Aslin Ventura, você aceita o senhor Alexander Líbano como seu esposo? — Aceito! Ela respondeu encantada, sem saber que aquelas palavras selariam seu destino. O que acreditava ser o início de um conto de fadas maravilhoso acabou se tornando o oposto: um terrível inferno no qual ela queimaria pouco a pouco. Aslin Ventura é uma jovem linda de 21 anos, que desde a infância foi preparada para ser a esposa do cruel, frio e calculista Alexander Líbano, um magnata bilionário. Aslin sempre esteve apaixonada por Alexander, mas o que acontecerá quando ela descobrir que no coração dele existe outra mulher? E que, para sua infelicidade, essa mulher é sua própria irmã? Essa revelação transforma a vida de Aslin em um verdadeiro pesadelo. Será que Aslin conseguirá encontrar um raio de luz nesse mundo implacável?
Ler mais—Alexander! —gritei novamente, com o peito em chamas, os olhos cheios de lágrimas e a garganta apertada—. Covarde maldito, aparece!Mas não houve resposta.Apenas o vento.Apenas o maldito som do vento balançando as folhas, como uma zombaria suave, como se a própria natureza quisesse me lembrar que ele sempre se escondia nas sombras, deixando migalhas de medo por onde passava.Fiquei ali, no meio das árvores, respirando com dificuldade, sentindo a raiva se misturar ao cansaço. Eu não aguentava mais. Estava farta. Exausta. Cansada de correr, de temer, de fingir que estava bem quando, por dentro, estava despedaçada.Me virei e voltei para a mansão sem olhar para trás. As portas se fecharam atrás de mim com um estalo seco. Subi as escadas sem parar, sem pensar. Meu corpo se movia sozinho, como se soubesse o caminho até meu refúgio de tristeza.Entrei no quarto e bati a porta com força.Aproximei-me do criado-mudo com passos rápidos e desesperados, abri a gaveta e peguei o frasco de compr
POV: Aslin VenturaAcordei com um sobressalto. O primeiro raio de sol mal atravessava as cortinas, mas meu peito já sentia o peso da angústia. Levei um segundo para me situar, reconhecer o quarto, a manta sobre mim... e então, como um tapa gelado no rosto, a imagem dos olhos frios de Alexander voltou. Ele esteve aqui. Neste mesmo quarto. A centímetros de mim. Ele me beijou.Engoli em seco. Não podia me permitir cair de novo. Não agora. Tinha que deixar isso de lado, mesmo que por dentro o medo me consumisse. Levantei de um salto e corri pelo corredor, descalça, com o coração batendo como um tambor nos meus ouvidos. Precisava ver meus bebês. Precisava sentir que estavam bem.Abri a porta do quarto deles com pressa, e lá estavam. Meus três pequenos, ainda meio dormindo, com seus rostinhos suaves e olhinhos semicerrados. Corri até eles e os abracei forte, tão forte como se assim pudesse protegê-los de todo o mal do mundo.—Mamãe… estávamos preocupados com você ontem à noite —disse Liam,
Carttal voltou para o quarto com o coração ainda galopando no peito. Havia percorrido cada canto da propriedade com seus homens, gritado ordens, revistado até o menor detalhe, mas não encontrou nada. Apenas o silêncio… e aquela maldita corda pendurada como uma sombra do que havia acontecido.Ao cruzar o batente da porta, seus olhos procuraram desesperadamente por Aslin. E então a viu, encolhida em um canto, tremendo, mas desta vez não estava sozinha.Soraya havia se ajoelhado ao lado dela. A segurava com ternura, uma mão acariciando seus cabelos enquanto a outra envolvia seus ombros. Aslin chorava desconsoladamente, e Soraya, com o rosto sério e uma força serena no olhar, murmurava palavras suaves, quase como uma oração.—Shh… calma… já passou —dizia com voz doce—. Estou aqui, Aslin. Eu acredito em você. Eu sei que você não está louca… Eu sei que foi real. Ele está vivo, e nós vamos encontrá-lo.Carttal parou seco ao ver a cena. Sua raiva se dissipou por um momento, substituída por al
POV: Terceira pessoaAslin lutava com todas as forças, cada músculo do seu corpo tenso de puro desespero enquanto seus dedos tentavam arrancar a mão que tapava sua boca. Mas Alexander era mais forte. Seu braço a envolvia com firmeza, imobilizando-a contra o peito. O pânico nublava sua mente. Ela chutava, se debatia, mas era inútil. Seu captor nem sequer se abalava.Então, ele a girou com um único movimento, rápido, violento. Aslin ficou de frente para ele. A escuridão dominante no quarto mal permitia distinguir seu rosto, mas seus olhos... seus olhos brilhavam. Um brilho doentio, quase sobrenatural, refletia uma loucura contida por tempo demais.Antes que ela pudesse gritar, antes mesmo de recuperar o fôlego, Alexander se inclinou e capturou seus lábios com os dele.O beijo foi uma invasão, uma sentença. Não havia doçura, não havia amor. Era uma posse marcada pela raiva, pela obsessão. Aslin tentou empurrá-lo, pressionando com as palmas das mãos contra seu peito, mas ele não cedia. Se
POV: Aslin VenturaJusto quando eu começava a me sentir um pouco mais estável, mais presente naquele jantar cercada por quem me amava — ou, pelo menos, por quem fingia fazê-lo —, ouviram-se batidas secas na porta da frente. Toques firmes, seguros, mas breves. Ninguém à mesa se moveu de imediato, até que uma das empregadas — Marina, acho — apressou-se pelo corredor em direção ao vestíbulo.Não dei importância. Pensei que fosse um entregador ou alguma encomenda esquecida. Mas então, a vi voltar... com algo nos braços.Um buquê.Um buquê de rosas brancas.Marina o carregava como se fosse algo frágil, embora a confusão estivesse estampada em seu rosto. Ela hesitava a cada passo, olhando ao redor, como se esperasse que alguém aparecesse de repente para reivindicar o que trazia. Quando entrou na sala de jantar, o aroma das flores chegou antes dela. Um perfume suave, doce, quase anestesiante. Todos nos viramos para olhar.— E isso? — perguntou Soraya com seu tom firme, cruzando os braços com
Aslin se trocou lentamente, como se cada peça de roupa que vestia a ajudasse a recuperar um pouco do controle sobre si mesma. Escolheu um vestido azul-escuro, de tecido macio, que cobria os braços e caía logo abaixo dos joelhos. Prendeu o cabelo em uma trança solta e passou um pouco de blush nas bochechas para disfarçar a palidez. Ainda assim, seus olhos continuavam a denunciá-la.Ela se olhou uma última vez no espelho antes de sair do quarto.Desceu as escadas com passos silenciosos, segurando-se no corrimão como se ainda tivesse dificuldade em manter o equilíbrio. À medida que se aproximava da sala de jantar, as vozes de sua família chegavam como murmúrios. Vozes calorosas, misturadas a risos, o tilintar de talheres e o som distante de uma taça brindando com outra.Ao dobrar o corredor e cruzar o vão da sala de jantar, foi recebida por uma explosão de alegria.— Mamãe! — gritou Isabella, saltando da cadeira para correr até ela. — Você veio!— Mamãe! — seguiu Noah, com um sorriso que
Último capítulo