediatamente. — ele me explicou.Isso significa que o Aiden não estava blefando. Ele estava falando sério. — Você está bem, senhorita Carter? — perguntou preocupado. — Sim, estou bem, obrigada, senhor Oslon, por me dar seu te
AIDEN WOLFE Desde a primeira vez que esbarrei naquela garota, eu soube exatamente o que queria: vingança e claro, domá-la. Não importava o rosto angelical ou o fogo que queimava por trás daqueles grandes olhos. Ivy Carter era apenas uma garota, uma distração que eu não podia ignorar, e que eu faria pagar por ter me desafiado. Depois daquele primeiro encontro, coloquei imediatamente uma equipe para investigar cada detalhe da sua vida. Família. Histórico escolar. Amigos. Namorados. Onde ela morava, onde trabalhava, até o tipo de café que ela preferia nas manhãs. Nada escapou do meu entendimento. Claro, também fui eu quem garantiu que ela fosse chamada para o estágio no meu escritório. Acham mesmo que um CEO multimilionário, teria tempo para entrevistar estagiárias pessoalmente? Patético. Tudo era parte do plano. E agora aqui estava ela, sentada à minha frente, mordendo o lábio enquanto lia o contrato com aquela concentração deliciosa. Tão inocente.
Olhei o papel e ele continha tudo o que eu mais detestaria. O contrato estipulava que eu teria que permanecer como namorada dele por no mínimo seis meses e no máximo um ano.Durante o contrato, manteremos relações sexuais e ele e eu não teremos nenhum tipo de relação sexual com nenhuma outra pessoa. Esse foi um bom ponto.Durante esse tempo eu o acompanho em todos os lugares como sua secretária também, e ele me treinará para me tornar a consultora jurídica da empresa. Se eu quisesse ficar após o término deste contrato, eu teria o cargo de consultora jurídica chefe na empresa.Pelo período de um ano, se eu continuar o contrato após seis meses, ele continuará a prover por pelo menos um ano todas as minhas despesas e qualquer ajuda adicional que eu possa precisar. Um bom exemplo disso, pode me beneficiar e também me prejudicar.Pelo período de um ano, tenho que morar com ele como sua companheira, e ele tem o direito de me usar fisicamente sempre que necessário, e eu não posso recusar. Is
Aiden desabotoou minha camisa com lentidão provocante, revelando minha pele centímetro por centímetro, como se tivesse toda a paciência do mundo. Meu peito subia e descia com a respiração acelerada, enquanto seus lábios traçavam um caminho de beijos suaves pelo meu pescoço. Ele se afastou apenas o suficiente para me olhar, com um sorriso satisfeito nos lábios.— Se eu pudesse, gravaria essa imagem na minha mente para sempre, Ivy. — Sua voz estava rouca. — Você não tem ideia do quanto fica linda usando vermelho. Parece uma deusa.Em movimentos apressados, Aiden se livrou da camisa e da calça, deixando-as amontoadas aos pés da cama. Seus olhos me percorreram, cheios de desejo.— Deus, você é linda, Ivy — murmurou, levando minha mão aos lábios e beijou meus dedos, mordiscando levemente a palma. Era um território completamente novo para mim.Aiden deslizou as mãos pelas minhas pernas, estendendo-as cuidadosamente para cima, sem romper o contato visual. Seus olhos castanhos não deixaram os
Acordei sentindo o corpo todo dolorido. Levei alguns segundos para lembrar o motivo, e quando lembrei, o medo se instalou de imediato no meu estômago. Agora que ele me teve, ele poderia simplesmente me abandonar. Droga! Eu nem sequer assinei o contrato.Que ótima negociante você é Ivy Carter...Meus olhos vaguearam pela cama, onde vi o lençol manchado de sangue, uma marca da minha inocência perdida. Meu peito apertou ao perceber que ele sequer ficara comigo. E por que deveria? Eu tinha servido ao seu propósito.Com esforço, comecei a me mover, pronta para retomar a minha vida miserável, quando ele entrou no quarto, já completamente vestido.— Onde você pensa que vai? — perguntou, arrumando a manga da camisa. Olhei para ele de relance antes de abaixar o olhar para o lençol, envergonhada. Por que eu me sentia tão tímida de repente? — Olhe para mim, pequena — ele ordenou, a voz mais suave desta vez. Relutante, ergui o rosto, puxando o lençol para cobrir meu corpo nu. Com um único movimen
Caminhei ao lado dele, tentando acompanhar seus passos, enquanto uma onda de ansiedade se espalhava dentro de mim. O que as pessoas pensariam ao nos verem juntos? Mais uma garota qualquer, atrás de dinheiro fácil? O que minha mãe diria ao ver sua filha com ele? Aiden Wolfe. Um dos solteiros mais cobiçado de Nova York. De repente, aquela realidade desabou sobre mim, esmagadora. Eu devia estar transparecendo meu desconforto, porque Aiden apertou meu braço.— Você está bem, Ivy? Parece tensa, pequena.— Eu... estou bem, não se preocupe — respondi rapidamente, forçando um sorriso.Ele não insistiu no assunto, para meu alívio.Seguimos até uma cabine de vidro elegante, onde outro homem, ainda mais intimidador que Aiden, nos aguardava. Seus olhos encontraram os de Aiden primeiro, com um sorriso contido, mas quando pousaram sobre mim, se estreitaram em julgamento. Conhecia bem aquele olhar. O mesmo olhar que tantas vezes suportei. De desprezo. De desconfiança.Aiden apertou meu braço com ma
AIDEN WOLFE Fiquei olhando para a porta que ela acabara de atravessar, sem conseguir me mexer por alguns segundos. O som seco da porta se fechando ficou dentro de mim como uma condenação.Vitor pigarreou, mas eu nem olhei para ele. Minha mandíbula travada era a única resposta que ele teria de mim naquele momento.Idiota.Idiota por julgá-la, sendo que eu a persegui. Idiota por fazê-la se sentir como menos. E eu também era um idiota... por não ter previsto que seria difícil para ela.— Aiden, eu... — Vitor começou, a voz baixa de arrependimento.— Está demitido. — interrompi, direto ao ponto. Não me importei que ele fosse um amigo antigo. Naquele instante, nada era mais importante do que ela.Levantei-me e deixei os papéis na mesa com uma batida alta, ignorando qualquer tentativa de justificativa dele. Saí da sala, sentindo o sangue latejar nas têmporas. O corredor parecia mais longo do que o normal. Cada passo só aumentava minha frustração.Assim que saí do prédio, tirei o celular d
Vi Aiden dirigindo em alta velocidade. Ele parecia fora de si, completamente descontrolado. Suas mãos agarravam o volante com tanta força que seus nós dos dedos estavam quase brancos. Aquela imagem ficou gravada na minha mente, e me peguei pensando no que poderia estar o incomodando tanto a ponto de conduzir assim. Eu queria perguntar. Queria quebrar o silêncio sufocante que preenchia o carro. Mas depois de ter virado as costas para ele, achei que não tinha mais esse direito.Sem saber para onde estávamos indo, tentei me concentrar na paisagem do lado de fora da janela, na esperança de que isso acalmasse a confusão dentro de mim. Aiden permaneceu em silêncio, os olhos fixos na estrada. Aos poucos, percebi que estávamos nos aproximando do oceano.Uma praia?Jamais imaginei Aiden como o tipo de homem que buscaria consolo nas ondas do mar.Ele estacionou bruscamente e, sem dizer uma palavra, contornou o carro para abrir minha porta. Estendeu a mão para mim, e, sem questionar, aceitei. S