Aslin Ventura, você aceita o senhor Alexander Líbano como seu esposo? — Aceito! Ela respondeu encantada, sem saber que aquelas palavras selariam seu destino. O que acreditava ser o início de um conto de fadas maravilhoso acabou se tornando o oposto: um terrível inferno no qual ela queimaria pouco a pouco. Aslin Ventura é uma jovem linda de 21 anos, que desde a infância foi preparada para ser a esposa do cruel, frio e calculista Alexander Líbano, um magnata bilionário. Aslin sempre esteve apaixonada por Alexander, mas o que acontecerá quando ela descobrir que no coração dele existe outra mulher? E que, para sua infelicidade, essa mulher é sua própria irmã? Essa revelação transforma a vida de Aslin em um verdadeiro pesadelo. Será que Aslin conseguirá encontrar um raio de luz nesse mundo implacável?
Ler maisPOV: Carttal AzacelO silêncio no escritório pesava. Ainda segurava o telefone na mão quando a voz grave de Cedric, meu avô, cortou o ar como uma lâmina bem afiada.— O que aconteceu, Carttal? Quem era?Demorei um segundo para responder. Engoli em seco, fechei os olhos por um instante e deixei o celular sobre a mesa com um leve baque seco.— Foi aquele desgraçado do Demon —disse enfim, cerrando os dentes—. Disse que amanhã precisamos viajar para Centralia para fechar um negócio. Segundo ele, está estipulado no contrato.Cedric não respondeu de imediato. Levantou-se devagar, caminhou até a janela do escritório e olhou para os jardins cobertos pela neblina. Sua silhueta se destacava contra a luz tênue que entrava pelos vidros.— Você precisa ter muito cuidado —disse finalmente, sem me encarar—. Leve uns vinte seguranças. Inclusive o Mariano, vou emprestá-lo. Ele saberá o que fazer. Alexander é muito astuto, Carttal. E quando os astutos voltam dos mortos... é porque não pretendem ir embo
Aproximei-me de Aslin devagar, como se cada passo que eu desse quebrasse algo dentro de mim. Vi que ela tremia, quase imperceptível, com os lábios apertados e os olhos úmidos. Não se mexeu. Não disse nada. Apenas me olhou como se não soubesse se devia confiar em mim ou sair correndo. E isso doía. Mais do que qualquer golpe. Mais do que qualquer traição.Parei diante dela, tão perto que podia sentir o tremor em seu peito, o aroma doce do perfume misturado com o medo que ainda pairava no ar.— Você estava certa o tempo todo —disse, com voz baixa, como se cada palavra me custasse a alma —. Não foi uma visão o que você viu aquele dia no parque… Era o Alexander.Aslin ficou em silêncio. Por um segundo, achei que não tivesse me ouvido. Mas então abaixou o olhar e sussurrou, quase inaudível:— Eu sabia… — seus olhos se encheram de lágrimas contidas —. Eu sabia que ele estava vivo. E quando apareceu no meu quarto naquela noite… soube que não era alucinação. Ele está vivo, Carttal.Não disse n
POV: Carttal AzacelA noite caía como uma maldita sentença sobre a mansão. O céu parecia esmagar com seu peso, e o ar... o ar estava carregado. Algo ia explodir. Eu sabia. Podia sentir nos ossos. Ao longe, os passos apressados dos empregados me confirmavam o que já sabiam: era melhor ficarem fora do meu caminho.Rangiu o mundo quando freiei bruscamente diante da entrada. Nem esperei alguém sair. Abri a porta do carro com fúria, desci e caminhei até a mansão como uma maldita tempestade. Ninguém me olhou. Melhor assim. Não queria ver ninguém. Não queria falar. Só queria chegar ao escritório. Só queria quebrar algo. Ou alguém.Atravessei o vestíbulo sem dizer uma palavra. Sentia a raiva no sangue, como ácido. Subi as escadas com passos que tremiam de fúria e abri a porta do escritório com um empurrão brutal. Fechei com força, e o eco soou como uma maldição. Sabia o que ia fazer. Não pensei. Apenas deixei sair.A luminária foi a primeira. Um tapa e ao inferno. O vaso de porcelana veio em
Alexander não disse nada. Apenas se inclinou lentamente em direção a ela, deixando que o silêncio preenchesse cada espaço entre os dois. Suas mãos, grandes e frias, deslizaram pela curva da cintura dela, segurando com firmeza a borda do tecido que cobria seu corpo. Com movimentos lentos, quase cerimoniais, retirou-lhe a lingerie como se, ao despí-la daquela peça, também a estivesse despojando de qualquer traço de vontade.Jessica se deixou levar. Não disse uma palavra. Apenas fechou os olhos e respirou fundo, tentando dar algum significado àquele momento, mesmo que vazio de amor. Mas não teve.Quando tudo terminou, Alexander se levantou, como se tivesse acabado de cumprir mais uma obrigação. Abotoou lentamente os botões da camisa, um a um, sem olhar para ela. Ela ainda estava deitada na cama, nua, com o corpo trêmulo e o olhar fixo no teto. Esperava que ele dissesse algo, qualquer coisa — mas não foi o que desejava ouvir.— Vai embora —disse de repente, sem emoção, com a voz seca—. Nã
POV: Terceira pessoaAlexander chegou à fazenda com a mesma tranquilidade com que havia deixado o centro da cidade. O carro parou diante da imensa entrada principal, uma construção elegante e silenciosa, rodeada por árvores altas que ocultavam o lugar de qualquer olhar curioso. A brisa do campo tocava os vitrais, e as luzes quentes da casa se acendiam uma a uma, anunciando sua chegada como se o próprio lugar o reconhecesse.Desceu do carro sem pressa. Seus passos eram lentos, pesados, mas firmes, como se o chão lhe pertencesse. Assim que cruzou a porta principal, tirou o paletó escuro com um gesto lento e o lançou com desdém sobre o sofá mais próximo. O casaco caiu como uma sombra sobre o couro branco, enquanto Alexander afrouxava os primeiros botões da camisa com uma mão e passava a outra pelos cabelos, bagunçando-os levemente.Caminhou pelo hall sem parar, subindo as escadas com a segurança de quem sabia exatamente o que o esperava. Não precisava de boas-vindas. Ele já era o rei daq
POV: Alexander LíbanoEu o encarei.Olhei para Carttal e me senti... satisfeito.Lá estava ele, tremendo de raiva, com o rosto pálido e os olhos arregalados. A mandíbula travada, os punhos cerrados e aquele brilho no olhar que eu não sabia se era medo, impotência ou ódio. Talvez fosse tudo isso junto.Era perfeito.Exatamente como eu tinha imaginado. Exatamente como planejei durante todos esses anos escondido, espreitando como um leão nas sombras.—Você é um maldito doente! Não tem direito nenhum! Saia daqui antes que eu faça você desaparecer de novo! —gritou Carttal, fora de si, e os seguranças tiveram que colocar uma mão em seu peito para evitar que ele avançasse contra mim novamente.Eu não disse nada.Não era necessário.Meu silêncio o irritava ainda mais. E eu adorava isso.Não precisava de palavras quando a minha simples presença já o destruía.Mantive-me de pé, com as mãos nos bolsos, o rosto sereno e a cabeça erguida. Por dentro, no entanto, eu já saboreava o golpe final. Aque
Último capítulo