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Nunca se apaixone por um bilionário
Nunca se apaixone por um bilionário
Por: Rose Barbosa
1 – Você está me chamando de pobre?

IVY CARTER

Observei minha mãe andando pelo café onde trabalhava. Ela parecia mais frágil e cansada. E ela tem apenas 35 anos. Agora estou na faculdade, no ano passado, consegui me formar mais cedo e também ganhei a bolsa de estudos.

Minha mãe sempre foi minha heroína, embora ela tenha me dado uma única regra: “nunca se apaixone por um bilionário”. Ela se apaixonou e se arrependeu, pois ele a usou apenas para uma noite e a deixou lá com uma criança para cuidar.

Ainda é um assunto delicado para ela, sobre o qual nunca pretendemos falar. Ela tinha apenas dezesseis anos quando me teve e largou tudo para me criar como uma pessoa responsável. Enfim... Não é como se eu fosse a pessoa mais bonita do mundo e um bilionário de repente me encontraria e se deixaria ser seduzido por meus encantos. É uma regra bem fácil de se cumprir, certo? De qualquer forma meu ex-namorado Christian, não era rico e mesmo assim era um cafajeste que me traiu inúmeras vezes antes que descobrisse.

Minha mãe sorriu para mim enquanto atendia outro cliente. Eu queria assumir o turno dela por alguns dias, pois estava livre depois das provas deste semestre. No próximo semestre, farei meu estágio em um escritório de advocacia renomado. Espero conseguir um emprego lá.

— Mãe, eu posso assumir o seu turno daqui, vá para casa e descanse. — eu pedi. Ela estava prestes a protestar, mas eu simplesmente a fiz ficar quieta. A chefe dela, que me conhecia desde criança, aprovou e disse para minha mãe descansar.

— Obrigada, tia Anne, por me deixar ficar com o turno dela. — eu disse. — Eu vejo sua mãe desde que você nasceu, Ivy. Ela trabalhou demais para esquecer o que aconteceu com ela anos atrás. Felizmente, não temos clientes suficientes hoje, pois o horário de pico está quase acabando. Você pode arrumar os livros ali, querida, por favor. — ela sugeriu.

Caminhei até minha estação e comecei a organizar os livros em ordem. Terminei em meia hora, andando de costas para admirar meu trabalho artesanal, apenas para colidir com algo ou, no meu caso, com alguém. Virei-me e me deparei com olhos escuros raivosos, olhos escuros muito, muito raivosos, e isso me fez engolir em seco.

— Qual é o seu problema, mulher? Você não consegue ver por onde anda?

Vi que sua camisa branca tinha uma grande mancha de café. Ótimo, é meu primeiro dia e eu faço isso. Peguei um guardanapo e comecei a limpá-lo. Quando eu me perdi na sensação do músculo sob meus dedos, ouvi ele suspirar novamente. — Não vai sair, sabe, e estou atrasado para o meu jantar. Você faz ideia do quanto isso vai me custar? — Ele murmurou com raiva.

— Desculpe, senhor, eu não sabia que o senhor estava aí. — Tentei pedir perdão com o tom mais educado possível, mas quem me conhece sabe que essa não é exatamente a minha especialidade.

— A senhora saberia se olhasse ao redor. Se nem uma coisa simples dessas você consegue fazer direito, o que mais você acha que consegue? — disse ele, ainda furioso. Senti minha raiva chegar ao ápice.

— O senhor também poderia saber observar, você tem dois olhos enormes. — eu disse.

Talvez eu não devesse ter dito isso a ele. Talvez eu não devesse, porque a próxima coisa que eu percebi foi que eu estava em apuros.

— Garota patética, você está me fazendo perder tempo aqui. Você definitivamente não tem respeito por ninguém. E minha melhor camisa está arruinada por sua causa. — disse ele, puxando a gola da camisa com força.

— Eu poderia te pagar de volta. — Eu vi os botões voar... junto com uma boa amostra daqueles músculos definidos.

— Posso... posso pagar pela camisa — respondi, sem conseguir desviar o olhar.

Ele riu. Um sorriso arrogante, mas bonito, admito.

— Duvido que seja possível, mesmo se você se vender, não poderá pagar por um centímetro deste tecido. — O senhor esnobe disse e eu franzi a testa.

— Você está me chamando de pobre? E o que faz você pensar que uma peça de roupa vale mais do que eu ou qualquer pessoa? Você não sabe o que é respeito! —

Sua expressão ficou gélida. — Você não sabe quem eu sou.

— Não preciso conhecer uma pessoa para saber que ela é um grande babaca. — Respondi com a mesma arrogância.

Ele deu um passo à frente e se inclinou, como se fosse me beijar. Fiquei completamente paralisada, só conseguia sentir o calor da sua respiração invadindo meu ouvido. — Você me deve muito mais do que dinheiro agora, e eu, Aiden Wolfe, sempre cobro até último centavo de uma dívida.

Ele se virou e foi embora.

Acordei com o som da porta se fechando, alto como uma explosão.

Desejei que nunca mais voltássemos a nos ver.

Mas “Nunca” nunca funciona.

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