Aslin Ventura, você aceita o senhor Alexander Líbano como seu esposo? — Aceito! Ela respondeu encantada, sem saber que aquelas palavras selariam seu destino. O que acreditava ser o início de um conto de fadas maravilhoso acabou se tornando o oposto: um terrível inferno no qual ela queimaria pouco a pouco. Aslin Ventura é uma jovem linda de 21 anos, que desde a infância foi preparada para ser a esposa do cruel, frio e calculista Alexander Líbano, um magnata bilionário. Aslin sempre esteve apaixonada por Alexander, mas o que acontecerá quando ela descobrir que no coração dele existe outra mulher? E que, para sua infelicidade, essa mulher é sua própria irmã? Essa revelação transforma a vida de Aslin em um verdadeiro pesadelo. Será que Aslin conseguirá encontrar um raio de luz nesse mundo implacável?
Ler maisPOV: Aslin VenturaO tempo parecia ter parado. Diante de mim, Alexander sorria como um maníaco enquanto o cano frio da pistola de Carttal roçava sua têmpora. Aquele sorriso torto, doentio, deixava claro o quanto ele estava apodrecido por dentro. Não era um homem… era um monstro que se alimentava da dor alheia.— Carttal, você é incrível… — sua voz soava irônica, venenosa. — Acabei de chegar e é assim que me recebe? Não é muito educado da sua parte.— Cala a boca ou eu atiro agora mesmo! — rugiu Carttal, o braço firme, sem tremer. — Finalmente te tenho nas minhas mãos. Desta vez você não vai fugir.Alexander o observou sem o menor traço de medo, como se ter a morte tão perto o alimentasse em vez de assustá-lo. Então, com um simples movimento de mão, fez um sinal para o homem que estava ao seu lado — parecia ser seu assistente. O sujeito assentiu imediatamente e, em questão de segundos, vi vários homens surgirem arrastando alguém.Meu coração parou.— Não… — murmurei entre dentes, quase
POV: Aslin VenturaO dia seguinte amanheceu estranho. Desde que abri os olhos senti um peso no peito, como se algo invisível me apertasse com força, como se uma sombra se erguesse ao meu redor anunciando uma desgraça inevitável. Tentava me convencer de que eram só ideias minhas, mas quanto mais as ignorava, mais presentes ficavam.Não tinha visto Cinthia a manhã inteira e isso, de certo modo, me deu um alívio. Aquela mulher era veneno, eu sabia. Mais cedo ou mais tarde ela sairia desta casa, porque o tempo dela aqui estava contado. Eu pressentia isso tão claro quanto o ar que respirava.Mas o que mais me deixava inquieta não era ela, e sim o que acontecia entre Carttal e eu. Ele havia mudado. Já não me olhava com a desconfiança cruel que me atravessava como lâminas. Agora parecia acreditar em mim, parecia confiar de novo. Era como se uma parte dele tivesse voltado para mim, como se a ferida começasse a cicatrizar. Isso me enchia de alívio, mas ao mesmo tempo me aterrorizava… porque es
POV: Alexander LíbanoEu andava de um lado para o outro no escritório como um louco, o olhar fixo na parede enquanto minhas mãos se crispavam e relaxavam ao mesmo tempo. O silêncio do lugar era quase insuportável, quebrado apenas pelo leve zumbido do ar-condicionado e o som apressado dos passos de Ezequiel ao meu lado — meu assistente... ou melhor dizendo, minha última decepção. Não sei como alguém pode ser tão inútil e ainda assim continuar respirando.Eu o observava enquanto ele tentava organizar alguns papéis que já nem me importavam mais. Cada tentativa dele de fazer algo certo terminava em um desastre que me obrigava a conter um grito, a segurar a fúria que fervia em minhas veias.Deymon, por outro lado, sabia como fazer as coisas. Sinto falta dele… sinto tanta falta que às vezes tenho vontade de tirá-lo da masmorra onde o mantive preso, libertá-lo para que colocasse ordem novamente, algo que Ezequiel jamais conseguiria sonhar em fazer. Mas era inútil. Já era tarde demais para co
POV: Terceira pessoaCarttal estacionou o carro em frente à residência de Cedric. Mal desligou o motor, Aslin abriu a porta e desceu apressada. As feridas ainda lhe doíam; cada passo era uma pontada que lhe lembrava o tormento vivido, mas nada daquilo importava. O desejo de ver os filhos, de senti-los nos braços, era mais forte que a dor.Ao entrar no hall, seus olhos se iluminaram ao vê-los. Liam, Isabella e Noah estavam em pé, de mãos dadas com Soraya. A mulher os mantinha por perto, protegendo-os com aquela serenidade firme que sempre demonstrava.—Mamãe! —gritaram as crianças em uníssono ao vê-la.Aslin não pensou duas vezes. Correu até eles e se ajoelhou, embora o esforço lhe arrancasse um gemido de dor. Abraçou-os com desespero, cobrindo-os de beijos, respirando aliviada o perfume de suas cabecinhas. Era como se, tê-los nos braços, tudo o que havia acontecido se dissipasse por um instante.—Estão bem? —perguntou com a voz trêmula, acariciando seus rostos, verificando se não tinh
POV: Aslin VenturaO frio do cano da arma contra minha têmpora me fazia tremer dos pés à cabeça. Sentia a pele gelada, o coração batendo com tanta força que parecia que iria rasgar meu peito. O homem apertava meu pescoço com uma das mãos, sua respiração era pesada, cheia de ódio. Eu mal conseguia respirar.As lágrimas embaçavam minha visão, mas mesmo assim eu o vi. Lá estava ele. Carttal.De pé diante de mim, com os olhos acesos de fúria, como se o mundo inteiro pudesse arder naquele instante apenas com o seu olhar. Ele não se movia, não dizia nada, mas sua presença era tão intensa que me sustentou quando senti que ia desmoronar.—Nem um passo, Azacel —rosnou o homem, pressionando ainda mais a arma contra minha cabeça.Soltei um gemido abafado. Minhas mãos estavam amarradas, meu corpo doía, e o medo me apertava o peito. Mas, ao ver Carttal ali, diante de mim, uma faísca de esperança percorreu meu corpo.Ele ergueu as mãos devagar, com a mandíbula tensa.—Tudo bem… —disse com uma voz g
POV: Carttal AzacelO rugido do motor ressoava nos meus ouvidos quando cheguei ao hospital. O sangue fervia nas minhas veias, e cada batida do meu coração era um tambor de guerra. Mal estacionei, um mau pressentimento me percorreu o corpo. Tudo estava demasiado calmo, demasiado silencioso para um lugar que deveria transmitir calma e segurança.Ethan já me esperava na entrada, o rosto endurecido e as mãos segurando a pistola com força. Aproximou-se de mim com passos firmes e, sem precisar de palavras, soube que algo estava errado.—Carttal —disse com a voz baixa, presa—. Nos deram uma armadilha.Minha mandíbula tensionou-se. Suspeitara desde o momento em que desviaram minha atenção de Aslin. Cerrei os dentes e caminhei em direção à entrada do hospital, com Ethan ao meu lado. Assim que atravessamos o limiar, o ar mudou. A tensão podia ser cortada com uma faca.Corredores vazios. Luzes piscando. O cheiro de desinfetante misturado com pólvora no ambiente. Então eu os vi.Sombras se movend
Último capítulo