IVY CARTER
Olhei para o rosto belo de “Aiden Wolfe” levei a mão aos lábios instantaneamente e ele sorriu. Ele se lembrava de mim. Eu logicamente me lembrava, é como se ele fosse onipresente. Ele nunca saia da minha cabeça por nada. — Venha. sente-se, senhorita Carter. — disse ele com firmeza, com uma expressão de comando escondida no rosto. Mas mais importante que isso... De repente virei senhorita? — Então você quer estagiar no meu escritório de advocacia, estou certo? Não, vim apenas visitar sua empresa e achei que seria divertido tentar uma entrevista. — Sim, senhor, eu gostaria de me juntar ao escritório. — respondi, ignorando meus pensamentos impertinentes diante do seu olhar. Ele colocou a mão sob o queixo, coçando-o pensativamente.— Hummm... Você parece promissora, mas as aparências enganam. Você se atrasou! Você teve a coragem de se atrasar! Me fez perder um tempão. Como posso confiar em você?
Perder tempo? Mas antes de mim ele também estava entrevistando aquelas outras mulheres.
— Desculpa, prometo que da próxima vez chego no horário. — Não dá pra eu simplesmente dizer que sonhei com você e por isso me atrasei, né…
— Então, Senhorita Carter, se quiser o trabalho, o que você pode me oferecer em troca? — Ele perguntou me olhando de um jeito bem descarado.
Hein? O quê? — Desculpe, senhor. Não entendi. — Digo enquanto me mexo desconfortavelmente. Ele se levantou e caminhou em direção à minha cadeira, ficando ao meu lado. O homem colocou o braço no encosto da minha cadeira e se inclinou para mais perto. — Fiz uma pergunta simples, Ivy. Se eu lhe der um cargo na minha empresa como consultora jurídica, o que você me dará em troca? — ele disse. Eu não estava tão animada com essa proximidade e estremeci ao sentir sua respiração no meu pescoço. — Não tenho nada a oferecer a você, senhor, além de minha lealdade, minha dedicação e meu trabalho duro. — Respondi sem mover um músculo com meu olhar fixo no lugar dele agora vazio. — Interessante escolha de palavras, senhorita Carter, no entanto... — Ele fez uma pausa e se recostou na mesa, cruzando um pé sobre o outro. — As outras garotas parecem mais promissoras, especialmente a loira que até se ajoelhou na minha frente, pronta pra arrancar minha calça só pra conseguir o trabalho. Ele está falando sério? — Ninguém deveria se rebaixar tanto por um emprego, senhor. — Respondi encontrando seus olhos escuros. — Ela não queria o emprego, Ivy. ela queria a mim, e por isso estava disposta a fazer qualquer coisa, mas sabe... eu detesto garotas que se jogam em mim. — Ele comentou como se fosse um garanhão pelo qual todas morreriam. — Prefiro as difíceis. — Hum, que bom para você. — Comentei indiferente sem desviar o olhar. Isso não parecia deixá-lo contente. — Posso te dar o emprego, mas tenho uma condição, Ivy. Você ainda me deve e acho que durante dsse programa de estágio de seis meses pode me pagar. Então, se estiver interessada, gostaria de propor algo. — Explicou de uma forma bem duvidosa. Não custa nada saber o que é, certo? — O que você quer que eu faça? — Seja minha escrava pelos próximos seis meses. Vou usá-la como minha empregada, minha secretária e minha personal shopper. — Ele fez outra pausa. — Você vai cozinhar, organizar minhas reuniões e me acompanhar em festas também. — Não é um pedido tão absurdo como pensei. Mas ainda assim... vou para a faculdade e viro escrava, empregada doméstica, etc.!! Esse cara é bem... — Isso eu posso fazer. — respondi, mas ele me interrompeu. — Eu ainda não terminei, senhorita Carter. Preciso de alguém para tirar meu estresse. Então, quero que você aqueça minha cama à noite.Minha mão voou em direção ao rosto dele automaticamente.